Morre no Rio criador de curso referência em Engenharia na América Latina
16/05/2018 - 18h55
Rio de Janeiro
Morreu nesta quarta-feira, no Rio de Janeiro, o professor Alberto
Luiz Galvão Coimbra, fundador da Coppe/UFRJ, a primeira pós-graduação
em Engenharia do Brasil, e que hoje é um dos maiores centros de ensino e
pesquisa da América Latina na área. Coimbra morreu aos 94 anos. Mestre
em Engenharia Química, fundou a Coppe em 1963. Foi defensor de um modelo
de ensino baseado em horário integral, com dedicação exclusiva. Em uma
época em que as escolas de Engenharia se preocupavam apenas em formar
profissionais para o mercado, queria investir em pesquisa.
Baseada em excelência acadêmica, dedicação exclusiva de professores e alunos e aproximação com a sociedade, a pós-graduação criada por Coimbra inspirou e serviu de modelo para outros cursos de pós-graduação criados no Brasil. Com poucos recursos, buscou convênios para trazer professores estrangeiros, fossem americanos ou russos, durante o regime militar. Acabou sendo convocado para depor na Polícia Federal e fichado.
Em 1973, foi proibido, pelo Conselho Universitário, de exercer postos de chefia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Passou dez anos exilado da vida universitária. Em 1981, ainda durante o regime militar, recebeu o Prêmio Anísio Teixeira, do Ministério da Educação, quando tiveram que revogar a proibição de ocupar cargos de chefia na UFRJ. De volta à Coppe em 1983, Coimbra assumiu a coordenação do Programa de Engenharia Química, o primeiro curso da Coppe, no qual permaneceu como pesquisador até se aposentar, em 1993, tornando-se Professor Emérito da Universidade.
Em 1995, em uma homenagem ao seu fundador, a instituição passou a se chamar Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, mantendo, porém, a sigla COPPE, escolhida por ele.
Fonte: EBC
Fabiana Sampaio
Baseada em excelência acadêmica, dedicação exclusiva de professores e alunos e aproximação com a sociedade, a pós-graduação criada por Coimbra inspirou e serviu de modelo para outros cursos de pós-graduação criados no Brasil. Com poucos recursos, buscou convênios para trazer professores estrangeiros, fossem americanos ou russos, durante o regime militar. Acabou sendo convocado para depor na Polícia Federal e fichado.
Em 1973, foi proibido, pelo Conselho Universitário, de exercer postos de chefia na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Passou dez anos exilado da vida universitária. Em 1981, ainda durante o regime militar, recebeu o Prêmio Anísio Teixeira, do Ministério da Educação, quando tiveram que revogar a proibição de ocupar cargos de chefia na UFRJ. De volta à Coppe em 1983, Coimbra assumiu a coordenação do Programa de Engenharia Química, o primeiro curso da Coppe, no qual permaneceu como pesquisador até se aposentar, em 1993, tornando-se Professor Emérito da Universidade.
Em 1995, em uma homenagem ao seu fundador, a instituição passou a se chamar Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, mantendo, porém, a sigla COPPE, escolhida por ele.
Fonte: EBC
Comentários
Postar um comentário
Todas postagem é previamente analisada antes de ser publicada.