terça-feira, 28 de março de 2017

Projeto quer ligar cérebro a máquinas para aumentar a inteligência humana

Projeto quer ligar cérebro a máquinas para aumentar a inteligência humana


Elon Musk, o bilionário por trás da fabricante de veículos elétricos Tesla e da empresa de viagens espaciais SpaceX, tem mais um projeto ambicioso. Ele está apoiando uma nova empresa chamada Neuralink, que tem um objetivo (pouco) simples: ampliar as capacidades do cérebro humano ligando-o a computadores, tornando a nossa espécie mais capaz de competir com os avanços da inteligência artificial.
O projeto ainda está no início, como relatou o Wall Street Journal, mas a ideia é evoluir radicalmente a interface cérebro-máquina, que traria vários benefícios, incluindo a melhoria das capacidades de memória e uma interação mais direta com dispositivos.
Musk já falou abertamente sobre o tema algumas vezes, dando pistas sobre seus planos de longo prazo, mas sem dar muitos detalhes. A ideia de transformar humanos em ciborgues foi mencionada em conferência realizada em fevereiro deste ano, proporcionando uma conexão mais direta com computadores, mesclando a inteligência biológica com a inteligência digital.
O argumento principal do fundador da Tesla e da SpaceX girava em torno dos limites de poder de processamento e velocidades de transferência de informações. O que isso quer dizer? Computadores conseguem engolir, transferir e processar gigabytes inteiros por segundo, ou até terabytes, e suas capacidades só tendem a aumentar com os anos. Enquanto isso, nós somos limitados a formas arcaicas de input e output, como falar, digitar, ler e ouvir, que são extremamente lentas, com apenas alguns bits por segundo.
Uma das propostas citada na ocasião pelo executivo incluía um computador ligado ao cérebro com uma alta largura de banda, embora ele não especifique como isso seria feito. Atualmente, já existem algumas tecnologias que fazem a interface entre cérebro e máquinas que utilizam eletroencefalogramas, mas elas são lentas e pouco confiáveis e muito provavelmente não têm nada a ver com o que Musk tem em mente. Para chegar ao ponto proposto por ele, seria necessário ampliar profundamente o conhecimento que temos sobre o cérebro. O fato de serem precisos voluntários dispostos a receber um chip dentro do crânio também não ajuda.
Mais até do que desenvolver a tecnologia, o grande desafio do projeto é avançar a neurociência, que servirá como base para tais avanços. Em entrevista ao site The Verge, Bryan Johnson, criador da empresa Kernel, que tem como objetivo evoluir a cognição humana por meio da tecnologia, e que também está envolvido com a Neuralink, contou que implantes cerebrais já são usados para liberar sinais elétricos para amenizar o efeito do Mal de Parkinson. “A técnica já é usada para tratar dores de coluna, obesidade, anorexia... o que não foi feito é a leitura e gravação do código neural”, ele contou. Para chegar lá, ele assume que seria necessário criar novas técnicas de cirurgia, avançar o software e desenvolver implantes que sejam acessíveis ao nível do consumidor, e não apenas protótipos caríssimos.
Via Wall Street Journal e The Verge

Fonte: OlharDigital

Cientistas conseguem transformar células humanas em microrrobôs

Cientistas conseguem transformar células humanas em microrrobôs


Imagine se médicos conseguissem programar nossas células para fazer tarefas diferentes daquelas em que elas se especializam? Uma equipe de cientistas da Universidade de Boston deu um grande passo para fazer com que isso seja realidade. Num estudo publicado ontem no periódico Nature Biotechnology, eles mostraram como conseguiram dar ordens lógicas a células humanas, transformando-as em microrrobôs.
Essa não é a primeira vez que uma técnica dessas é posta em prática, segundo o Engadget: anteriormente, cientistas já haviam conseguido "programar" bactérias Escherichia coli, mas o processo para manipular células humanas é mais complicado. Mesmo assim, os pesquisadores conseguiram fazer células de rins executar um total de 109 comandos diferentes.

