A Assessoria Técnica da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) divulgou nesta segunda-feira, 25, relatório sobre o mercado brasileiro de banda larga fixa referente aos dados do último trimestre de 2018.
O
mercado brasileiro, segundo o estudo, apresentou evolução nos últimos
anos, alcançando, em 2017, a sexta posição entre os 20 mais populosos do
mundo do mundo, com 2,8% do total de número de assinaturas globais. O
crescimento anual médio de usuários de banda larga fixa, 12,8%, é
próximo à taxa mundial, 13%, em relação a análises dos valores entre
2005 e 2018. No entanto, o relatório identificou redução nesse ritmo de
crescimento no Brasil, que se mantém em 1% ao trimestre já há alguns
anos.
Por
outro lado, os dados do relatório evidenciam um significativo
crescimento das Prestadoras de Pequeno Porte (PPP), que detém
participação no mercado nacional inferior a 5% (algo em torno de 1,5
milhão de assinaturas). Para chegar nesses dados, a equipe técnica da
agência comparou o market share (participação da empresa no mercado) de
2007 a 2018.
Em 2018, 9.486 PPPs atuaram em 26,4% do mercado de
acesso banda larga fixa brasileiro. Em 2007, elas tinham participação de
19,4%. A maior parte dos municípios, 78,2%, possui cinco ou mais
prestadoras com o serviço de banda larga fixa.
Em relação às
grandes operadoras, a pesquisa indicou diminuição constante da Oi e da
Vivo na participação no mercado nacional de banda larga fixa e
crescimento da Claro/Net. O market share da Oi despencou de 42,6%, em
2007, para 19,2% em 2018. A Vivo encolheu de 28,1% para 24,3%. Já a
Claro, que passou a controlar a Net depois de comprá-la em 2010, cresceu
de 10%, em 2007, para 30% em 2018.
No
entanto, a diminuição de participação de grandes empresas não significa
que o mercado também sofreu um declínio. Conforme a Anatel, de 2007 até
o final de 2018, o número de assinaturas de planos de banda larga fixa
do Brasil aumentou 276%, de 8,26 milhões para 31,05 milhões.
Conexão por fibra óptica
Foi
constatado no estudo que a tecnologia de conexão por cabos metálicos
está em gradual declínio, caindo de 71,9% de presença em 2007 para 41,9%
em 2018.
Por
outro lado, a fibra óptica cresceu significativamente no mesmo período,
chegando a 18,5% em 2018, contra 0,53% em 2007. Hoje há fibra óptica em
3.589 municípios brasileiros, o que representa 64,4% dos municípios e
89,4% da população do país. A OI é a operadora que disponibiliza fibra
óptica na maior quantidade de municípios, totalizando presença em 2.235
deles.
A qualidade da Internet no Brasil
Segundo
o relatório da Anatel, os serviços de banda larga fixa no Brasil
cumpriram as metas de qualidade e atingiram 76,5% em dezembro de 2018. A
média total do último ano foi 73,2% com índice geral de satisfação de
6,43 numa escala com máximo de 10,00. O valor foi o menor dentre os
serviços das principais operadoras.
A
maior parte dos planos de Internet no país estão nas faixas de 2 a 12
MBps, 12 a 34 Mbps e acima dessas faixas. Os dados destacaram
crescimento da faixa acima de 34 Mbps. A velocidade média contratada
nacionalmente é 24,62 Mbps, com o preço médio de R$ 3,50 por 1 Mbps, em
2018. O valor significa uma queda progressiva desde 2010, em que custava
em média R$ 21,20 para assinar um plano de Internet.
Fonte: OlharDigital
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