Chefe da ONU incentiva criação de regras para ciberataques
Hackers
no ano passado paralisaram empresas multinacionais, portos e serviços
públicos em uma escala sem precedentes em todo o mundo, ressaltando o
aumento da gravidade de um problema que muitos acreditam estar sendo
patrocinado por Estados.
Na semana passada, o procurador
especial dos Estados Unidos, Robert Mueller, indiciou 13 russos e três
companhias russas acusados de conspiração para interferir na eleição
dos EUA de 2016 por meio de mídias sociais.
“Já existem
episódios de guerra cibernética entre Estados. O que é pior é que não
existe um esquema regulador para esse tipo de guerra, não está claro
como a Convenção de Genebra ou o direito internacional humanitário se
aplicam a ele”, disse Guterres em um pronunciamento na Universidade de
Lisboa.
“Estou absolutamente convencido de que, de forma
diferente das grandes batalhas do passado, que abriram com uma barragem
de artilharia ou bombardeio aéreo, a próxima guerra começará com um
ataque cibernético maciço para destruir a capacidade militar e paralisar
a infraestrutura básica, como as redes elétricas.”
Ele
ofereceu as Nações Unidas como uma plataforma onde vários cientistas e
figuras de governos poderiam se reunir e elaborar essas regras “para
garantir um caráter mais humano” de qualquer conflito envolvendo
tecnologia da informação e, mais amplamente, manter a internet como “um
instrumento em serviço do bem”.
Um grupo de aliados da
OTAN disse no ano passado que estava elaborando princípios de guerra
cibernética para orientar seus militares sobre o que justifica a
implantação de armas de ataque cibernético de forma mais ampla, com o
objetivo de acordo no início de 2019.
Alguns aliados da
OTAN acreditam que paralisar uma usina de energia inimiga através de um
ataque cibernético pode ser mais eficaz do que ataques aéreos.
Fonte: Reuters
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