Cientistas detectam aumento
de emissões de CFC na atmosfera
EFE Londres
16
mai 2018
Cientistas
da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA)
detectaram um aumento nas emissões de clorofluorocarbonetos (CFCs) à atmosfera
desde 2012 de até 50%.
Este
estudo, publicado na revista científica "Nature", faz uma reflexão
sobre o aumento nas emissões de CFCs - aqueles gases contaminantes utilizados
na indústria da refrigeração e nos aerossóis - que foi provocado por
"novas fontes de produção".
A emissão
destes gases afeta o aumento do buraco da camada de ozônio e, consequentemente,
ajuda à aceleração da mudança climática.
A
extensão máxima do buraco em 2017, atingida em setembro, foi de 19,6 milhões de
quilômetros quadrados - 2,5 vezes a superfície dos EUA-, segundo os cálculos da
Nasa, corroborados pela associação oceânica NOAA, enquanto a média desde 1991
foi de 26 milhões de quilômetros quadrados.
Para
evitar o aumento do buraco, foi criado o protocolo de Montreal, mediante o qual
foram estabelecidos mecanismos para reduzir a abundância de gases prejudiciais
para a atmosfera como os CFCs.
O estudo,
liderado pelo pesquisador Stephen Montzka, demonstra que a taxa de diminuição
da concentração de CFC na atmosfera se reduziu em 50% a partir de 2012,
enquanto, no período compreendido entre 2002 e 2012, se manteve constante.
"Este
aumento não está relacionado com os trabalhos de produção passados, mas sugere
que está enlaçado com uma nova produção que não foi reportada e que não está de
acordo com o protocolo de Montreal", afirmou o estudo.
Há 31
anos, a importância da camada de ozônio levou a comunidade internacional a
assinar este acordo sobre as substâncias prejudiciais para a camada de ozônio,
com objeto de regular este tipo de compostos.
Espera-se
que para o ano 2070 o buraco tenha recuperado os níveis de 1980.
O ozônio
atua como um elemento essencial na atmosfera, uma camada protetora natural a
altas altitudes perante as radiações ultravioleta prejudiciais para os humanos
e as plantas.
Fonte: EFE
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