terça-feira, 17 de maio de 2022

Pesquisa estuda os impactos ambientais de alimentos ultraprocessados

Pesquisa estuda os impactos ambientais de alimentos ultraprocessados


Eduardo Cupertino* - estagiário da Rádio Nacional - Brasília
09/05/2022

Você sabia que para produzir um pequeno chocolate de apenas 100 gramas é necessário gastar 1,7 mil litros de água? Pois é, e esse número é o que chamamos de pegada hídrica, ou seja, é o total de água que se gasta na produção de um produto. E esses alimentos industrializados e ultraprocessados consomem ainda mais água na produção. É o que mostra um estudo feito pela Universidade de São Paulo em parceria com a Universidade Deakin, na Austrália.

A pesquisa apontou que a diferença entre uma pessoa que prioriza alimentos in natura em três refeições para a que consome uma grande quantidade de ultra processados também nas três refeições, chega a ter um gasto de 669 litros de água por dia.

A pesquisadora da USP, que participou do estudo, Josefa Garzillo, detalha a pesquisa: "Nós comparamos a dieta ao menor consumo de ultraprocessados, com aquela dieta com o maior consumo de ultraprocessados. E essa diferença dá em torno de 600 litros de água a mais de uma dieta para outra."

Além de impactos ambientais, os alimentos ultraprocessados tendem a aumentar o risco de doenças crônicas, a exemplo da obesidade, doenças cardiovasculares e aumento da mortalidade.

Josefa indica a melhor forma de mudar a alimentação a fim de reduzir a agressão ambiental e evitar complicações de saúde: " Mantendo a alimentação nas refeições regulares, e consumindo alimentos in natura, frutas legumes, arroz e feijão. Mantendo aquela alimentação como a mãe e avó da gente sempre orientou."

Mas o trabalho dos pesquisadores sobre o tema ainda não terminou. Eles vão continuar estudando os impactos ambientais que os alimentos geram durante o processamento.

É possível acessar o Guia Alimentar para a População Brasileira na Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde com dicas sobre como ter uma alimentação com ingredientes não processados. O endereço é bvsms.saude.gov.br.
*Com supervisão de Raquel Mariano
Edição: Raquel Mariano / Beatriz Arcoverde

Fonte: EBC

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