As peles eletrônicas estão sendo criadas em laboratórios no mundo todo e pretende-se que, em breve, tenham utilidade em próteses, robôs e tecidos inteligentes. A novidade foi descrita na publicação Science Advances e se diferencia de outras criações por ser amigável ao meio ambiente, ou seja, ela pode ser reciclada. Outra característica interessante é a possibilidade de rápida regeneração, em caso de rupturas.
Esse tecido eletrônico é composto por um fino filme com sensores capazes de medir a temperatura, umidade e fluxo do ar. Possui três compostos em uma matriz, entrelaçados com nanopartículas de prata. Quando a pele é partida, consegue replicar ligações entre os produtos químicos dos dois lados e, caso a fissura seja de maior impacto, é possível embeber uma solução específica para que os materiais sejam reutilizados, criando uma nova e-skin. O processo da reciclagem completa leva em torno de 30 minutos a 60 °C, ou 10 horas em temperatura ambiente. Já a simples regeneração ocorre em meia hora em temperatura ambiente, ou apenas alguns minutos a 60 °C.
Pele eletrônica
Segundo os desenvolvedores, a pele eletrônica ainda está longe da perfeição. Em comparação à pele humana, ela já é bastante macia, mas não tão flexível. Um dos autores do estudo, Jianliang Xiao, disse que ele e seus colegas estão trabalhando nessa evolução, para que a pele se torne mais adaptável ao uso em próteses e robôs. Ainda assim, mostra-se bastante entusiasmado com relação à possibilidade de reciclagem do material.