Programando as células
Para fazer as células se comportarem da maneira como eles queriam, a equipe de cientistas liderada por Wilson Wong usou uma enzima chamada de DNA recombinase. Essa enzima é capaz de reconhecer dois "pedaços" de cógido de DNA, cortar tudo que estiver entre os dois e ligá-los. Com isso, os pesquisadores conseguiram "editar" o DNA das células da maneira como quisessem.
Com esse método, de acordo com a Science, os cientistas foram capaz de criar 113 diferentes circuitos lógicos para as células - deles, 109 foram testados com sucesso. Esses circuitos dão às células uma série de capacidades diferentes: por exemplo, elas podem se iluminar na presença (ou ausência) de determinada substância, para facilitar o diagnóstico de determinadas doenças.

Aplicações
No entanto, iluminar-se é apenas uma das possibilidades que essa técnica abre. Como a Wired aponta, os "circuitos genéticos" podem ser usados até mesmo para terapias contra o câncer. A empresa estadunidense Juno Therapeutics, por exemplo, vem testando o uso desse método para criar células imunológicas que sejam capazes de detectar e combater tumores com mais precisão. Isso porque, por meio dessa "programação", é possível fazer com que as células "ataquem" na presença de determinadas proteínas que apenas os tumores liberam.
A Ginkgo Bioworks, por sua vez, tem um uso mais estético para a tecnologia. Ela vem testando esse método para criar uma levedura que se alimente de açúcar mas que, em vez de produzir álcool como parte de sua digestão, produza moléculas aromáticas. Isso seria de grande valia para a empresa, que produz perfumes e fragrâncias.
Mas ainda deve levar algum tempo para que essa técnica ganhe um uso mais amplo. Isso porque ainda há alguns problemas a se resolver. Algumas células, por exemplo, sofrem mutações ao se dividir, e essas mutações fazem com que suas modificações genéticas parem de funcionar. Além disso, algumas "instruções" do DNA das células aparecem mais de uma vez; por isso, simplesmente "desativar" um pedaço do DNA nem sempre funciona.

Fonte: OlharDigital

Nova Zelândia quer atrair “cérebros” e esta é a sua estratégia

Nova Zelândia quer atrair “cérebros” e esta é a sua estratégia

Há uma série de vantagens para quem faz doutorado no país e o preço é um dos principais atrativos. Confira o que é preciso para se candidatar

