quinta-feira, 17 de maio de 2018

Países avançam na construção de programa científico do Centro de Pesquisas Atlânticas

Países avançam na construção de programa científico do Centro de Pesquisas Atlânticas

por ASCOM MCTIC - publicado 08/05/2018 10h07. Última modificação 08/05/2018 10h16. 
 
Países avançam na construção de programa científico do Centro de Pesquisas Atlânticas
A Declaração de Praia foi assinada por representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe, África do Sul e Espanha. . Foto: Ascom/MCTIC


Representantes de sete países assinaram nesta segunda-feira (7) a Declaração de Praia, que estabelece avanços para a implementação do Centro Internacional de Pesquisas Atlânticas (AIR Center). Reunidos na capital de Cabo Verde para o 3º Diálogo de Alto Nível Indústria-Ciência-Governo sobre Interações Atlânticas, os países decidiram, agora, concentrar esforços para definir um programa científico e identificar iniciativas concretas para implementação do AIR Center.
A organização científica a ser instalada em Açores, Portugal, deve abarcar pesquisas nas áreas espacial, de mudanças climáticas e de energia. Além disso, a Declaração de Praia prevê outras áreas com potencial de inclusão no programa científico do AIR Center: recursos marinhos e biodiversidade; oceano limpo e saudável; observação de oceanos; sistemas de energia sustentáveis; e ciência de dados.
A Declaração de Praia foi assinada por representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Portugal, São Tomé e Príncipe, África do Sul e Espanha.
O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, defendeu a adesão de todos os países banhados pelo Oceano Atlântico ao AIR Center. Além disso, destacou que iniciativas de implementação devem ser definidas antes da próxima reunião, prevista para novembro, nas Ilhas Canárias, na Espanha.
“Mesmo que sejam de curto prazo, os projetos devem garantir a adesão de outros países ao AIR Center e alcançar resultados expressivos”, explicou Kassab.
Para o ministro, o AIR Center deve atuar como um facilitador, uma rede de organizações científicas que traga sinergia a iniciativas já existentes. Ele defendeu, por exemplo, a unificação de sistemas de observação em todo o Atlântico, a troca de dados, a criação conjunta de novas tecnologias, além da formação de pessoal.
Projetos
Durante as sessões do 3º Diálogo, representantes do MCTIC e pesquisadores brasileiros apresentaram projetos para contribuir com a implementação do AIR Center. O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Ricardo Galvão, e o diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica, Augusto Gadelha, explicaram projetos de observação da Terra e dos oceanos por satélite e do uso de recursos de supercomputação para armazenamento de dados, respectivamente.
Já o pesquisador Alexander Turra, da Universidade de São Paulo, apresentou estudos para limpeza de oceanos, enquanto o coordenador-geral de Oceano, Antártica e Geociências do MCTIC, Andrei Polejack, defendeu a formação de uma rede de observação do oceano.
AIR Center
Trata-se de iniciativa liderada pelo governo de Portugal, que pretende utilizar o posicionamento estratégico do arquipélago dos Açores como centro de desenvolvimento científico e tecnológico sobre o oceano Atlântico.  A proposta é construir uma organização internacional, abarcando uma rede de instituições de diversos países para promoção de uma abordagem integradora do conhecimento sobre mudanças climáticas, sistemas de energia, ciências oceânicas, espaço e ciências de dados.
O programa tem como países fundadores África do Sul, Angola, Argentina, Brasil, Cabo Verde, Espanha, Índia, Nigéria e Reino Unido.
A expectativa é de que o Brasil participe das pesquisas que serão desenvolvidas no AIR Center nas áreas de energia, mar, mudanças climáticas e observação da Terra.

Fonte: MCTIC

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