Executivo da Huawei lista aplicações atuais, suas evoluções e como a
garantia da privacidade acontecerá daqui para frente
Déborah Oliveira
Hoje às 14h26
Foto: Shutterstock
O reconhecimento facial ganhou muitas variáveis nos últimos
anos. Smartphones passaram a ser equipados com o sistema, aeroportos começaram
a fazer check-in por meio do recurso, governos iniciaram testes para localizar
pessoas procuradas e até a cantora Taylor Swift lançou mão da tecnologia para identificar stalkers.
É um mercado em rápida evolução que deve crescer em média 21,3% ao ano,
movimentando US$ 9,6 bilhões em 2022, segundo dados da Allied Market Research. O que esperar, portanto, desse setor? Edwin Diender, vice-presidente da área
governamental e utilities públicas da divisão Huawei Entreprise, fez suas
apostas no Mobile World Congress (MWC), que acontece nesta semana em Barcelona. Mas antes de enveredar pelo futuro, o executivo comentou que a tecnologia de
alta definição já é usada em diversos setores hoje. Uma câmera do celular
equipada com o recurso, aquela que você usa para tirar fotos e fazer selfies,
quando combinada com aplicações médicas pode, por exemplo, ajudar a chamar uma
ambulância em casos emergenciais. “Se alguém sofre um AVC ou uma parada
cardiorrespiratória, um aplicativo de reconhecimento facial aponta a
necessidade médica e indica o socorro”, contou. Outro exemplo citado por ele, já em execução, está em Amsterdã, que monitora
o nível dos canais usando uma câmera com o mesmo sistema de reconhecimento
facial. Cada vez que o canal sobe de nível, um alerta é emitido. Nos bancos, que já fazem amplo uso do sistema, o reconhecimento facial pode
cancelar um pagamento caso alguém use a conta de forma indevida, para fraude,
por exemplo. “Hoje, o reconhecimento facial é usado de forma mais comum para
buscar uma pessoa específica, com uma roupa específica. No futuro, veremos
novos modelos para reconhecimento facial”, assinalou. Sobre os recursos de privacidade desse tipo de tecnologia, o executivo
relata que hoje dependendo do caso, ela já conta com esse recurso. “Já é
possível esconder ou desfocar o rosto das pessoas antes de os dados saírem da
plataforma ou da câmera”, esclareceu, acrescentando que todos os provedores já
contam com essa funcionalidade, inclusive a Huawei. Um exemplo prático é o
Google Street View, que ao mostrar a imagem das ruas, esconde o rosto das
pessoas. Sobre a questão da privacidade embutida na tecnologia, na visão de Edwin
Diender, é tudo uma questão de atender e se adaptar à regulação. "Digamos
que eu esteja trabalhando com o setor público no Rio de Janeiro como um gestor
da cidade ou da área de TI. Se o governo quiser a plataforma, a legislação
brasileira pode frear ou acelerar a implantação. Mas o reconhecimento facial é
o mesmo utilizado em outros lugares, como Abu Dhabi. É a mesma solução, só muda
a configuração", finalizou. *A jornalista viajou a Barcelona a convite da Huawei Fonte: ITMídia
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