segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Governo chinês deixará de usar dispositivos e softwares estrangeiros até 2022

Governo chinês deixará de usar dispositivos e softwares estrangeiros até 2022


EFE Londres 
9 dez 2019



HUNGARY MICROSOFT
Arquivo. EPA/ZOLTAN MATHE


A China estabeleceu um prazo de três anos para a retirada de todos os dispositivos informáticos e softwares estrangeiros de órgãos do governo e instituições públicas do país, informou o jornal britânico "Financial Times" nesta segunda-feira.

A diretriz adotada pelo governo chinês provavelmente atingirá multinacionais americanas como HP, Microsoft e Dell, transferindo o conflito comercial entre ambos os países para o setor tecnológico.

O jornal lembra como o governo do presidente Donald Trump vetou os negócios entre as empresas americanas e a empresa de telecomunicações Huawei no início do ano e como, em maio passado, outros gigantes como Google e Intel anunciaram que congelariam a cooperação com a empresa chinesa.

Essa iniciativa da China tornará necessário substituir entre 20 e 30 milhões de peças de hardware de outros países, trabalho que começará no início de 2020. A publicação informa que, segundo analistas, 30% destas substituições ocorrerão no ano que vem, 50% em 2021 e 20% em 2022.

A ordem, de acordo com essas fontes, vem do escritório central do Partido Comunista Chinês e foi dada no início de 2019. O jornal indica que a substituição de todos os dispositivos estrangeiros trará desafios, já que muitos desses produtos foram desenvolvidos para sistemas operacionais dos EUA, como o Windows, da Microsoft.

Em maio deste ano, Hu Xijin, editor do jornal "Global Times" na China, argumentou que o veto da Huawei não seria fatal para a empresa, que vinha antecipando o conflito há "anos".

Segundo Hu, a empresa já estava preparada para encarar o conflito e desenvolveria a própria indústria de microchips para rivalizar com os EUA.

"Cortar os serviços técnicos da Huawei significará um verdadeiro ponto de inflexão na pesquisa e no desenvolvimento geral da China e no uso de chips fabricados no país", comentou Hu Xijin.

Fonte: EFE

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