Segundo Sunney Xie, diretor do Centro Avançado de Inovação em Genômica de Beijing, o medicamento usa 14 “anticorpos neutralizantes” extraídos do organismo de 60 pacientes que se recuperaram da doença, e teve sucesso em testes com animais. Os resultados da pesquisa foram publicados no jornal científico Cell.
Testes em laboratório. Foto: iStock
O novo medicamento pode até mesmo oferecer proteção de curto-prazo contra o vírus: o estudo mostra que se os anticorpos forem injetados em ratos antes deles serem expostos ao vírus, os animais não se infectavam. Isto pode oferecer proteção temporária para profissionais médicos “por algumas semanas”, algo que Xie espera que sua equipe possa ampliar para “alguns meses”.
Segundo o cientista, o medicamento deve estar pronto para uso no final deste ano, a tempo para uma potencial “segunda onda” do vírus durante o inverno no hemisfério norte. No total, mais de 4,8 milhões de pessoas em todo o mundo foram infectadas pelo Sars-Cov-2, e mais de 318 mil pessoas morreram.
“O planejamento para os testes clínicos está em andamento”, diz Xie, que afirma que eles serão realizados na Austrália e em outros países devido à redução do número de casos na China. “Esperamos que estes anticorpos possam se tornar uma droga especializada que possa parar a pandemia”, afirmou.
Fonte: France24/AFP
Fonte: OlharDigital
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