Projeto Água + Acesso leva
soluções tecnológicas a comunidades rurais
EFE São
Paulo
26 mar
2018
Arquivo.
EFE/Joédson Alves
Mais de 4
mil pessoas se beneficiaram no último ano do programa Água + Acesso, que leva
soluções tecnológicas às comunidades rurais do Brasil para melhorar o acesso à
água potável.
Lançado
há um ano, o Água + Acesso viabilizou a implementação de sete soluções
inovadoras em 15 comunidades de Ceará, Amazonas e Pará, conforme explicou à
Agência Efe Daniela Redondo, diretora do Instituto Coca-Cola Brasil,
instituição que promove a iniciativa. Além da implementação de tecnologia
"acessível" e de "baixo custo", o projeto visa a "autogestão"
a fim de criar "independência" e permitir a sua viabilidade no longo
prazo.
Para
isso, o programa busca "parceiros locais", como ONGs, em cada uma das
regiões de atuação, para conseguir a "organização comunitária" e
garantir o seu funcionamento, de acordo com Rodrigo Brito, gerente de acesso à
água do Instituto Coca-Cola Brasil.
O projeto
tem como premissa criar modelos possíveis de serem replicados e ampliados por
todos os setores da economia, incluindo o poder público. Para alcançar o
objetivo, a Aliança Água + Acesso tem o compromisso de investir R$ 25 milhões
até 2020 para contribuir com o acesso à água em comunidades de baixa renda,
principalmente nas regiões Norte e Nordeste.
Com o
aumento do investimento, o programa será ampliado para mais de 100 comunidades
de oito estados, que beneficiarão diariamente 50 mil pessoas num país onde 35
milhões não têm acesso a água tratada.
"Desses
35 milhões, 20 milhões são de população rural em comunidades remotas",
disse Redondo.
Os
principais desafios são o tratamento de água salgada, o acesso à energia para
bombear a água em comunidades isoladas e a implementação de soluções de
saneamento unifamiliar. Os problemas, no entanto, variam dependendo da
comunidade, segundo a diretora do Instituto Coca-Cola Brasil.
A Aliança
Água + Acesso é integrada por algumas das principais organizações que lutam
pelo acesso à água no Brasil, bem como por fundações, empresas e entidades
diversas que buscam ampliar o impacto e o acesso deste recurso.
"Não
se consegue entregar uma solução sustentável para um problema complexo se não
for através de uma associação", destacou Redondo.
Segundo o
gerente do Instituto Coca-Cola Brasil, o projeto se baseia em quatro pilares
fundamentais: integração, inovação, impulso do seu impacto e o trabalho de
influência.
"Neste
ano aprendemos muito", comentou Brito.
O acesso
à água é um dos temas abordados no Fórum Mundial da Água, uma reunião em
Brasília com delegações de 150 países e que terminou na última sexta-feira (23)
com a adoção de cinco documentos a favor da preservação desse recurso.
"A
água é estratégica para a Coca-Cola e para a sociedade pela falta de
disponibilidade identificada nos últimos anos", defendeu Redondo.
A
executiva explicou que a companhia melhorou a eficiência das fábricas para
reduzir o consumo de água e trabalha para aumentar a disponibilidade do
recurso.
"Conseguimos
repor a água através do reflorestamento. Hoje, conseguimos devolver ao meio
ambiente duas vezes mais do que gastamos", afirmou.
Fonte: EFE
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