Wellington, Auckland – A estratégia da Nova Zelândia de atrair mão-de-obra qualificada para o país resulta em uma série de iniciativas com o objetivo de levar os melhores cérebros do mundo para estudar e trabalhar lá. Uma campanha recente lançada na capital do país, Wellington, por exemplo, paga a passagem e a estadia de candidatos a oportunidades de emprego na área de tecnologia, uma das mais aquecidas no país.
Mas uma das principais táticas do pequeno e cinematográfico país da Oceania para turbinar a sua oferta de pessoas qualificadas por lá é investir na educação superior e conceder uma série de vantagens para quem decidir fazer doutorado, o PhD, lá.
Isso significa que para brasileiros e outros estrangeiros apostar num doutorado na Nova Zelândia pode, sim, ser vantajoso até financeiramente. A candidatura e o processo de aprovação também podem ser bem mais simples do que no Brasil e quem fala isso são brasileiros que tiveram essa experiência.
“Vale a pena e é relativamente fácil”, diz Fabricio Chicca, que fez PhD na Victoria University, a segunda maior universidade do país e que fica em Wellington. Ele, que se formou doutor em 2013, conseguiu ficar na universidade e hoje tem o cargo de building science programme diretor, no departamento de arquitetura.
Um dos principais benefícios está no fato de que os alunos estrangeiros pagam o mesmo que os neozelandeses, o que deixa o doutorado bem mais em conta: por volta de 6 a 7 mil dólares neozelandeses por ano.
“Gosto da maneira como a universidade apoia o aluno. A infraestrutura é inacreditável, em termos de material de equipamento. Nós temos aqui temos um robô de 1 milhão de dólares, para se ter uma ideia”, diz Chicca.
É claro que suporte e infraestrutura custam. Em cursos de graduação e de mestrado a diferença de preço entre alunos internacionais e domésticos é grande. Vale lembrar que o país tem em educação uma das suas principais fontes de receita – atrás apenas do turismo, agronegócio e da silvicultura – e as mensalidades pagas pelos estrangeiros é que, basicamente, tornam isso possível.
Mas, uma vantagem significativa que o país oferece aos estudantes estrangeiros é a possibilidade de trabalhar por até 20 horas semanais para o estudante ajudar a bancar sua vida no país. Caso ele traga um parceiro junto com ele, e não precisa ser casado oficialmente, o companheiro pode trabalhar em tempo integral.
A oferta de bolsas de estudo também é farta. Tanto as universidades como o governo têm iniciativas para conceder apoio a estudantes.
Quem quiser tentar uma bolsa oferecida pelo governo para estudantes latino-americanos, por exemplo, precisa se apressar, porque as inscrições terminam ao meio-dia do dia 30 de março, lá na Nova Zelândia, ou seja, até amanhã no Brasil. As informações sobre as bolsas estão no site do Ministério das Relações Exteriores da Nova Zelândia.
As candidaturas para o doutorado são recebidas pelas universidades em qualquer data do ano, mas quem quer tentar bolsa de estudo está sujeito a prazos específicos.
Como se candidatar ao doutorado
A facilidade do PhD a que Chicca, o professor da Victoria University, se refere não é só em relação ao investimento financeiro. O processo de candidatura também é mais simples do que no Brasil e quem explica isso é outro professor brasileiro que EXAME.com encontrou na Nova Zelândia: Genaro Oliveira, do departamento de Estudos Latino-Americanos da University of Auckland, a maior da Nova Zelândia.
Ele, que também fez doutorado lá e acabou conseguindo emprego na própria universidade, diz que os interessados em seguir esse caminho devem, em primeiro lugar, entrar em contato diretamente com o professor que eles consideram que poderia ser o orientador do projeto.
“Ou podem encontrar o que eles chamam de academic advisor, um consultor que os departamentos também têm”, diz. Ele que é pesquisador da área de História entrou em contato com um professor do departamento de História da University of Auckland.
“Os perfis dos professores são públicos, podem ser encontrados nos sites das universidades”, diz. De acordo com ele, a taxa de resposta é de 90%, ou seja, os acadêmicos de lá são, sim, bastante acessíveis.
Essa é a primeira etapa e é o que vai abrir o diálogo para a candidatura. Na verdade, são duas candidaturas: uma para o departamento e outra para a universidade. “Os brasileiros confundem um pouco isso, mas dois processos interdependentes: o departamento aprova primeiro a parte acadêmica do projeto e a universidade fica com a parte burocrática, para ver se o candidato tem todos os documentos necessários”, explica.
A apresentação do projeto para o departamento pode ser bem mais concisa do que geralmente é no Brasil. Segundo Oliveira o aluno não precisa escrever tanto. “No Brasil você tem que escrever páginas, às vezes uns documentos de 12, 15 páginas e aqui já vi pessoas sendo aprovadas com um projeto de uma página apenas.
De acordo com ele, há um formulário em que o estudante escreve a área de estudo, o título provisório, um resumo do projeto, a sua relevância acadêmica, a metodologia e a bibliografia.  O resumo, a relevância e a metodologia são textos que não podem ultrapassam 300 palavras cada um.
“Aí o projeto vai ser debatido com o possível orientador e possíveis colegas de trabalho”, diz Oliveira. Recebendo a aprovação, o aluno começa então a reunir a papelada para dar entrada no pedido para a universidade.
É a hora de enviar traduções juramentadas de diplomas e do histórico acadêmico. Boas notas na trajetória são fundamentais também para conseguir a aprovação. O aluno também terá que comprovar que fala bem inglês, por meio de testes como o IELTS ou o TOEFEL.  “Basicamente de compilar a sua documentação e atestar que a documentação é verdadeira e cumpre com os requisitos”, diz Oliveira.
Feira grátis de estudos da Nova Zelândia acontece em São Paulo
No próximo dia 8 de abril, universidades e instituições de ensino da Nova Zelândia desembarcam em São Paulo (SP) para mostrar suas opções de cursos para os brasileiros interessados em estudar no país. A Victoria University, de Wellington, é uma das instituições que já confirmaram presença.
O evento é gratuito e as inscrições para participar já podem ser feitas pela internet. É a primeira vez que a Nova Zelândia ganha uma feira de educação exclusiva em São Paulo e quem promove é a Education New Zealand, agência de educação internacional do governo do país.
SERVIÇO
EXPO Study In New Zealand.
Quando: dia 8 de abril, no Hotel Intercontinental (Alameda Santos, 1123, São Paulo (SP).
Inscrições: gratuitas pelo site da Expo New Zealand.
*A jornalista viajou a convite da Education New Zealand, agência de educação internacional do governo da Nova Zelândia

