NASA encomenda projetos de casas extraterrestres
Agência
espacial dos EUA destina 15 milhões de dólares para que duas equipes
desenvolvam espaços inteligentes e autossuficientes que permitam a
presença humana na Lua, em Marte “ou além”
Raúl Limón
O objetivo do projeto, que será complementado com planos específicos da NASA, é criar a tecnologia crítica necessária para permitir a presença humana na Lua e em Marte. Os espaços inteligentes são imprescindíveis para enfrentar os desafios da exploração. Segundo Jim Reuter, um dos responsáveis pela Divisão de Tecnologia Espacial da NASA, a colaboração com os centros externos à agência permite “ampliar a pesquisa e o desenvolvimento tanto para a corrida aeroespacial como para outras áreas”.
Um dos institutos selecionados é o Habitats Optimized for Missions of Exploration (HOME), cujas iniciais formam a palavra “lar” em inglês. Esse centro é especializado em engenharia, análise de risco e tecnologias voltadas à criação de espaços adaptáveis, autônomos e autossuficientes para a exploração humana. A pesquisa do HOME será concentrada no desenvolvimento de sistemas autônomos, equipamentos automatizados, ciências de dados, aprendizado mecânico, robótica e fabricação in loco de bens necessários para casas extraterrestres.
Essa equipe, liderada por Stephen Robinson, conta com sete universidades e com as empresas de tecnologia Sierra Nevada, United Technology Aerospace Systems e Blue Origin. A Blue Origin é a empresa aeroespacial do fundador da Amazon, Jeff Bezos, cuja visão é “um futuro em que milhões de pessoas vivam e trabalhem no espaço”.
O RETHi se concentrará em preparar os espaços para que possam funcionar com ou sem tripulação. Para isso, criará protótipos e modelos virtuais com os quais poderá testar e desenvolver as funcionalidades necessárias dos módulos.
A Universidade de Purdue contribuirá com a pesquisadora principal, Shirley Dyke, quem colaborará com as instituições homólogas de Harvard, Connecticut e Texas.
Os dois centros selecionados se unirão a outros criados pela NASA, especializados em biotecnologia e em materiais ultraleves e resistentes.
Esse concurso, vencido por 3 das 11 empresas que participaram (SEArch+/Apis Cor, Zopherus e Mars Incubator), premiou o uso de recursos disponíveis fora do nosso planeta, assim como a programação de modelos, os materiais e as fases de construção. A própria NASA destaca que a pesquisa realizada tem aplicações atuais na Terra.
Fonte: El País
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