terça-feira, 22 de outubro de 2019

Cientistas se preparam para clonar cavalo de 40 mil anos

Cientistas se preparam para clonar cavalo de 40 mil anos

Animal foi encontrado congelado em uma cratera na Sibéria; pesquisadores conseguiram extrair sangue e urina


Vinicius Ferreira, editado por Liliane Nakagawa  
21/10/2019 18h10







Fóssil potro

Cientistas russos estão prontos para clonar um cavalo de 42 mil anos. O potro, quase completamente preservado, foi encontrado na Cratera Batagaika, no leste da Sibéria. Na autópsia, constatou-se que o animal ainda tinha sangue líquido dentro de seu coração. Normalmente, o sangue coagula ou torna-se pó com o passar do tempo, mas o congelamento evitou que isso ocorresse.


Encontrado por moradores locais, o fóssil foi escavado por cientistas da Rússia e do Japão e levado ao Museu do Mamute, na Universidade Federal do Nordeste (NEFU), em Yakutsk. De acordo com o diretor do museu, Semyon Grigoryev, esse é o primeiro fóssil de um cavalo pré-histórico tão jovem e tão bem preservado. 
(Michil Yakoklev/North-Eastern Federal University)
A descoberta de sangue e urina líquidos é ainda mais rara. Grigoryev disse em entrevista à CNN que ele conhecia apenas um único caso no qual sangue líquido foi encontrado. Trata-se de um fóssil congelado de um mamute adulto, descoberto por ele e sua equipe em maio de 2013, na costa nordeste da Rússia.
O potro tinha entre dois e três meses quando morreu, provavelmente afogado em lama, que depois se transformou no permafrost, um tipo de solo formado por terra, gelo e rochas, permanentemente congelado. Agora, a esperança dos pesquisadores é conseguir clonar um animal já extinto.
O permafrost é uma grande fonte de fósseis, que podem ensinar mais sobre a vida na Era do Gelo. Recentemente, cientistas encontraram um filhote de leão tão jovem que ainda não possuía dentes, congelado e em perfeito estado.
(Michil Yakoklev/North-Eastern Federal University)
Além do potro, a expedição retornou também com um esqueleto de mamute completo. Por enquanto, não há previsão de quando os pesquisadores tentarão clonar o animal, mas espera-se que isso ocorra em um futuro próximo. Grigoryev, contudo, acha a clonagem improvável, devido ao fato de que as células sanguíneas (hemácias) não possuem núcleo com DNA. 
Segundo os estudiosos, o animal é um Cavalo de Lena (Equus lenensis), que vivia na região há cerca de 30 a 40 mil anos. O potro será exibido no Japão, de junho a setembro de 2020, como parte da exposição sobre os mamutes.

Via: EngenhariaÉ

Fonte: OlharDigital

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