terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

Em breve, Antártida terá iceberg do tamanho da cidade de São Paulo

Em breve, Antártida terá iceberg do tamanho da cidade de São Paulo


Continente perderá um bloco de gelo cuja superfície total é de cerca de 1.700 quilômetros; rachadura apareceu em 2016

Washington – A Antártida perderá muito em breve um bloco de gelo cuja superfície total é de cerca de 1.700 quilômetros, segundo a Nasa, o que gerará um iceberg com um tamanho similar ao da cidade de São Paulo.
A agência espacial americana assegurou em comunicado que o bloco de gelo se desprenderá por uma rachadura que apareceu em outubro de 2016 e que não parou de se tornar mais longa e profunda.
Embora os cientistas não tenham especificado o momento em que ocorrerá, alertaram que esta ruptura poderia afetar o resto da plataforma continental e, portanto, toda a infraestrutura científica ali instalada.
Em seu anúncio, a Nasa comparou uma fotografia dessa área, registrada pelo satélite Landsat, datada em janeiro de 1986 com outra de janeiro de 2019, na qual é possível ver uma rachadura que cruza de oeste a leste toda a parte que previsivelmente se desprenderá, e cuja forma é a de um cabo litorâneo.
Quando esta fissura se encontrar com outra que cruza o cabo do sul ao norte, o território será transformado em um enorme iceberg cuja direção é imprevisível, assim como o efeito que causará no resto da superfície dessa área da Antártida.
A segunda rachadura já existia e se manteve estável durante 35 anos, segundo a Nasa, mas o seu crescimento se acelerou repentinamente e foi prolongando-se para o norte a uma velocidade superior a 4 quilômetros ao ano.
Embora o iceberg que nascerá pareça gigantesco, na realidade não o é para os padrões antárticos, ressaltou a Nasa, embora tenha destacado que “ainda será significativo”.
“Pode ser que seja o maior iceberg que tenha se rompido na plataforma de gelo Brunt desde que começaram as observações em 1915”, detalhou a agência espacial em seu site.
“Os cientistas estudam agora se a perda fará com que a superfície mude ainda mais e possivelmente se torne instável ou se rompa”, alertou.
As crescentes fendas que fraturam a superfície da Antártida geraram preocupações de segurança para as pessoas que trabalham na plataforma, em particular os pesquisadores da Estação Halley do British Antarctic Survey.
Esta base, que é uma das principais para a pesquisa da Terra, da atmosfera e da ciência espacial, geralmente funciona durante todo o ano, mas foi fechada duas vezes nos últimos anos por mudanças imprevisíveis no gelo.

Fonte: EXAME

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