Pesquisadores da USP estudam forma de tornar quimioterapia com doxorrubicina menos agressiva

Pesquisadores da USP estudam forma de tornar quimioterapia com doxorrubicina menos agressiva

Beatriz Evaristo 
01/06/2020 - 12h45 Brasília 


Em casos de câncer de mama, os principais tratamentos são a cirurgia, a radioterapia, a quimioterapia e a hormonioterapia. No caso da quimioterapia, entre os medicamentos mais usados está a doxorrubicina, conhecida como quimioterapia vermelha. O tratamento pode provocar efeitos colaterais como náusea, vômito, inflamação na boca e queda de cabelo.



Mas uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Química, do campus de São Carlos da Universidade de São Paulo, pode tornar essa terapia menos agressiva. Os cientistas desenvolveram uma nova substância, como explica a pesquisadora Talita Alvarenga.



Sonora: “A doxorrubicina, quando é administrada sozinha, pra ter determinado efeito, ela precisa de determinada concentração. Quando a gente administra com a substância que a gente desenvolveu, ela não tem efeito tóxico. Pra obter o mesmo efeito da doxorrubicina sozinha, com o composto, tem uma concentração bem menor...”



Os testes preliminares em laboratório apresentaram bons resultados. A pesquisadora conta que o estudo está no início, mas a proposta é ir além das análises celulares ainda este ano.



Sonora: “E os próximos passos dessa pesquisa seria investigar mais detalhadamente como atua dentro da célula essa combinação de substâncias. […] E fazer análises mais detalhadas, exames com animais, in vivo, com pacientes...”



Para 2020, há uma estimativa de mais de 66 mil novos casos de câncer de mama no Brasil. De acordo com dados do Instituto do Câncer, de 2010 a 2017, mais de cem mil mulheres com a doença foram tratadas com a quimioterapia.

Fonte: EBC

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