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Projeto de lei visa restabelecer bases da neutralidade da internet nos EUA

Projeto de lei visa restabelecer bases da neutralidade da internet nos EUA

EFE Washington

Um congressista republicano dos Estados Unidos propôs nesta terça-feira uma lei que restabeleceria os pilares básicos da neutralidade da internet, o princípio que protegia a igualdade de acesso à internet e que foi abolido recentemente no país.
Mike Coffman oficializou a apresentação do projeto de lei, que já havia sido parcialmente revelado meses atrás, para apelar à responsabilidade do Congresso no âmbito tecnológico.
O conceito de neutralidade da rede trata a internet como um serviço público, no qual as provedoras são obrigadas a fornecer os dados de forma igual, com a mesma velocidade e independente do tipo e origem, condições que tinham sido aprovadas sob o governo de Barack Obama em 2015 e que foram abolidas em 14 de dezembro do ano passado, já sob a administração de Donald Trump.
Essa mudança, efetuada em 11 de junho, implica que as empresas provedoras de internet possam bloquear ou desacelerar o acesso de usuários sem importar o conteúdo, incluindo veículos de comunicação e plataformas de vídeo como Netflix. A limitação abre a porta para uma possível revolução no modelo de negócio, o que significaria poder oferecer acessos prioritários ou exclusivos.
A proposta de Coffman contém as exigências fundamentais dos defensores da lei porta-bandeira de Obama, o que significaria reverter a ordem vigente mediante o hipotético consenso do Congresso - na Câmara dos Representantes, os republicanos possuem uma grande maioria; no Senado, o domínio é mínimo.
Com o projeto do legislador do estado Colorado, as provedoras ficariam proibidas de bloquear e desacelerar o acesso a páginas a sua escolha, além de impedir que possam comercializar acordos de entrada prioritária a certos conteúdos.
Embora o alcance da nova legislação ainda seja incerto e dependa do apoio recebido dos demais congressistas, a proposta parece reunir as reivindicações essenciais dos democratas e pode seduzir outros republicanos, entre os quais há vozes críticas em relação à abolição do princípio de neutralidade de rede.

Fonte: EFE

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