China lança centro de
pesquisa para clonagem de primatas
EFE Pequim
19 jul
2018
Laboratório
de fertilização em foto de maio de 2018. EFE/Ernesto Arias
A China
lançou um centro de pesquisa para a clonagem de primatas na cidade de Xangai,
que permitirá avançar no diagnóstico e no tratamento de doenças cerebrais,
informou nesta quinta-feira a imprensa local.
O centro,
que faz parte de um projeto conjunto entre o Instituto de Neurociência da
Academia Chinesa de Ciências (CAS, na sigla em inglês) e o governo local,
também se dedicará à investigação de modelos de doenças não humanas, de
tecnologias de inteligência neurológica e do desenvolvimento de remédios.
O diretor
do instituto, Poo Mu-ming, explicou ao jornal oficial "Global Times"
que a pesquisa sobre clonagem de primatas permitirá diagnosticar e tratar
doenças cerebrais, como os tumores, assim como desenvolver novos remédios.
Uma
equipe de cientistas chineses clonou pela primeira vez dois primatas
geneticamente idênticos com o mesmo método utilizado para criar a ovelha Dolly
em 1996, segundo publicou a revista especializada "Cell" em janeiro.
Os
primatas, dois macacos de cauda longa, foram criados através de uma
transferência nuclear de células somáticas, ou seja, a partir de células do
tecido de um macaco adulto, em um procedimento realizado no Instituto de
Neurociência da Academia Chinesa de Ciências em Xangai.
A clonagem
provocou críticas entre organizações de defesa dos animais, como a Pessoas para
o Tratamento Ético dos Animais (PETA, na sigla em inglês), que a qualificou
como um "espetáculo de terror" e exigiu o fim deste tipo de
experimentos em animais.
Sobre
essa polêmica, Poo insistiu que os padrões aplicados na China são "ainda
mais rígidos que os de Europa e Estados Unidos" e que os dois macacos
clonados vivem agora como "macacos normais".
Fonte: EFE
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