Índia e China serão mais inovadores do que os EUA, diz pesquisa
Levantamento da Bloomberg indica que países emergentes são menos conservadores em relação a mudanças tecnológicas
23 jul 2019, 12h2
São Paulo – Nos próximos anos, a inovação tecnológica deve migrar de país. De acordo com uma pesquisa realizada pela Bloomberg, mais da metade dos 2 mil profissionais entrevistados, de 20 diferentes mercados, acreditam que a China e a Índia terão superado os Estados Unidos na inovação tecnológica mundial até 2035. Além disso, os países emergentes demonstraram ter mais confiança no impacto positivo da tecnologia para o mundo do que as nações com a economia desenvolvida.
Andrew Browne, diretor
editorial do Fórum da Nova Economia Bloomberg, comentou que os países
que ainda estão formando a sua economia apostam mais na tecnologia como
um fator favorável. “Os países em desenvolvimento, em geral, veem a
tecnologia mais como uma oportunidade, enquanto o mundo desenvolvido tem
um maior senso de tecnologia como uma ameaça”, disse Browne, em nota.
49% dos profissionais entrevistados dos mercados desenvolvidos
acreditam que a China e a Índia se tornarão os grandes centros
tecnológicos mundiais até a metade da década de 2030, enquanto 59% dos
entrevistados em economias emergentes apostam que essas duas nações
dominarão o setor.Os países que apresentaram ter mais certeza dessa opinião foram a África do Sul (73% concordam), o Egito (69% concordam) e a Arábia Saudita (67% concordam). 39% de todos os entrevistados acreditam que o polo tecnológico será instalado em Pequim, capital da China.
Outra questão que foi levantada para os entrevistados foi a possibilidade de uma terceira guerra mundial – dessa vez, cibernética. 68% acreditam que existem muitas chances disso acontecer, e os países emergentes demonstraram temer mais essa previsão do que os desenvolvidos, mas mais da metade dos entrevistados em ambas as categorias se mostraram preocupados.
Sobre a questão do dinheiro físico, 52% acreditam que ele não será mais utilizado como meio de troca até 2035, e as nações emergentes se revelaram mais confortáveis em adotar essa mudança do que as consolidadas. Quase metade dos entrevistados de nações latino-americanas responderam acreditar que o dinheiro físico não existirá nas futuras sociedades em 2035.
Discussões como carros
autônomos, inteligência artificial e mudanças climáticas também
estiveram presentes. Os países ocidentais e orientais revelaram ter
opiniões bem distintas sobre a chegada dos novos carros – os orientais
possuem muito mais confiança nesse mercado. 72% dos entrevistados
acreditam que a inteligência artificial não destruirá os empregos
manuais, e 52% acreditam que o aumento do nível do mar pode apagar um
país de baixa altitude até a década de 30.
A pesquisa foi realizada via Internet pela empresa de pesquisa de
mercado Kantar. Os dados foram levantados em março de 2019 e entrevistou
2 mil profissionais de 20 diferentes áreas de atuação, calculando o
nível de concordância e discordância dos grupos diante dos assuntos
levantados.Fonte: EXAME
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