quinta-feira, 1 de julho de 2021

MG, BA e MS concentram cidades que mais desmatam Mata Atlântica

MG, BA e MS concentram cidades que mais desmatam Mata Atlântica

Kariane Costa - Repórter da Rádio Nacional - Brasília
01/07/2021

Minas Gerais, Bahia e Mato Grosso do Sul concentram os dez municípios que mais desmataram a Mata Atlântica entre 2019 e 2020. O levantamento foi realizado pela Fundação SOS Mata Atlântica e mostra que Bonito, no Mato Grosso do Sul, foi o que mais desmatou. São 416 hectares, o que corresponde a mais de um campo de futebol por dia

A pesquisa aponta que nos três estados há uma expansão da fronteira agrícola e derrubada continua das florestas para agricultura. É o que destaca Luís Fernando Guedes Pinto, diretor de Conhecimento da Fundação.

3.429 municípios compõem a Mata Atlântica, e 15% por deles desmataram o bioma entre 2019 e 2020 – chegando a um total de 13.053 hectares desflorestados. O estudo da Fundação SOS Mata Atlântica mostra também que desse total, 70% se concentram em apenas 100 municípios de nove estados (MS, MG, BA, PI, PR, SC, SP, SE, RJ).

Os dados são enviados às secretarias de meio ambiente para apurar se os desmatamentos foram autorizados ou são ilegais, e a partir dai adotarem as medidas necessárias para a proteção do bioma.

Luis Fernando lembra que além de afetar o dia a dia de qualquer pessoa, esses desmatamentos estão diretamente ligados à crise hídrica que o país enfrenta, com impacto no preço da energia elétrica

Em nota, a secretaria de meio ambiente de Minas Gerais afirmou que houve recuo do desmatamento no bioma Mata Atlântica no período 2019 a 2020, em relação ao período entre 2018 e 2019, o que reflete a efetividade das políticas e atividades ambientais em execução no estado.

Segundo o texto, a redução do desmatamento em 2020 é resultado também das ações de fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, que mantém atividades de rotina e também operações especiais com foco na proteção da Mata Atlântica.

Procuramos as secretarias de meio ambiente da Bahia e Mato Grosso do Sul, mas até o fechamento desta reportagem, não obtivemos resposta.
Edição: Roberto Piza/Edgard Matsuki

Fonte: UFF

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