No Brasil, mais da metade dos empregos pode ser substituído por um robô

No Brasil, mais da metade dos empregos pode ser substituído por um robô

Da Redação IDGNow!
28 de janeiro de 2019 - 16h00

Segundo estudo da UnB, até o ano de 2026, 30 milhões de vagas poderiam ser substituídas por tecnologias já disponíveis no mercado
Se todas as empresas decidissem substituir trabalhadores humanos por tecnologias já disponíveis no mercado, a estimativa é de que 30 milhões de vagas com carteira assinada atualmente seriam fechadas até o ano de 2026. Os dados refletem estudo do Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças e Organizações da Universidade de Brasília (UnB), publicado nesta segunda-feira (28) pela Folha de S.Paulo. Em resumo, isso significa  que mais da metade (54%) dos empregos formais no País poderiam ser trocados por um  robô um um software. 
A pesquisa, feita com dados brasileiros, leva em conta a tendência de contratações para as ocupações mais ameaçadas. No total, 2.602 ocupações foram avaliadas. De acordo com a reportagem, hoje cerca de 25 milhões de brasileiros (57,37%) ocupam vagas com probabilidade muito alta (acima de 80%) ou alta (entre 60% e 80%) de terem suas vagas substituídas pela tecnologia.
O estudo "Na era das máquinas, o emprego é de quem? Estimação da probabilidade de automação de ocupações no Brasil" indica que entre as profissões com mais de 99% de chances de serem eliminadas estão a de Taquígrafo (99,55%), Torrador de café (99,52%), Cobrador de transportes coletivos (99,52%) e Recepcionista de Hotel (99,12%). Em contrapartida, as profissões que estão mais "imunes" à automação são a de Engenheiro de Telecomunicações (0,38%), Psicanalista (0,39%), Engenheiro de Sistemas Operacionais (0,47%), Conservador-restaurador de bens culturais (0,58%) e Analista de Suporte Computacional (0,61%).

Metodologia
A probabilidade de automação foi calculada a partir de consultas a acadêmicos e profissionais de Machine Learning. Munido dessas avaliações com 69 especialistas, os pesquisadores usaram técnicas de análise das descrições das ocupações. 
Entretanto, como observa à Folha de S. Paulo o professor da UnB, Pedro Henrique Melo Albuquerque, a probabilidade da iminente automação não significa, necessariamente, que o profissional humano estará fadado a sua obsolescência em sua área de atuação. Há obstáculos como limitações econômicas, pressões políticas e até mesmo tecnológicas. Em todo caso, a atualização da mão de obra se faz necessária em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e cujas habilidades digitais  são cobradas.
Vale ressaltar que ainda há profissões cujas tarefas podem ser substituídas pelas máquinas, mas não necessariamente indicam que suas vocações e talentos se tornarão obsoletos. Por exemplo, advogados contam com funções que podem facilmente ser feitas por programas de computador, como preencher relatórios e redigir petições. Da mesma forma, corretores de seguro já são avaliados por algoritmos de inteligência artificial.
Mas afinal, existe alguma profissão que estaria a salvo das máquinas no futuro? De acordo com o estudo da UnB, aqueles profissionais cujas funções envolvem criatividade e contato humano, como babás, psicólogos, artistas, têm risco mínimo. E aqueles que tiverem as habilidades digitais para orquestrar essa nova revolução das máquinas também terão empregos não só garantidos como serão profissionais disputados.

Fonte: IDGNow!

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