Pesquisadores descobriram restos microbianos que podem ajudar a responder questões sobre como a vida se originou na Terra
Cientistas da Universidade de New South Wales descobriram restos microbianos de 3,5 bilhões de anos
atrás em rochas sedimentares, na região de Pilbara, Austrália. Eles
acreditam que a recente descoberta possui evidências concretas da vida mais antiga que já existiu na Terra. A pesquisa foi publicada na revista científica Geology.
"Esta
é uma descoberta emocionante. Pela primeira vez, somos capazes de
mostrar ao mundo que esses estromatólitos (fósseis originados por
bactérias) são evidências definitivas da vida mais antiga da Terra",
afirmou o principal autor do estudo, Raphael Baumgartner.
Baumgartner
e os outros pesquisadores perfuraram a rocha para coletar amostras e as
examinaram usando uma variedade de ferramentas e técnicas, como
microscopia eletrônica de alta potência, espectroscopia e análise
isotópica. Eles descobriram que os estromatólitos são compostos de
pirita, conhecida como "ouro dos tolos" (fool's gold, em inglês),
juntamente com matéria orgânica.
Os fósseis forneceram aos
pesquisadores novas informações sobre vida nesse tipo de rocha, além de
um progresso considerável na busca por sinais de existência fora do
planeta. "Isso representa um grande avanço na ciência das investigações
sobre o início da vida em geral e, mais especificamente, na busca pela
vida em Marte",
disse o professor Martin van Kranendonk, que também participou do
estudo. "Agora temos um novo alvo e uma nova metodologia para procurar
vestígios de vida antigos".
Os
cientistas acreditam que as pistas podem ajudar a revelar se algum tipo
de vida já habitou Marte em determinado momento, e, caso a suposição
esteja correta, como ela surgiu. "É profundamente gratificante que as
rochas antigas da Austrália e nosso conhecimento científico estejam
dando uma contribuição tão significativa à nossa busca por vida
extraterrestre e revelando os segredos de Marte", afirmou van
Kranendonk.
Um outro estudo, publicado no início deste ano,
sugeriu que os alicerces da vida na Terra vieram de uma colisão
galáctica com um objeto do tamanho de Marte, há mais de 4 bilhões de anos.
Via: Fox News
Fonte: OlharDigital
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