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Por que ônibus elétricos ainda não são tão populares?

Por que ônibus elétricos ainda não são tão populares?

Sem emissão de gás carbônico, menos trepidação, poluição sonora reduzida, menores custos operacionais e de manutenção a longo prazo. Tudo isso faz parecer que a troca de ônibus a diesel para modelos elétricos seja uma decisão fácil e, preferencialmente, imediata. Entretanto, apenas uma parte minúscula da frota global é elétrica.
Apesar de as vendas terem crescido cerca de 32% no ano passado, somente 17% dos ônibus em circulação no mundo são desse tipo. O mais impressionante é que 99% desses veículos estão na China, com outros países muito longe de alcançarem essa marca.

Por que isso acontece?

A China abriga a maior parte da produção de veículos elétricos no mundo e tem um forte incentivo estatal para eletrificar suas frotas, tanto de transporte público como privado e comercial. O governo dá incentivos fiscais àqueles que fazem a troca e também promove metas para de substituição para as construtoras.
Outros países, como Estados Unidos e Brasil, já adquiriram alguns desses veículos, principalmente para teste, mas nem sempre obtiveram bons resultados. Segundo o portal Wired, ônibus elétricos testados em Belo Horizonte (MG) tiveram problemas em subir ladeiras estando cheios de passageiros, por exemplo.
A necessidade muito variável de recarga também apresenta problemas. Os ônibus elétricos atuais conseguem fazer cerca de 360 km por carga, dependendo de condições climáticas e topográficas. Isso significaria uma recarga nova a cada dia em uma rota curta em cidades de alta densidade, segundo o Wired.
Para ter ônibus elétricos é necessário adquirir todo o sistema que funciona com eles, incluindo estações de recarga. Elas são muito caras, cerca de US$ 50mil pela mais básica, fora custos de construção, aquisição de lotes, e — é claro — toda a modificação de infraestrutura elétrica que uma cidade precisa para abastecer as frotas.
Enquanto a necessidade de conversão para veículos "limpos" se faz presente principalmente para a redução de emissão de gases, ainda falta muito para que isso seja viável. No momento, as prioridades são a otimização desses veículos, a redução dos custos de produção e os estudos de implementação. 
Fonte(s): Wired
Imagen(s): winnipegfreepress  / electrek 
Fonte: Tecmundo

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