Mexicanos usam queratina
como alternativa para despoluir a água
EFE México
8 fev
2018
EFE/Gustavo
Amador
A
queratina - uma substância proteica usualmente utilizada para a saúde - é uma
alternativa inovadora para a remoção de metais contaminantes na água, informou
nesta quinta-feira o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (Conacyt).
Pesquisadores
do Instituto Tecnológico de Querétaro (ITQ) que trabalham na caracterização das
propriedades da queratina e em sua interação com polímeros sintéticos
descobriram que esta proteína pode servir para o tratamento de águas residuais.
"Também
estudamos sua utilidade para o tratamento de águas residuais; nesse sentido, a
queratina tem grupos funcionais derivados dos aminoácidos, são os lugares onde
se fixam diferentes poluentes como metais pesados, entre eles o cromo hexa valente, chumbo, níquel e alguns hidrocarbonetos", precisou a
pesquisadora Ana Laura Martínez.
O grupo
de trabalho do ITQ tem enfoque em materiais como o carbono amorfo e o óxido de
grafite - entre outros materiais - para o desenvolvimento de compostos que
possam ser utilizados em processos de remoção de corantes, metais pesados e
compostos orgânicos na água.
A queratina
com a qual trabalham os profissionais é extraída de materiais de resíduo de
origem animal, como penas de frango e pêlo de coelho.
O projeto
trabalha na incorporação destes materiais em matrizes de polímeros porosos para
gerar tempos de residência maior e com isso produzir melhorias nos processos de
remoção dos metais.
Os
cientistas acharam que um grafite de baixa orientação - cujo custo é muito mais
baixo do que o dos materiais nanométricos - pode remover certo tipo de corantes
na água com uma eficiência de 94%.
Os
materiais nanométricos custam cerca de 25 mil pesos o quilograma (cerca de US$
1,3 mil no câmbio), enquanto o grafite custa 300 pesos (US$ 16 após a
conversão).
As
aplicações destes materiais são muito variadas, sendo úteis para a embalagem de
alimentos e como isolantes acústicos para a indústria aeronáutica e a
automotriz.
Fonte: EFE
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