quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Infraestruturas de pesquisa brasileiras poderão ser compartilhadas com o Brics

Infraestruturas de pesquisa brasileiras poderão ser compartilhadas com o Brics

por ASCOM / MCTIC
Publicado 06/02/2018 20h17. Última modificação 20/02/2018 15h53.
Infraestruturas de pesquisa brasileiras poderão ser compartilhadas com o Brics
Reunião do grupo que discute encontro do Brics


O Brasil deverá compartilhar cinco grandes infraestruturas globais de pesquisa com os países membros do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). O anúncio deverá ser feito durante encontro que ocorrerá no início de março, em Campinas (SP). Nesta terça-feira (6), um grupo de trabalho com representantes de vários órgãos federais discutiu os preparativos da reunião com os parceiros internacionais.
A proposta é que o Brasil, inicialmente, vai tornar acessível para receber pesquisadores e trocar experiências com os Brics algumas de suas grandes plataformas de pesquisa: a fonte de luz sincroton Sirius, o Laboratório de Integração e Testes do Inpe (LIT), o Navio de Pesquisa Hidroceanográfico Vital de Oliveira, o Observatório de Torre Alta da Amazônia (Atto, na sigla em inglês) e o supercomputador Santos Dumont.
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC, Alvaro Prata, ressaltou que o trabalho do grupo atende a demandas internacionais. “Cada vez mais o Brasil tem sido solicitado para, junto com nossos parceiros de diferentes grupos e organizações, disponibilizar suas grandes infraestruturas de pesquisa. Nós devemos ter uma atuação estratégica em relação a isso.”
A pauta da reunião incluiu ainda a apresentação de um mapeamento das principais infraestruturas de pesquisa existentes no país e as mais utilizadas por pesquisadores e instituições brasileiras. Esses locais poderão, futuramente, ser compartilhados com outros países.
O encontro teve a participação do chefe da Delegação da União Europeia (UE) no Brasil, embaixador João Gomes Cravinho, que relatou as experiências do bloco europeu no compartilhamento de infraestruturas de pesquisa. Ele destacou que cada um dos 28 estados-membros europeus conta com estruturas próprias, mas o trabalho conjunto tem coordenação muito intensa. “Isso nos permite trabalhar de forma harmonizada, para superar desafios. Não sabemos bem a distinção entre nacional e internacional em ciência e tecnologia. Nossos cientistas já pensam instintivamente como União Europeia”.
Cravinho ressaltou que o trabalho coordenado da União Europeia se baseia em três conceitos: a abertura a publicações científicas; o estímulo ao desenvolvimento de conhecimento e pesquisa em inovação e a abertura para o mundo, por meio da contribuição com outros países. Como exemplo, ele citou projetos desenvolvidos em parceria com o país, como a construção do cabo de fibra óptica que vai ligar o Brasil à Europa. O embaixador também apontou a possibilidade dos brasileiros participarem do fórum de infraestruturas europeias e compartilhar infraestrutura com o bloco.

Fonte: MCTIC

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