
A pandemia do novo coronavírus atingiu o mundo de forma arrasadora, infectando mais de 1,8 milhões de pessoas e registrando mais de 115 mil óbitos. O início, porém, foi com um simples vírus animal que, após uma mutação, migrou para os humanos. Esses vírus zoonóticos, como são conhecidos, são responsáveis por 75% das novas doenças que as pessoas enfrentam. Este número faz da área uma das mais estudadas na saúde pública.
Christine Kreuder Johnson, epidemiologista e diretora associada do One Health Institute da Universidade da Califórnia, acredita que um vírus em algum lugar aparentemente distante e isolado do mundo tem potencial para ameaçar a saúde das pessoas no mundo todo.

O estudo foi financiado pelo programa de Previsão de Ameaças Pandêmicas Emergentes da Usaid que, desde 2009, já coletou mais de 140 mil amostras biológicas, encontrando 1.200 vírus que poderiam se tornar ameaças globais, incluindo 140 novos tipos de coronavírus. O próximo passo do programa é vasculhar as amostras para descobrir se o novo coronavírus pode ter migrado dos animais para os humanos mais cedo do que o suspeitado, já que muitas vezes passa despercebido antes que um surto surja.
Para a pesquisadora, muito pode ser feito para melhorar essa situação, incluindo a regulamentação do comércio e tráfico de animais silvestres, além de melhorar a relação de convivência com a vida selvagem. Isso ocorre porque a saúde humana está estritamente ligada à saúde animal, já que essas espécies agora vivem lado a lado. “Também precisamos pensar em como a saúde ambiental está realmente no centro de ambas. A saúde pública é realmente uma questão de saúde ambiental”, finalizou Johnson.
Via: The Verge
Fonte: OlharDigital
Comentários
Postar um comentário
Todas postagem é previamente analisada antes de ser publicada.