Da Redação IDGNow!
28 de janeiro de 2019 - 16h00
Segundo estudo da UnB, até o ano de 2026, 30
milhões de vagas poderiam ser substituídas por tecnologias já
disponíveis no mercado
A pesquisa, feita com dados brasileiros, leva em conta a tendência de contratações para as ocupações mais ameaçadas. No total, 2.602 ocupações foram avaliadas. De acordo com a reportagem, hoje cerca de 25 milhões de brasileiros (57,37%) ocupam vagas com probabilidade muito alta (acima de 80%) ou alta (entre 60% e 80%) de terem suas vagas substituídas pela tecnologia.
O estudo "Na era das máquinas, o emprego é de quem? Estimação da probabilidade de automação de ocupações no Brasil" indica que entre as profissões com mais de 99% de chances de serem eliminadas estão a de Taquígrafo (99,55%), Torrador de café (99,52%), Cobrador de transportes coletivos (99,52%) e Recepcionista de Hotel (99,12%). Em contrapartida, as profissões que estão mais "imunes" à automação são a de Engenheiro de Telecomunicações (0,38%), Psicanalista (0,39%), Engenheiro de Sistemas Operacionais (0,47%), Conservador-restaurador de bens culturais (0,58%) e Analista de Suporte Computacional (0,61%).
Metodologia
A probabilidade de automação foi calculada a partir de consultas a acadêmicos e profissionais de Machine Learning. Munido dessas avaliações com 69 especialistas, os pesquisadores usaram técnicas de análise das descrições das ocupações.
Entretanto, como observa à Folha de S. Paulo o professor da UnB, Pedro Henrique Melo Albuquerque, a probabilidade da iminente automação não significa, necessariamente, que o profissional humano estará fadado a sua obsolescência em sua área de atuação. Há obstáculos como limitações econômicas, pressões políticas e até mesmo tecnológicas. Em todo caso, a atualização da mão de obra se faz necessária em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e cujas habilidades digitais são cobradas.
Vale ressaltar que ainda há profissões cujas tarefas podem ser substituídas pelas máquinas, mas não necessariamente indicam que suas vocações e talentos se tornarão obsoletos. Por exemplo, advogados contam com funções que podem facilmente ser feitas por programas de computador, como preencher relatórios e redigir petições. Da mesma forma, corretores de seguro já são avaliados por algoritmos de inteligência artificial.
Mas afinal, existe alguma profissão que estaria a salvo das máquinas no futuro? De acordo com o estudo da UnB, aqueles profissionais cujas funções envolvem criatividade e contato humano, como babás, psicólogos, artistas, têm risco mínimo. E aqueles que tiverem as habilidades digitais para orquestrar essa nova revolução das máquinas também terão empregos não só garantidos como serão profissionais disputados.
Fonte: IDGNow!
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