Fonte: EXAME

Já é possível produzir sangue artificial em larga escala

Já é possível produzir sangue artificial em larga escala




Em diversos lugares do mundo, os bancos de sangue sofrem com a escassez de doadores. 
Com o avanço nas tecnologias da biomedicina, muita gente deve se perguntar se não é possível criar sangue artificial em laboratório, e até então a resposta era “não”.
Isso porque os cientistas nunca haviam sido capazes de fazer glóbulos vermelhos se reproduzirem em uma quantidade considerável. Até então, com a ajuda de células-tronco, os glóbulos vermelhos eram replicados, mas não conseguiam se multiplicar em grande escala em laboratório, o que impedia qualquer intenção de usá-los com eficácia em um transplante médico.
Essas células produzidas artificialmente só produziam outras 50 mil delas e morriam muito rapidamente, sem permitir que grandes quantidades fossem obtidas; afinal, 50 mil células é uma quantidade extremamente baixa para ser considerada.
 
Glóbulos vermelhos para dar e vender (por um precinho bem salgado)!

Quebrando barreiras

O próximo desafio é conseguir reproduzir esse processo de maneira comercial
Acontece que pesquisadores britânicos teriam conseguido produzir sangue artificial em grandes quantidades na Universidade de Bristol. Para isso, armazenaram glóbulos vermelhos prematuros, “imortalizados”, que possuem uma capacidade de reprodução quase ilimitada.
O próximo desafio é reproduzir esse processo de maneira comercial. Já se sabe que isso vai custar caro; mais caro, certamente, do que as transfusões normais, com sangue dos doadores, o que dá a entender que o processo só deve ser utilizado em ocasiões muito específicas, para pessoas que possuam tipos de sangue mais raro, por exemplo.

Fonte: Tecmundo

segunda-feira, 27 de março de 2017

Google anuncia programa de residência para jovens negros

Google anuncia programa de residência para jovens negros



O Google anunciou hoje a criação de um programa de residência de três meses voltado especialmente para estudantes negros de ciência da computação. Chamado de "Howard West", o programa será oferecido os alunos negros de Ciência da Computação da Universidade Howard - uma das Faculdades e Universidades Historicamente Negras (HBCU, na sigla em inglês).
A residência acontecerá na própria sede do Google, em Mountain View, na Califórnia. Os alunos ficarão por três meses tendo aulas com engenheiros seniores do Google e professores da Howard. A ideia, segundo a empresa, é "encarar alguns dos principais desafios que os estudantes negros encontram para achar emprego de tempo integral no setor de tecnologia", como falta de exposição e acesso a mentores.
De acordo com o VentureBeat, a empresa parece de fato interessada em investir no aumento da diversidade de sua força de trabalho. Isso porque, além da tutoria dos engenheiros da empresa e acesso às áreas de trabalho do Google, a empresa também forncerá uma "bolsa generosa" para ajudar os estudantes a arcar com os custos de vida e de hospedagem perto da sede da empresa.
A importância da diversidade
Não é a primeira vez que o Google se manifesta sobre a importância de evitar que seus ambientes de trabalho sejam povoados apenas por homens brancos: a empresa já havia chegado a alegar que a falta de diversidade era um risco maior do que o apocalipse robótico
Essa questão infelizmente ganhou novo destaque por conta da Uber, que ficou no centro de um escândalo após suas ex-funcionárias revelarem a cultura sistematicamente machista da empresa. Embora a Uber tenha, desde então, anunciado medidas para reverter esse cenário, outros indícios sugerem que ela ainda tem um longo caminho a percorrer.

