Por que diabos os plugues de tomadas não são padronizados no mundo todo?
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Bem, não “milhares”, mas ao menos 15 tipos diferentes são os mais populares ao redor do globo. E é claro que todos querem que o seu padrão seja o adotado internacionalmente, mas não é isso que aconteceu. Quando Nikola Tesla inventou um meio de transmissão de corrente alternada a longas distâncias, ele imaginava que o mundo ficaria restrito aos 110 V, que foi o estudado e desenvolvido por Thomas Edison.
Acontece que se descobriu que o dobro de tensão – por volta dos 220 V – era muito mais eficiente para algumas finalidades, tornando-se popular em várias regiões. Assim, os plugues desenvolvidos nos EUA já não eram mais eficientes, levando cada país a desenvolver o seu próprio plugue.
Cada lugar do mundo tem um plugue diferente
Problema antigo
E se você pensa que o problema da falta de internacionalização de um plugue é coisa dos tempos atuais, você está enganado: lá no longínquo ano de 1934, uma galera da Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC, na sigla em inglês) se reuniu na Holanda para discutir uma padronização internacional. Depois de muito bate boca em vão, nada foi resolvido. Com a explosão da Segunda Guerra Mundial na sequência, o debate foi deixado em segundo plano.Quando as conversas foram retomadas nos anos 1950, já era tarde demais... Cada país tinha seu próprio padrão e sairia muito caro trocar todas as tomadas e plugues de TODOS os aparelhos e TODOS os lugares do mundo. Assim, foi mais fácil empurrar o problema para gerações seguintes.
Em 1986, a IEC novamente se reuniu, chegou a um consenso e criou o plugue tipo N. Alguém ligou para ele? Bem, naquela época ninguém. Só o Brasil resolveu adotar o padrão internacional, mas isso 21 anos depois, em 2007. De lá para cá, tivemos que trocar tudo e nos adaptar à sugestão de padronização mundial, sendo que NINGUÉM MAIS NO MUNDO fez isso.
Plugue sugerido como internacional só foi implantado pelo Brasil
Segundo Gabriela Ehrlich, chefe da IEC, em entrevista ao Gizmodo, a única chance de esse megaproblemão ser resolvido seria a popularização das cargas de indução, isto é, a energia sem fio. E por mais que isso seja discutido e esteja em desenvolvimento, é bastante provável que só tenhamos resolvido essa questão daqui algumas décadas – você aguenta esperar?
Fonte: Tecmundo
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