quarta-feira, 21 de março de 2018

Cientistas desenvolvem scanner cerebral em capacete

Cientistas desenvolvem scanner cerebral em capacete


Pesquisadores esperam que novo scanner melhore a pesquisa e o tratamento de pacientes como crianças com epilepsia e pacientes com distúrbios como Parkinson

Cientistas britânicos desenvolveram um aparelho de imagens cerebrais leve e altamente sensível que pode ser usado como um capacete, permitindo que o paciente se mova naturalmente.
Resultados dos testes do scanner mostraram que os pacientes conseguiam se alongar, acenar e até beber chá ou jogar tênis de mesa enquanto a atividade cerebral vai sendo registrada, em milissegundos, pelo sistema de magnetoencefalografia (MEG).
Pesquisadores que desenvolveram o dispositivo e publicaram os resultados na revista Nature disseram esperar que o novo scanner melhore a pesquisa e o tratamento de pacientes que não podem usar tradicionais scanners MEG fixos, como crianças com epilepsia, bebês ou pacientes com distúrbios como Parkinson.
“Isso tem o potencial de revolucionar o campo de imagens do cérebro e transformar as questões científicas e clínicas que podem ser tratadas com imagens do cérebro humano”, disse Gareth Barnes, professor do Centro Wellcome Trust de Neuroimagem Humana na University College London, que co-liderou o trabalho.
Os atuais scanners MEG podem pesar até meia tonelada, em parte porque os sensores usados para medir o campo magnético do cérebro precisam ser mantidos muito frios – a 269 graus Celsius negativos, explicou a equipe de Barnes.
Eles também se deparam com dificuldades quando os pacientes não conseguem ficar muito quietos – crianças muito jovens ou pacientes com distúrbios de movimento, por exemplo -, já que mesmo um movimento de 5 milímetros pode inutilizar as imagens.
No scanner de capacete, os pesquisadores superaram esses problemas usando sensores quânticos, mais leves, trabalham à temperatura ambiente e podem ser colocados diretamente no couro cabeludo – aumentando o sinal que são capazes de captar.
Matt Brookes, que trabalhou com Barnes e construiu o protótipo na Universidade de Nottingham, disse que, além de superar o desafio de alguns pacientes ficarem parados, o scanner portátil oferece novas opções para medir a função cerebral das pessoas durante tarefas no mundo real e interações sociais.
“Isso tem um impacto potencial significativo para a nossacompreensão não apenas da função cerebral saudável, mas também de uma série de condições neurológicas, neurodegenerativas e de saúde mental.”

Fonte: EXAME

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