Terra está mais verde hoje do que há 20 anos graças a estes dois países
Surpreendentemente,
Índia e China, nações mais populosas do globo, lideram processo de
"esverdeamento" da Terra, mostra novo estudo da Nasa
9 fev 2019, 14h29

Mais verde: projeto de reflorestamento em Sichuan, na China. (Eye Ubiquitous/UIG/Getty Images)
São Paulo – Em meio a tantos problemas ambientais que assolam a Terra, um estudo da agência espacial americana, Nasa,
traz um dado, no mínimo, curioso: o Planeta está mais verde atualmente
do que há 20 anos. E isso graças, principalmente, a dois países, China e Índia.
Segundo o estudo, a área global de
cobertura folhosa aumentou em 5% desde o início dos anos 2000 em todo o
mundo, uma área equivalente à da floresta amazônica.
As nações mais populosas do mundo respondem por um terço das novas florestas, plantações e outros tipos de vegetação observadas globalmente desde 2000.
Os resultados, publicados na revista Nature Sustainability, mostram que a China sozinha representa um quarto desse incremento de cobertura verde, igual ao observado na Rússia, nos EUA e no Canadá no mesmo período de tempo.
Por lá, 42% desse efeito vem
principalmente dos ambiciosos programas de plantio de árvores, parte de
um esforço nacional para reduzir a erosão do solo, poluição do ar e
mudanças climáticas no país. Outros 32% provêm do cultivo intensivo de culturas alimentares.
A Índia, por sua vez, responde por 6,8% do aumento líquido de área verde global, segundo o estudo, com 82% desse incremento oriundo de plantios agrícolas e menor contribuição das florestas (4,4%). Os
pesquisadores observam que a área de terra usada para cultivar na China
e na Índia não mudou muito desde o início dos anos 2000. No
entanto, ambos os países aumentaram consideravelmente o plantio de
cultivos alimentares para atender à demanda de suas populações
crescentes.
Há motivos para comemorar já que o Planeta está mais verde?
Calma lá. A pesquisa da Nasa mostra
que esforços humanos sistemáticos de conservação podem recuperar áreas
verdes que foram destruídas. Porém, algumas áreas de
ecossistemas são insubstituíveis. Colocar a baixo uma floresta e depois
trabalhar para recuperá-la não culminará necessariamente no retorno ao
cenário inicial.
Além disso, os pesquisadores
ressaltam que o ganho de áreas verdes ao redor do mundo não
necessariamente compensa a perda de vegetação natural em regiões de rica
biodiversidade, como o Brasil e a Indonésia. Há
consequências para a sustentabilidade e a biodiversidade nesses
ecossistemas que vão além do simples aspecto verde da paisagem.
Para o estudos, os pesquisadores utilizaram dados de duas décadas de
registros de satélites, que incluem o uso do sensor MODIS (Moderate
Resolution Imaging Spectroradiometer), carro-chefe do programa Sistema de Observação Terrestre (EOS) da Nasa. Uma vantagem do MODIS é a cobertura intensiva que fornece no espaço e no tempo. Seus sensores capturaram até quatro fotos de quase todos os lugares da Terra, todos os dias, nos últimos 20 anos.
Fonte: EXAME
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