IA vs covid-19: 8 usos da inteligência artificial no combate ao coronavírus
Fonte: Pixabay
De
2015 a 2019, empresas norte-americanas que desenvolvem soluções
baseadas em inteligência artificial acumularam um montante de cerca de
US$ 40 bilhões de dólares, equivalente a 56% da receita mundial do
setor, que, segundo previsões, vai ultrapassar a casa dos US$ 46 bilhões
em 2020. Ou seja, o investimento na área está alcançando patamares cada
vez mais ambiciosos. Ainda assim, muita gente não entende exatamente no
que o uso de tais tecnologias influencia o dia a dia.
Só
para se ter uma ideia, de acordo com pesquisa realizada pela Blue
Fountain Media, 43% dos adultos residentes nos Estados Unidos não sabem
exatamente o que é inteligência artificial ou como ela é aplicada,
sendo que 7% simplesmente não têm interesse algum no assunto. E mais:
32% temem perder seus empregos por causa dela, enquanto outros 87% não
confiariam em um diagnóstico médico que não tivesse intervenção humana.
Colin
Angle, criador do robô aspirador iRobot, defende as máquinas: "Estamos
chegando ao ponto em que podemos construir uma inteligência artificial
mais agradável que seus amigos menos próximos. Por que um programa de
computador seria pior que um cara desagradável que você conheceu em um
bar?".
Por isso, para desmistificar essa ideia de que inteligência artificial é perigosa ou não tem nada a ver com sua vida,
confira uma lista de aplicações que vêm para modificar a maneira como
lidamos com pandemias futuras e que vão ditar os novos rumos da
medicina: conheça oito usos da inteligência artificial no combate ao coronavírus.1. Possível tratamento para a covid-19
Peter
Richardson, farmacólogo britânico, utilizando o sistema de inteligência
artificial da BenevolentAI, deparou-se com uma descoberta que pode
trazer nova esperança na busca pelo tratamento da doença
que parou o mundo. Com um software dedicado à combinação de informações
sobre esteroides e dados de pesquisas científicas, encontrou um
medicamento capaz de suavizar os sintomas mais severos da condição.
Uma
das empresas responsáveis pela produção da droga entrou em contato com
ele, e testes já estão com data para começar junto ao Instituto Nacional
de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos. O processo, que
normalmente leva anos, já pode apresentar resultados em junho com a
ajuda da inteligência artificial.
2. Mapeamento de epicentros de contaminação
A
Mayo Clinic, localizada em Rochester, Nova York, juntou-se ao
departamento de saúde e criou uma ferramenta capaz de identificar as
zonas com maior índice de transmissão de covid-19 em Minnesota.
Calculando
a média de testes realizados e quantos deles foram positivos em
determinada região, o sistema pode ser aplicado a muitas outras áreas.
Assim, com os dados fornecidos, a IA permite às autoridades otimizar recursos de combate e prevenção ao identificar quais locais estão mais vulneráveis.3. Previsão por meio de tosse
Pessoas
tossindo no meio de uma multidão podem ser responsáveis pelo início de
uma onda de gripes — ou de uma pandemia como a da covid-19. Por isso,
pesquisadores da UMass Amherst, universidade pública de Massachusetts,
nos EUA, desenvolveram o FluSense, dispositivo portátil de inteligência
artificial capaz de analisar sons de tosse e produzir modelos de contaminação.
Com ele, taxas de disseminação diárias podem ser consultadas, permitindo ações ágeis de prevenção, como campanhas de vacinação.
4. Impressões digitais vocais
Um
grupo israelense pode ter encontrado uma maneira inusitada de
identificar pacientes contaminados pelo novo coronavírus. Os
pesquisadores estão dedicados a desenvolver uma solução capaz de
detectar "impressões digitais" na voz dos infectados para auxiliar no combate à covid-19.
Padrões
de estresse no ritmo respiratório são verificados por um algoritmo, que
leva em conta também as alterações na voz em si. A princípio, o sistema
da Vocalis Health, empresa idealizadora, seria utilizado para
acompanhamento remoto, e o Ministério da Defesa local monitoraria o
desenvolvimento. Empresas como Cordio, Voca.ai e Canary Speech seguem
movimentos semelhantes de diagnóstico.
5. Acompanhamento remoto
Otimizar
custos de hospitais e manter a segurança de pacientes contaminados pelo
coronavírus é o objetivo da Baptist Health, que, junto a oito hospitais
nos EUA, está utilizando uma técnica de machine learning que estabelece
parâmetros da condição de cada pessoa, identificando anomalias e permitindo tomadas ágeis de decisão remotamente.
As
informações coletadas na casa do paciente por um wearable são exibidas
em tablets nos hospitais, enviando alertas às equipes médicas quando
necessário.
6. Sinais em imagens
A startup canadense DarwinAI desenvolveu uma rede neural que analisa imagens de raio X
e procura sinais de infecção, oferecendo uma alternativa à escassez de
equipes médicas para tantos exames. Por ser open source, muita gente já
está se beneficiando com a novidade.
Quanto
mais dados são inseridos, mais eficaz ela se torna, contando com um
banco, até agora, de 17 mil imagens do mundo todo. No momento, a empresa
se dedica a criar uma solução para determinar pacientes com mais
probabilidade de plena recuperação em casa, freando a contaminação e
aliviando os sistemas de saúde.
7. Saúde mental também importa
Um
professor do departamento de psicologia da Universidade Stanford está
utilizando uma técnica de análise orientada a dados para examinar postagens
no Twitter. Mais de 2 milhões de tweets com hashtags relacionadas à
covid-19 foram analisados em fevereiro e março, combinados a números de
casos, mortes, regiões afetadas e mais.
Assim, é possível entender como a pandemia está impactando a saúde mental da população e desenvolver estratégias para minimizar os estragos.8. Enfermeiro-robô
Uma
das grandes preocupações da linha de frente no combate ao coronavírus é
a exposição dos profissionais de saúde, que podem ganhar um aliado imune à doença:
um enfermeiro-robô. A tecnologia, já aplicada na Itália, um dos países
mais afetados pela pandemia, monitora pacientes analisando os parâmetros
exibidos pelos equipamentos da sala.
O
robô permite a profissionais voltarem as atenções a outros casos, além
de, com sua tela touch no "rosto", permitir que pacientes se comuniquem e
enviem mensagens aos médicos.
É só o começo
Esses
foram apenas alguns exemplos. Considerando os rumos da indústria da
inteligência artificial e sua importância para a sociedade, aqueles que
se inspirarem e quiserem desenvolver habilidades dedicadas a novas
soluções têm inúmeras opções de estudos para especialização, e uma delas
é a AcademIA, plataforma de treinamentos, certificações e exames da Microsoft.
Voltada
ao público brasileiro, a solução oferece cursos totalmente em
português, do mais básico ao avançado. Para conferir como funciona o
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