Fonte: OlharDigital

Robôs podem matar um terço dos empregos até 2030, segundo PwC

Robôs podem matar um terço dos empregos até 2030, segundo PwC

Mudança pode ser vertiginosa e alguns setores e categorias serão mais afetados - mas boas políticas podem suavizar o processo


São Paulo – A robótica e a inteligência artificial podem eliminar uma boa parte dos empregos em um futuro próximo, de acordo com um novo estudo da consultoria PwC.
O percentual de vagas vulneráveis até 2030 vai de 21% no Japão a 30% no Reino Unido, 35% na Alemanha e 38% nos Estados Unidos. Não foi feita estimativa para o Brasil.
Mas o efeito sobre o nível de emprego total é muito incerto, já que os robôs também farão com que novas vagas sejam criadas no setor de tecnologia.
Além disso, os ganhos de produtividade obtidos com os robôs também vão gerar uma riqueza que será reinvestida de alguma forma na economia.
Mas nesse processo, alguns vão sofrer mais do que outros – o que pode já estar aumentando a desigualdade.
No caso do Reino Unido, a estimativa da PwC é que o risco de ser substituído por um robô vai de 12% para quem tem nível universitário a 46% para quem tem o ensino médio incompleto.
Isso sugere que uma boa forma de suavizar esse processo é investindo pesadamente em educação e treinamento da força de trabalho.
O percentual de vagas sob risco de automação varia entre áreas como educação (9%) e saúde (12%) até outras como manufatura (46%) e transporte (56%).
Só porque um trabalhador pode ser substituído por um robô não significa, é claro, que ele será. A eficiência de fazer isso dependerá da evolução tanto dos salários humanos quanto dos custos da robótica.
E há propostas na mesa para manipular esses incentivos. Bill Gates, fundador da Microsoft, defendeu recentemente a cobrança de impostos extras de quem automatizar serviços.
No Vale do Silício, é popular a ideia de uma renda mínima universal que sustente os excluídos pela tecnologia e mantenha o consumo girando.

Debate
Parte dos economistas aponta que esse temor de que novas técnicas e tecnologias matem empregos é uma constante através dos séculos, mas que a história acabou provando que novas funções sempre acabam substituindo as eliminadas.
Tyler Cowen, professor da George Mason University, escreveu em uma coluna recente na Bloomberg View que esse processo é muito duro e que a visão histórica não tem nada de reconfortante.
A revolução industrial criou muita riqueza e transformou o mundo, mas demorou décadas para que seus benefícios chegassem aos trabalhadores britânicos.
“A substituição dos empregos agrícolas, apesar de eventualmente ter sido uma dádiva para a humanidade, trouxe problemas significativos pelo caminho. Dessa vez provavelmente não será diferente, e é exatamente por causa disso que deveríamos nos preocupar”.
Um estudo recente de Daniel Susskind, da Universidade de Oxford, questiona alguns pressupostos da literatura sobre o tema e também concluí que há mais perigo do que o previsto.

Fonte: EXAME

Por que a Alemanha está testando o maior sol artificial do mundo

Por que a Alemanha está testando o maior sol artificial do mundo

Com o sistema Synligh é possível atingir temperaturas de até 3.000 graus Celsius. Tudo por uma boa causa


São Paulo – Pode um sol artificial gerar energia renovável? Talvez. Cientistas alemães ativaram na última quinta-feira o que dizem ser o “maior sol artificial do mundo”, no Centro Aeroespacial Alemão, em Colônia.
Trata-se de um paredão coberto por lâmpadas de arco curto de xenônio, o mesmo tipo comumente usado para projeção em cinemas. Essas lâmpadas costumam ficar muito quentes, a ponto de 149 delas, se canalizadas em um  ponto fixo da superfície, criarem uma verdadeira fornalha.
É exatamente isso o que os cientistas estão fazendo em laboratório para conseguir gerar até 10.000  vezes a quantidade de radiação solar que atinge a superfície da Terra.
Com o megadispositivo, chamado de Synligh, é possível atingir temperaturas de até 3.000 graus Celsius. Toda essa energia ajudará os cientistas a estudarem novas maneiras de produzir hidrogênio combustível.
Apesar de ser abundante no universo, o hidrogênio é um elemento raro na Terra. Uma maneira de fabricá-lo é dividir a água (H2O) em seus dois componentes – hidrogênio (H) e o outro Oxigênio (O2) – usando eletricidade, em um processo chamado eletrólise.
Claro que simular o sol para gerar hidrogênio em boa quantidade exige muita energia. Em quatro horas, o sistema Synligh usa tanta eletricidade como uma família de quatro pessoas em um ano.
Ao estudar o funcionamento do sol artificial, os cientistas esperam eventualmente descobrir uma forma de usar a luz solar real para fazer hidrogênio, ao invés de luz artificial.
Claro que ainda há um longo caminho a percorrer até que o método possa ganhar as vias comerciais, o que exigiria bilhões de toneladas de hidrogênio.
Mas toda essa investida se justifica. Cada vez mais, o hidrogênio tem sido considerado o combustível do futuro porque ele não produz emissões de carbono quando queimado, o que significa que não contribui para o aquecimento do Planeta.

