sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020


Escola de samba de São Paulo aposta em tecnologia com mundo virtual paralelo


Reprodução/TV Reuters

Essa é apenas uma das novidades tecnológicas que a tradicional escola de samba paulistana vai mostrar em seu desfile do Carnaval no sambódromo do Anhembi. A Rosas de Ouro escolheu o tema Revolução Industrial 4.0 para o desfile deste ano, na madrugada do dia 23 de fevereiro.
“Toda revolução muda a sociedade, e a gente percebeu que não dava só para falar sobre isso, a gente tinha que trazer para o desfile”, disse Elcio Brito, líder do comitê de gestão do projeto Carnaval 4.0 da Rosas de Ouro.
“No mundo físico, teremos robôs ajudando a bateria, enquanto no mundo digital a gente tem a realidade aumentada ajudando a Rosas a aumentar o poder de comunicação dela”, afirmou.
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O desfile também contará com uma passista virtual em realidade aumentada que pode ser vista ao se apontar a câmera de um smartphone para um dos carros alegóricos da escola no desfile do próximo domingo.
O samba-enredo da escola conta a história de um robô que se considera ultrapassado pelo rápido avanço da tecnologia e deseja ver as pessoas criando conexões mais humanas entre si. O pequeno robô também poderá ser visto sambando junto com a escola em seu aplicativo por meio da realidade aumentada.
O projeto —feito em parceria com empresas como a Nokia e a Mercedes-Benz, também em conjunto com três universidades (Universidade de São Paulo, Instituto Mauá de Tecnologia e Centro Universitário FEI)— promove uma inovação inédita também nos bastidores de uma escola de samba.
“Estamos construindo ao lado do sambódromo físico uma avenida digital por onde a escola passará, haverá um mundo virtual paralelo ao mundo físico”, explicou Ari Costa, pesquisador do Instituto Mauá e coordenador da parte de saúde e sustentabilidade do projeto.
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Ari explicou também que as fantasias e carros alegóricos usados no desfile terão etiquetas de identificação por radiofrequência que serão usadas para monitorar a velocidade da escola na avenida para garantir que cada ala cumprirá o tempo correto, evitando assim punição.
O público que assistir ao desfile, tanto no sambódromo, como em casa, terá acesso a essas e outras informações através do aplicativo da escola e também poderá ler um QR Code impresso nas fantasias de uma das alas do desfile para vesti-las através da realidade aumentada.
“A gente quer democratizar as informações, que são a essência dessa evolução, com quem está desfilando e também com quem está assistindo, para que as pessoas possam se preparar para esse mundo novo que está chegando”, disse Brito.

Com reportagem adicional de Leonardo Benassatto

Fonte: Reuters

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