
A tecnologia fotônica, que usa luz (fótons) para transferir informação em vez da corrente elétrica (elétrons), é uma possível solução. Além de não produzir calor, ela poderia aumentar a velocidade na transferência de dados entre partes de um chip ou entre chips em um fator de mil vezes.
Portanto, o “Santo Graal” da fotônica seria o desenvolvimento de um laser à base de silício. O primeiro passo rumo a isso foi dado por pesquisadores da Universidade de Tecnologia de Eindhoven (TU/e), na Holanda, além das Universidades de Linz (Áustria), Jena e Munich (Alemanha), que criaram uma liga de silício capaz de emitir luz.

Elham Fadaly (esquerda) e Alain Dijkstra (direita) operam equipamento para medir a quantidade de luz emitida por sua liga de silício. Crédito: Sicco van Grieken, SURF
Segundo Erik Bakkers, pesquisador que conduziu o estudo na TU/e, o “pulo do gato” foi o aumento na qualidade das células de germânio e silício, reduzindo o número de impurezas e a quantidade de defeitos nos cristais. Com isso o material emitiu luz, e os cientistas conseguiram medir sua eficiência excitando-o com um laser.
Bakkers afirma que criar um laser de silício é, agora, apenas uma questão de tempo: “até agora, conseguimos propriedades ópticas que são quase comparáveis às do Fosfito de Índio e o Arseneto de Gálio, e a qualidade do material vem melhorando rapidamente. Se tudo correr bem, poderemos criar um laser de silício ainda em 2020. Isto permitiria uma forte integração de funcionalidade óptica na plataforma dominante para a eletrônica, o que abre as possibilidades para comunicação óptica entre partes de um mesmo chip e sensores químicos baratos baseados na espectroscopia”, diz ele.
Fonte: Phys.org
Fonte: OlharDigital
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