Fonte: EXAME

Quanto tempo você precisa ficar longe do celular e das redes para uma 'desintoxicação digital' efetiva?

Quanto tempo você precisa ficar longe do celular e das redes para uma 'desintoxicação digital' efetiva?

27 março 2017
Direito de imagem Getty Images
Celulares 
Quando foi a última vez que você foi dormir sem usar o celular pouco antes de fechar os olhos?
Na era de "ansiedade digital" em que vivemos, mais e mais pessoas optam por uma medida radical - divulgada por um movimento que começou há cinco anos nos Estados Unidos - para lidar com a dependência da internet e das redes sociais: "desconectar" de tudo.
O princípio é semelhante ao do tratamento de pessoas com adicções a substâncias químicas, a ideia de "limpar" o corpo.
E se você não lembra da última vez que foi dormir sem usar o celular pouco antes de fechar os olhos, e se faz muito tempo que não deixa de conferir as redes sociais ou sai de casa sem o telefone, pode estar precisando de uma "desintoxicação digital".
"Disconecte para reconectar" é o lema da Digital Detox, uma das organizações que iniciaram o movimento em San Francisco (EUA), em 2012, apenas um ano antes do dicionário Oxford incluir pela primeira vez o termo "desintoxicação digital" em suas páginas.
Seu fundador, Levi Felix, trabalhava 70 horas sem descanso por semana em uma start-up, até ser hospitalizado por exaustão em 2008.
Direito de imagem SRDJANPAV
Jovens usando celulares 
Vivemos na era dos smartphones e redes sociais. É possível se desconectar?
Pouco tempo depois, ele trocou seu computador por uma mochila. Foi com sua namorada viajar pelo mundo e se mudou para uma ilha remota no Sudeste Asiático.
A experiência abriu seus olhos e o inspirou a criar a sua própria empresa - dois anos e meio e 15 países depois - com a ideia de organizar retiros de ioga e meditação para ajudar as pessoas a se desconectar da tecnologia.
Desde então, o número de iniciativas para o mesmo fim não parou de crescer. Veja abaixo algumas delas e o tempo de "desintoxicação" que sugerem:

Um descanso digital: pelo menos 3 dias

"Vivemos em um mundo cada vez mais digitalizado", conta à BBC Mundo Martin Talk, fundador da Digital Detoxing, uma empresa com sede no Reino Unido que "ajuda pessoas a encontrar um equilíbrio saudável entre as tecnologias digitais e o mundo não digital."
Martin organiza "retiros digitais" para que seus clientes possam deixar o mundo tecnológico de lado por um tempo e curar seu vício digital ,"geralmente por um período mínimo de três dias."
Direito de imagem Getty Images
Placa em retiro espiritual  
Os retiros de desintoxicação digital têm duração mínima de dez dias
"As pessoas precisam de tempo para se adaptar", diz ele. "A reação inicial é o horror de ter o telefone longe ou efeitos como a 'vibração fantasma' no bolso, o que os faz pensar que o dispositivo está tocando, mesmo quando ele não está lá."
No entanto, e apesar do sofrimento inicial, Martin diz que as pessoas começam a se sentir "muito mais relaxadas" à medida que o processo avança,
"Muitos descrevem a sensação como uma respiração profunda de ar fresco. As pessoas se sentem mais envolvidas com o mundo ao seu redor", diz o especialista.

