USP continua sendo a melhor universidade da América Latina em ranking mundial


USP continua sendo a melhor universidade da América Latina em ranking mundial

EFE Londres
27 set 2018

EFE/Sebastião Moreira
EFE/Sebastião Moreira

A Universidade de São Paulo (USP) aparece como a melhor universidade da América Latina em um ranking mundial divulgado nesta quarta-feira pela revista britânica "Times Higher Education" (THE).
Em relação ao ano passado, o Brasil aumentou de 32 para 36 o número de instituições de ensino na lista. A USP permanece como melhor representante do país, entre o 251º e o 300º lugares, assim como na última atualização. A segunda melhor colocada brasileira é a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na faixa de 401ª a 500ª entre as mais bem avaliadas.
Os países latino-americanos marcaram mais presença no ranking neste ano. Mas, apesar desse avanço, persistem as dificuldades entre as instituições para subirem na lista devido às turbulências "econômicas e políticas" e ao aumento "da concorrência global", de acordo com a publicação.
"O principal problema (no Brasil) é que não é transferida para as universidades uma porção suficiente da riqueza nacional", disse à Agência Efe o diretor editorial do ranking, Phil Baty.
O Chile conta com 16 universidades na lista, três a mais que no ano anterior, com a Universidade do Desenvolvimento e a Universidade Diego Portales como principais referências, entre as posições 401 e 500.
"Em países como o Chile existe um interesse no crescimento do setor privado das universidades e estão experimentando isso com diversas estratégias. O setor privado está tentando ser mais dinâmico, mais empreendedor, fazendo com que as universidades ofereçam um bom rendimento", descreveu Baty.
Cinco universidades da Argentina aparecem na classificação, uma a mais que na última edição, graças a uma "melhora na relação" das instituições do país com os organizadores do ranking.
"'Times Higher Education' mantém um sistema de cooperação com as universidades. As instituições de ensino podem entrar no sistema, podem escolher participar, mas não queremos forçá-las", descreveu Baty.
O México passou de 11 universidades para 17. A Colômbia está representada por sete instituições; o Peru, por duas; e a Costa Rica tem uma. A Venezuela conta com dois centros na classificação.
O ranking global é novamente liderado pelas britânicas Oxford e Cambridge, na primeira e na segunda posições, respectivamente. A Universidade de Stanford, o Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT) e o Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), todos americanos, aparecem na sequência.
Os Estados Unidos continuam sendo o país mais representado no ranking, embora a China tenha apresentado um crescimento notável neste ano.
"À medida que a China e outros países emergentes posicionam suas universidades no centro de suas estratégias de crescimento econômico nacional, podem se transformar em um desafio para o contínuo domínio de Inglaterra e EUA nos próximos anos", explicou Baty.
O diretor editorial da "THE" comentou que os cortes em algumas universidades europeias, americanas e australianas comprometem a capacidade delas de darem sequência ao nível de excelência em um ambiente de crescente competitividade global.
"Com as universidades do leste da Ásia escalando na classificação, o futuro da velha elite dependerá de um forte investimento, assim como das políticas positivas que permitam às universidades atraírem e conservarem o melhor talento internacional", acrescentou.
Guillermo Ximenis.

Fonte: EFE

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