Cientistas publicam
primeiro mapa completo da sequência do genoma humano
EFE Redação
Central
25 jan
2019
Laboratório
em foto de 2017. EFE/Sáshenka Gutiérroz
Uma
equipe de cientistas da empresa da Islândia deCODE Genetics publicou o primeiro
mapa completo da sequência de genoma humano, que permite ver detalhadamente
como funcionam os dois mecanismos responsáveis para que cada indivíduo da nossa
espécie seja único.
A revista
científica "Science" divulgou nesta quinta-feira na sua edição online
um estudo sobre o mapa genético elaborado pela deCODE Genetics. O mapa contém
detalhes sobre a localização, a velocidade e a conexão entre dois
impulsores-chave da evolução e da diversidade humana: a recombinação - ou
"cruzamento" - e a mutação de novo.
A
combinação genética é o processo pelo qual uma fibra de material genético é
cortada e depois se une a uma molécula de material genético diferente. Já a
mutação de novo é a mudança na sequência dos nucleotídeos do material genético
de maneira inesperada, sem ter sido herdada pelos pais ou avôs, e que pode dar
lugar a um transtorno ou doença genética.
Estes
dois processos juntos garantem que não haja dois seres humanos iguais e as
mutações de novo são, além disso, a principal causa de doenças raras que
aparecem na infância.
De acordo
com a geneticista islandês Kári Stefánsson, executivo-chefe da empresa e autor
do estudo, o mapa elaborado pela deCODE permite observar que a recombinação e a
mutação de novo "estão vinculadas".
"Demonstramos
que as mutações de novo são mais de 50 vezes mais prováveis nos locais de
recombinação do que em qualquer outra parte da genoma", destacou o
especialista.
O mapa
completo da genoma humano elaborado pela deCODE se baseia nos dados de
sequenciamentos de 150 mil pessoas da Islândia de várias gerações e dá a
localização precisa de 4,5 recombinações de cruzamento, assim como de mais de
200 mil mutações de novo. O primeiro mapa genético da deCODE, publicado em
2002, foi fundamental para montar corretamente o primeiro genoma humano de
referência.
"Passamos
os últimos 20 anos comprometidos com o estudo e a publicação da recombinação e
da mutação de novo e a sua importância para a evolução humana e as
doenças", afirmou Stefánsson.
Fonte: EFE
Comentários
Postar um comentário
Todas postagem é previamente analisada antes de ser publicada.