sexta-feira, 20 de julho de 2018

Cientistas simulam milênios de mudanças na biodiversidade da América do Sul


Cientistas simulam milênios de mudanças na biodiversidade da América do Sul

EFE Washington
20 jul 2018

EFE/Antonio Lacerda
 
EFE/Antonio Lacerda

Um grupo de pesquisadores criou um modelo capaz de simular as mudanças na biodiversidade na região da América do Sul durante os últimos 800 mil anos, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira na revista especializada "Science".
Esta pesquisa da Universidade Federal de Goiás foi um esforço para compreender melhor os muitos fatores complexos que afetam a aparição, distribuição e extinção de espécies no continente.
O modelo, que incorpora processos ecológicos e evolutivos essenciais, produziu resultados que coincidem com os padrões geográficos de biodiversidade para aves, mamíferos e plantas que se observam hoje em dia.
Enquanto os processos individuais responsáveis pela aparição e distribuição das espécies são entendidos genericamente, a forma como cada espécie interage com outras em amplas faixas de espaço e tempo é complexa.
O autor principal do relatório, Thiago Rangel, afirmou que o uso de modelos explícitos e dinâmicos em nível espacial que incorporam uma variedade de processos físicos e biológicos "tem um grande potencial para revelar as interações subjacentes destes processos".
Rangel e seus colegas elaboraram um modelo que combina a dinâmica do clima, a adaptação evolutiva, as mudanças de categoria, a fragmentação, a especiação, a competência e a extinção.
Com este programa, os pesquisadores simularam o fluxo da biodiversidade na América do Sul durante os últimos 800 mil anos, um período caracterizado por ciclos glaciais e interglaciais repetidos.
Ao contrário de outros modelos, estas reproduções se baseiam no realismo dos processos ecológicos e evolutivos modelados, que interagem com a topografia continental e o clima do Paleolítico para produzir padrões espaciais e temporários em transformação de especiação, persistência e extinção.
Estas simulações, segundo os autores, criaram padrões realistas "que se assemelham surpreendentemente com a biodiversidade contemporânea tanto em escala continental como regional".
Além disso, os resultados desvendam o papel crítico da topografia e do clima como motores de diversificação e extinção de espécies ao longo da história.

Fonte: EFE

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