quinta-feira, 17 de junho de 2021

Reconhecimento facial é usado para embarque na ponte aérea

Reconhecimento facial é usado para embarque na ponte aérea

A tecnologia dispensa apresentação de outro documento de identidade

Eliane Gonçalves, da Rádio Nacional - São Paulo
15/06/2021 

A identificação por reconhecimento facial começou a ser usada na Ponte Aérea entre o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, e o Santos Dumont, no Rio de Janeiro.

A tecnologia dispensa a apresentação de qualquer documento de identidade e até mesmo do cartão de embarque.

A engenheira civil Ana Santos foi uma das primeiras a testar o recurso. Bastou ela posicionar o rosto em frente ao leitor de dados biométricos instalado no aeroporto de Congonhas e foi autorizada a seguir viagem para o Rio de Janeiro.

O sistema está sendo desenvolvido pelo Serpro e já foi testado em outros quatro aeroportos. Agora passa a ser adotado nos voos entre as duas maiores cidades do país.

A promessa é agilizar o processo de embarque. As informações biométricas dos passageiros são comparadas com os pontos biométricos da pessoa armazenados em bases de dados do governo, como os da Carteira Nacional de Habilitação, no Denatran, o Departamento Nacional de Trânsito.

O superintendente de relacionamento com o cliente do Serpro, Brenno Sampaio, garante que o sistema é seguro.

Brenno explicou que para usar o sistema é preciso ter um aceite formal do usuário e que a tecnologia segue a Lei Geral de Proteção de Dados.

Mas especialistas em privacidade e segurança de dados, como o diretor da Associação Data Privacy de Pesquisa, Rafael Zanatta, alertam que dados biométricos são valiosos e justamente por isso, outros países estão colocando o pé no freio no uso da biometria como sistema de identficação.

Ele lembra que no último ano os brasileiros foram vítimas de mega-vazamentos de informações, incluindo de bancos de dados do governo, e que tentativas de acesso a dados biométricos por parte dos órgãos de inteligência, como a ABIN, já foram consideradas inconstitucionais pelo STF.

Por enquanto o reconhecimento facial está funcionando em uma única empresa que atua na ponte aérea entre Rio e São Paulo. A promessa é ampliar o sistema para todos os aeroportos do país.

Edição: Leila dos Santos e Luiz Cláudio Ferreira

Fonte: EBC

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