segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Fogão movido a biomassa evita intoxicação por fumaça e produz carvão fertilizante

Fogão movido a biomassa evita intoxicação por fumaça e produz carvão fertilizante
 
30/09/2018 - 08h25 Brasília 
Wellington Barros

Aproveitar resíduos de plantio, evitar intoxicação por fumaça e proporcionar postura mais confortável ao cozinhar. Essas são algumas vantagens do fogão movido a biomassa, ou seja, que conta com produção de calor a partir de matéria orgânica.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre a Embrapa Florestas e a Universidade de Energia e Recursos Naturais, em Gana, na África.

Uma das principais motivações foi contribuir para favorecer a qualidade de vida de comunidades africanas, onde é comum o preparo de alimentos em pequenas fogueiras.

O protótipo é móvel e permite melhor postura na hora de cozinhar. Além disso, evita fumaça excessiva, o que geralmente causa problemas respiratórios, principalmente em mulheres e crianças.

O projeto do fogão permite melhor exploração da eficiência térmica. Isso porque aproveita o calor excedente no processo de cozimento para produção de carvão.

Cláudia Maia, pesquisadora da Embrapa Floresta, no Paraná, detalha essa múltipla utilidade.

Sonora: “Ele trabalha com dois princípios porque existem duas câmaras nesse fogão. Uma interna, que trabalha também com o princípio da combustão e gera o calor não só para cozimento, mas também para produção da outra câmara externa onde existe a gaseificação ou a carbonização da biomassa. Então, simultaneamente, há a produção de carvão”.

Esse carvão gerado no fogão a biomassa pode ser utilizando tanto como fonte para alimentar o fogo, quanto como fertilizante em plantações, hortas e pomares, explica Cláudia Maia.

Sonora: “Você pode trabalhar com cascas de arroz, sabugo de milho, restos de madeira diversos. Então, você está usando esse material para cozinhar e ao mesmo tempo está produzindo um carvão para melhora a qualidade dos solos dessa região de Gana, que são muito pobres, muito arenosos”.

Atualmente, a pesquisadora busca recursos para subsidiar a segunda etapa do projeto, destinada a levar o protótipo a uma escala comercial, inicialmente na África. Mas, há intenção de adaptar o invento a necessidades regionais brasileiras.

Fonte: EBC

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