sexta-feira, 3 de agosto de 2018

2017 foi um dos três anos mais quentes da história

2017 foi um dos três anos mais quentes da história

02.08.2018
Sonya Angelica Diehn (lpf)

Ano passado foi o mais quente já registrado sem a influência do fenômeno "El Niño", aponta relatório de agência dos EUA. Concentração de CO2 e aumento do nível do mar alcançaram marcas recordes.
Pessoa se protege do calor com sombrinha Últimos quatro anos foram os mais quentes já registrados

O ano de 2017 foi o terceiro mais quente já registrado, atrás apenas de 2016 e 2015, confirmou a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) nesta quarta-feira (1º/08), no relatório anual State of the Climate.
Segundo a NOAA, 2017 foi o ano com temperaturas mais elevadas sem a influência do fenômeno El Niño, e os últimos quatro anos foram os mais quentes desde o início das medições meteorológicas, no fim do século 19.
O relatório – que contou com a contribuição de 500 pesquisadores de 65 países – ressalta que a atual concentração de CO2 na atmosfera, de 405 partes por milhão, é a maior registrada em 38 anos de medições.
"O taxa de crescimento global de dióxido de carbono quase quadriplicou desde o início dos anos 1960", diz o relatório.
A concentração atmosférica de metano e óxido nitroso – que, assim como o CO2, contribuem para o efeito estufa – também foi recorde no ano passado.
Infografik Temperatur-Annomalien PT
Os polos norte e sul estão aquecendo mais rapidamente que o restante do planeta. Na Antártida, a quantidade de gelo marinho ficou bem abaixo da média das últimas décadas. E a média global de aumento do nível do mar alcançou um novo recorde: 7,7 centímetros acima da média de 1993, quando teve início a altimetria por satélite.
A temperatura média da superfície dos oceanos em 2017 ficou acima da do ano anterior, dando continuidade a uma clara tendência de alta no longo prazo. E o aumento das temperaturas dos mares impacta recifes de corais: um branqueamento sem precedentes foi registrado entre 2014 e 2017.
O relatório aponta ainda uma forte variação nas precipitações, com algumas regiões experimentando chuvas marcantes, e outras, estiagens prolongadas.
O documento também reitera que, em 2017, 16 desastres resultaram em mais de 300 bilhões de dólares de prejuízos diretos, fazendo do ano passado o mais caro nos Estados Unidos em relação aos custos gerados por desastres naturais desde ao menos 1980, quando tiveram início os registros.
O ano passado também foi quando o presidente americano, Donald Trump, anunciou a retirada dos EUA do Acordo de Paris, cujo objetivo é limitar o aumento da temperatura global a 2 graus Celsius em relação aos níveis da era pré-industrial.
Segundo um dos artigos do pacto, o país só poderá fazer isso em novembro de 2020. Até o momento, os EUA foram o único país a manifestar a intenção de abandonar o Acordo de Paris.

Fonte: DW

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