Ministério da Economia quer privatizar o financiamento à inovação
Luís Osvaldo Grossmann
O secretario de desestatizações do Ministério da Economia,
Salim Mattar, voltou a defender publicamente a venda de todas as
estatais brasileiras, com a possível exceção da Petrobras, do Banco do
Brasil e da Caixa Econômica Federal. Daí a circulação de uma lista que
inclui 131 empresas privatizáveis divulgada pela pasta, reforçada com a
apresentação feita na véspera pelo secretário durante evento em
Brasília.
No bolo, além de todas as empresas estatais de ligadas às tecnologias de informação e comunicações, como Serpro, Dataprev, Telebras e Ceitec, a relação inclui o próprio sistema de financiamento à inovação brasileiro, com a transferência ou liquidação do BNDES e especialmente da Financiadora de Inovação e Pesquisa, Finep.
Ainda sem uma definição de como modificar o incentivo à pesquisa via Lei de Informática, uma determinação da Organização Mundial do Comércio, a proposta de ficar sem o empurrão público tira a perna que incentiva a parcela de investimentos em pesquisa e inovação feita pelo setor privado – uma vez que no Brasil mais da metade dos aportes em P&D são feitos pelo Estado.
É certo que o sistema sofreu revés forte nos últimos anos. Se em 2014, a Finep chegou a desembolsar R$ 8,7 bilhões, em 2018 o valor ficou próximo de R$ 950 milhões. Consequência direta dos cortes orçamentários. Um ano antes, embora o Fundo Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico – a maior fonte do país para investimentos não reembolsáveis em tecnologia – tivesse arrecadado R$ 4,4 bilhões, só teve uso autorizado para R$ 920 milhões.
Segundo explicou o secretário Salim Mattar, cada ministério poderá decidir quais as empresas vinculadas que serão privatizadas. “Nós chamamos de estatais setoriais. Aquelas de outros ministérios como Correios, como a EPL, aquela do trem-bala. A decisão de privatizar essas empresas é do ministro. E eu fico aporrinhando os ministros para poder privatizar. Esse é o meu papel”, insistiu o secretário.
Fonte: Convergência Digital
Luís Osvaldo Grossmann
14/02/2019
No bolo, além de todas as empresas estatais de ligadas às tecnologias de informação e comunicações, como Serpro, Dataprev, Telebras e Ceitec, a relação inclui o próprio sistema de financiamento à inovação brasileiro, com a transferência ou liquidação do BNDES e especialmente da Financiadora de Inovação e Pesquisa, Finep.
Ainda sem uma definição de como modificar o incentivo à pesquisa via Lei de Informática, uma determinação da Organização Mundial do Comércio, a proposta de ficar sem o empurrão público tira a perna que incentiva a parcela de investimentos em pesquisa e inovação feita pelo setor privado – uma vez que no Brasil mais da metade dos aportes em P&D são feitos pelo Estado.
É certo que o sistema sofreu revés forte nos últimos anos. Se em 2014, a Finep chegou a desembolsar R$ 8,7 bilhões, em 2018 o valor ficou próximo de R$ 950 milhões. Consequência direta dos cortes orçamentários. Um ano antes, embora o Fundo Nacional para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico – a maior fonte do país para investimentos não reembolsáveis em tecnologia – tivesse arrecadado R$ 4,4 bilhões, só teve uso autorizado para R$ 920 milhões.
Segundo explicou o secretário Salim Mattar, cada ministério poderá decidir quais as empresas vinculadas que serão privatizadas. “Nós chamamos de estatais setoriais. Aquelas de outros ministérios como Correios, como a EPL, aquela do trem-bala. A decisão de privatizar essas empresas é do ministro. E eu fico aporrinhando os ministros para poder privatizar. Esse é o meu papel”, insistiu o secretário.
Fonte: Convergência Digital
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