Pesquisadores esperam que a 'hiper cola' seja
utilizada na criação de roupas mais resistentes para socorristas, como
coletes à prova de balas
Tendo em mente os muitos produtos usados hoje em dia que são "grudados" por adesivos, pesquisadores
da Universidade de Victoria e da Universidade da Colúmbia Britânica
desenvolveram uma "hiper cola", para tornar tudo mais forte e resistente
à corrosão. O estudo foi publicado na revista Science.
A equipe de pesquisadores descobriu um método de ligação de plásticos
e fibras sintéticas no nível molecular, em um procedimento chamado de
reticulação. Esse processo acontece quando o adesivo é exposto ao calor
ou à luz UV de ondas longas, criando conexões fortes e resistentes.
Mesmo com uma quantidade mínima de reticulação, os materiais são
fortemente ligados.
De acordo com os cientistas,
essas ligações reticuladas podem criar oportunidades para misturar e
combinar materiais que as colas disponíveis comercialmente não
conseguem. "O adesivo é particularmente eficaz em polietileno de alta
densidade, que é um plástico importante usado em garrafas, tubulações e
muitas outras aplicações", comentou Abbas Milani, um dos pesquisadores
envolvidos no projeto. "As colas disponíveis não funcionaram nesses
materiais, tornando nossa descoberta uma base impressionante para uma
ampla gama de usos importantes".
Uma das aplicações mais
promissoras imaginadas pelos cientistas para a "hiper cola" é como um
agente de união de roupas. A equipe trabalha com pesquisadores de outras
áreas em novas categorias de vestuário para socorristas, como roupas de
mergulho e coletes à prova de balas de alto desempenho.
Para
a equipe, contudo, seu potencial pode se estender muito. Os
pesquisadores imaginam que a cola possa ser usada para melhorar
implantes médicos, instalações hidráulicas domésticas mais fortes, ou
simplesmente como um aditivo para aumentar o desempenho de diversas
categorias de produtos.
"Imagine tintas que nunca descascam ou
revestimentos à prova d'água que nunca precisam ser selados novamente",
diz Milani. "Estamos começando a pensar em usá-lo como uma maneira de
unir muitas categorias de plásticos, o que é um grande desafio na
reciclagem do material e de seus compostos. Existe um potencial real de
tornar alguns de nossos itens diários mais fortes e menos propensos as
falhas".
Via: New Atlas
Fonte: OlharDigital
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