Nobel de Economia vai para
2 americanos por trabalhos sobre clima
EFE
Copenhague
8 out
2018
EFE/HENRIK
MONTGOMERY
Os
americanos William D. Nordhaus e Paul M. Romer ganharam nesta segunda-feira o
prêmio Nobel de Economia por terem trabalhado em métodos para favorecer o
crescimento sustentável e sobre a relação entre a economia e o clima, informou
a Academia Real das Ciências da Suécia.
Os dois
"desenvolveram métodos que abordam alguns dos assuntos mais fundamentais e
urgentes de nosso tempo: o crescimento sustentável em longo prazo na economia
global e o bem-estar da população".
De acordo
com a Academia Sueca, Nordhaus mostra em suas pesquisas como a atividade
econômica interage com a química e a física básica para causar a mudança
climática.
Nordhaus
foi "a primeira pessoa que criou um modelo quantitativo que descreve a
interação entre a economia e o clima", acrescentou a Academia.
Além
disso, os trabalhos de Nordhaus mostram que a maneira mais eficaz de combater
as consequências dos problemas causados pela mudança climática "é um plano
global de impostos sobre o carbono em todos os países", acrescentou a
Academia Sueca.
Quanto a
Romer, suas pesquisas mostram que "a acumulação de ideias sustenta o
crescimento econômico em longo prazo. Demonstrou como as forças econômicas
estão por trás da vontade das empresas para gerar novas ideias e
inovações", segundo a instituição sueca.
A
Academia também destacou que Romer construiu as bases do que se conhece como
"a teoria do crescimento endógeno", que "gerou grande quantidade
de novas pesquisas em regulamentações e políticas que fomentam ideias novas e a
prosperidade em longo prazo".
O Nobel
de Economia, cujo nome oficial é Prêmio de Ciências Econômicas em memória de
Alfred Nobel, é o único dos seis prêmios que não foi criado pelo magnata sueco,
mas foi adotado em 1968 a partir de uma doação à Fundação Nobel do Banco
Nacional da Suécia por ocasião de seu 300º aniversário.
O prêmio
foi outorgado 49 vezes pela Academia Real das Ciências da Suécia para 79
pessoas, mas apenas uma mulher foi agraciada, a americana Elinor Ostrom, que
dividiu o Nobel em 2009 com Oliver Williamson por sua análise sobre política
econômica das propriedades comuns.
Os dois
ganhadores dividirão as 9 milhões de coroas suecas (970 mil euros) que são
concedidas este ano a cada um dos Nobéis, que serão entregues em 10 de dezembro
em uma cerimônia dupla em Oslo (Noruega), para o da Paz, e Estocolmo, para o
restante.
O prêmio
de Medicina abriu na segunda-feira passada a rodada de anúncios da presente
edição dos prestigiados prêmios, seguido pelos de Física, Química e da Paz, na
sexta-feira.
Fonte: EFE
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