quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Carregador de baterias supera desempenho de computadores da Apollo 11

Carregador de baterias supera desempenho de computadores da Apollo 11

O cálculo inusitado foi realizado por um engenheiro da Apple, com base no acessório usado em notebooks da mesma marca

Redação Veja
11 fev 2020, 17h15



Medir o progresso da tecnologia em perspectiva ao, por exemplo, apontar que os smartphones de hoje são mais poderosos do que o computador de orientação que levou a missão Apollo 11 à Lua, em 1969, já se tornou prática comum para demonstrar a evolução científica. Nessa seara, entretanto, um novo marco foi estabelecido. Segundo um cálculo feito por um desenvolvedor de hardware da Apple, o engenheiro americano Forrest Heller, até mesmo um carregador de bateria USB-C, desenvolvido para Macbooks, já tem mais poder de processamento do que o computador de orientação da sonda de 1969.
Fazer a equação para a inusitada comparação não foi uma tarefa fácil. Isso porque o computador de 1969 da NASA funcionava de maneira muito diferente, em comparação a dispositivos modernos. Em resumo, eis o resultado, com as especificações básicas de cada um: o computador de orientação de aterrissagem da Apollo 11 tinha velocidade de processador de 1,024 MHz, em comparação com 48 MHz do carregador da marca Anker, que Heller usou em seu estudo. Em memória RAM, na Apollo eram embarcados 4kb, em paralelo com 8kb do carregador. Por fim, a memória da sonda era de 72KB; 128KB estão disponíveis na memória flash no acessório moderno.
No total, Heller calcula que o carregador é 563 vezes mais rápido que o computador Apollo 11, pode armazenar 1,78 vezes mais instruções e possui um pouco mais do dobro da quantidade de RAM. Apesar da disparidade de poder, o engenheiro acredita que seria preciso quatro carregadores para substituir todos os computadores da Apollo 11, e também admite que existem fatore óbvios que impediriam um carregador USB-C de voar em uma nave espacial. No caso, a natureza da função do dispositivo.
Há também a questão dos periféricos, com Heller notando que não está claro quantos equipamentos de orientação o computador da Apollo suporta em seus sistemas. Independentemente disso, é um experimento divertido que destaca o enorme progresso que a tecnologia fez no último meio século, com destaque para os feitos surpreendentes que ainda são possíveis em hardwares modestos.

Fonte: VEJA

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