Grace Hopper, a mulher que tornou a linguagem do computador mais humana
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Grace Hopper, a mulher que tornou a linguagem do computador mais humana
A cientista da computação é responsável pela criação do COBOL, utilizado por empresas até hoje
Isabel Valdés
Isabel Rubio
Grace Hopper é considerada a mãe da programação de computadores. Criou a Linguagem Comum Orientada para Negócios (COBOL,
na sigla em inglês), a primeira linguagem complexa de computador, que é
utilizada até hoje por empresas de todo o mundo. Esta norte-americana
obteve um doutorado em Matemática por Yale em 1934 e, quando os EUA
entraram na Segunda Guerra Mundial, abandonou seu trabalho de professora
de matemática e ingressou na Marinha, onde chegou à patente de contra-almirante.
A Marinha a enviou à Universidade Harvard,
onde trabalhou como programadora do primeiro computador de grande
capacidade, o Mark I. Quando o viu, pensou: “Caramba, é o aparelho mais
bonito que vi até hoje”. Depois da guerra, produziu o primeiro
compilador para processamento de dados que usava ordens em inglês; sem
saber, Hopper estava abrindo caminho para tornar mais fácil a
codificação. Mas primeiro, precisaria convencer seus pares de que
aquelas máquinas utilizadas até então para calcular poderiam entender e
compilar dados, utilizando uma linguagem mais próxima da humana.
Também ficou conhecida por ter batizado o primeiro bug de computador da história. Uma mariposa ficou presa em um relé do computador Mark II, e foi ela quem chamou o ato de remover o inseto de debugging (que virou debugar, em português). Em 1986 se aposentou da Marinha em caráter definitivo, sendo naquele
momento sua oficial mais idosa. Depois, continuou dando conferências,
atuou como consultora e participou de programas educacionais até 1992,
quando morreu aos 85 anos. Foi a segunda mulher homenageada com um
navio, o USS Hopper, um destroyer ainda em atividade. O lema do navio é "aude et effice - ouse e faça". “Se é uma boa ideia, prossiga e leve-a adiante. É muito mais fácil pedir desculpas do que conseguir a permissão necessária.”
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