Saiba quais são os
cibercrimes mais comuns no Brasil e como se proteger
Roubo de identidade, dispositivo "zumbi"
e infestação por worms são algumas das principais ameaças online. Veja como
garantir a segurança dos dados
Edson
Ortega, diretor executivo de Risco da Visa do Brasil
25/01/2019
às 15h30
Foto: Shutterstock
https://pcworld.com.br/saiba-quais-sao-os-cibercrimes-mais-comuns-no-brasil-e-como-se-proteger/
O Brasil
é o segundo país com maior número de crimes cibernéticos no mundo, afetando
cerca de 62 milhões de pessoas e causando um prejuízo de US$ 22 bilhões por
ano. O país fica atrás apenas da China, de acordo com o estudo Norton Cyber
Security Insights Report, publicado pela Symantec em 2018. Os ataques equivalem
a roubos de valores ou de informações confidenciais, manipulação financeira e
danos à reputação das marcas.
Segundo
Edson Ortega, diretor executivo de risco da Visa no Brasil, existem cinco tipos
de fraudes que são as mais comuns no cenário brasileiro: roubo de identidade,
dispositivo "zumbi", e-commerce comprometido, "sequestro"
do aparelho e infestação por worms.
No roubo
de identidade, a vítima entra em sites falsos (clonados) e insere
inadvertidamente informações como números de cartão de crédito, senhas
bancárias e dados de documentos pessoais, como o CPF (Cadastro de Pessoa
Física). Com isso, o fraudador obtém acesso a dados sensíveis e rouba a
identidade, utilizando as informações para fazer transações não autorizadas –
sem que a vítima perceba.
Já os
dispositivos "zumbis" envolvem os gadgets do usuário, como celular ou
computador, que por sua vez passam a ser controlados pelo fraudador remotamente
e sem o conhecimento do proprietário do aparelho, permitindo também a
realização de transações não autorizadas.
O
e-commerce comprometido aborda códigos maliciosos que são inseridos na
plataforma do próprio e-commerce e são ativados no check out da venda, quando
os dados dos cartões são inseridos. Os fraudadores roubam as informações
pessoais dos consumidores, que são usadas ilegalmente ou vendidas.
Enquanto
isso, no "sequestro" do produto - o famoso ransomware -, o sistema é
infectado e não obedece mais aos comandos do usuário. O fraudador só libera o
acesso mediante pagamento de um resgate. Acredita-se que ataques desse tipo
serão cada vez mais concentrados em empresas, o que gera maior lucratividade.
Por fim,
há a infestação por worms, que são softwares autônomos que não exigem a
intervenção de um humano para se propagar. Quando infectam o sistema, podem se
replicar em toda a rede, com a capacidade de deletar arquivos ou enviar
documentos por e-mail, por exemplo.
Como se
proteger
Para
combater essas ameaças, que aumentam a cada ano, as empresas buscam soluções
para impedir possíveis brechas encontradas pelos fraudadores. Assim, uma nova
geração de procedimentos de segurança, ancorada no desenvolvimento tecnológico,
surge para detectar e prevenir golpes.
Uma das
práticas mais comuns é o uso da biometria - reconhecimento de voz, da palma da
mão, da íris, facial ou digital já pode ser parte integrante de um dispositivo
ou operação. A verificação biométrica destina-se a evitar fraudes, autenticando
o usuário, e facilitar o pagamento. Quando um aparelho faz a leitura biomética,
ela é criptografada e depois validada, sem ser exposta ou armazenada em uma
cetral de banco de dados.
Outra
alternativa é recorrer à inteligência artificial. As ferramentas de detecção e
prevenção a fraudes analisam o comportamento do consumidor e compõem sistemas
antifraudes mais robustos, que impedem os ataques ainda em seus estágios
iniciais. Além disso, profissionais cibernéticos são cada vez mais demandados
por empresas e formam a primeira frente de batalha contra os fraudadores. Os
chamados White Hats, especialistas em segurança da informação, encontram
vulnerabilidades existentes em sistemas e monitoram em tempo real o que
acontece no ambiente tecnológico para resolver problemas antes mesmo que
ocorram.
Um dos
métodos mais comuns nos dias atuais é a chamada Tokenização, que substitui
informações confidenciais por um símbolo exclusivo de identificação. O token
permite o processamento de pagamentos sem expor detalhes reais da conta ou as
credenciais do cartão. As informações armazenadas não podem ser usadas em
fraudes, reduzindo o incentivo para criminosos invadirem sistemas ou roubarem o
banco de dados.
E claro,
não adianta seguir todos esses passos sem que os hábitos venham do próprio
usuário. É recomendável não clicar em links desconhecidos, não abrir anexos
suspeitos, proteger as senhas, instalar antivírus, firewall e antimalware nos
dispositivos. Também vale habilitar um serviço de alerta para compras com os
cartões, o que pode ser feito direto pelo bankline.
Fonte: PC World
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