Retiro de silêncio: 10 dias

Carla, uma jovem espanhola que mora na Holanda, teve uma experiência semelhante há apenas um mês em Mianmar. Durante 10 dias, desligou completamente seu telefone e as redes sociais e participou de um retiro de silêncio em um monastério budista. Longe da tecnologia, com o único propósito de meditar e se "reconectar" com ela mesma.
"Nos primeiros cinco dias, eu estava querendo fazendo as malas para ir embora. Foi difícil. Mas eu não desisti e decidi viver a experiência até o fim", disse ela à BBC Mundo.
Geralmente, esse tipo de retiro não pode durar menos tempo. A experiência implica em levantar-se todos os dias às 4h00 e meditar por duas horas, tomar café da manhã, fazer meditação em grupo, comer, e meditar até o fim do dia (e ir para a cama sem jantar).
Direito de imagem Getty Images
Casal conferindo o celular 
Ficar sem telefone e conexão à internet durante vários dias pode ser libertador
Mas como é voltar ao "mundo digital", depois de uma experiência como essa?
"Eu me senti diferente, como se estivesse faltando alguma coisa, como se não estivesse conectada com o mundo", diz Carla.
"Usar o celular de novo foi o mais estranho. Não tinha certeza se queria ligar de novo. Mas acho que mais pessoas deveriam ter a mesma experiência para aprender a controlar o hábito."
Carla fala do retiro como uma provação - que ela não se arrepende de ter enfrentado.

Terapia de desconexão: ao menos 6 meses

Marc Masip, psicólogo e diretor do Instituto de Psicologia Desconecta, em Barcelona, ​​disse à BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, que "é muito difícil largar [o telefone e redes sociais], mas é muito fácil voltar a se envolver".
Masip diz que a "intoxicação digital" é tratada como qualquer outro vício, embora, neste caso, sem substâncias relacionadas a ele, mas comportamentos.
Direito de imagem Getty Images
Desenho que representa vício em redes sociais 
Apenas um dia já pode fazer a diferença para pessoas viciadas em celular
Ele enfatiza que cada caso é diferente, mas é necessário ao menos seis meses de terapia cognitiva-comportamental para mudar de hábitos e o tratamento ser eficaz.
"Na verdade, não se trata de quanto tempo de terapia é necessário. Trata-se de averiguar por que houve tal vício e que conflitos ele causou".
Seu programa inclui acampamentos de desintoxicação, com esportes, meditação e sessões psicológicas.
"No início, os pacientes nos dizem que têm ansiedade, mas, em seguida, se sentem mais relaxados. Eles melhoram todos os aspectos de sua vida, do trabalho às relações sociais", explica Masop.
"A conscientização social é necessária para percebermos que temos um problema e fazer um plano individualizado para cada pessoa. Há um perfil de um viciado e um roteiro, mas cada caso é diferente."
A parte mais difícil, diz Masop, é perceber que existe uma dependência.

Adotar a ideia: um dia

Frances Booth, especialista em desintoxicação digital e autora de The Distraction Trap: How to Focus in a Digital World (A Armadilha da Distração: Como se Concentrar em um Mundo Digital, na tradução livre) diz que precisamos nos desconectar do mundo digital por razões de "saúde e produtividade."
"Muitas pessoas estão estressadas e sobrecarregadas pelo excesso de informação e sofrem pela demanda de estar constantemente conectada. Precisamos alcançar um melhor equilíbrio", disse a jornalista à BBC Mundo.
Booth aponta que fazer uma desintoxicação digital "pode ​​ajudá-lo a recuperar o equilíbrio e, quando você retornar ao trabalho, você estará mais produtivo."
Mas por quanto tempo é necessário?
"É incrível a diferença que pode fazer apenas um dia sem estar constantemente conectado", diz a autora.
"Você começa a ter a noção de ter tempo para outras coisas e pensar sem interrupções constantes."
E para descobrir se você precisa da desintoxicação, recomenda fazer a pergunta: "Você é capaz de ir até a loja da esquina sem levar seu smartphone?"
Direito de imagem Getty Images
Homem usa seu smartphone 
Para que a desintoxicação digital seja efetiva, é necessário ficar longe dos dispositivos
Tanya Goodin, fundadora da empresa especializada em desintoxicação digital Time To Log Off (Hora de desconectar), em Londres, diz que "inclusive uma hora ou duas são suficientes para se 'reiniciar' e acalmar a mente da constante estimulação digital."
"Mas para melhores benefícios (especialmente um melhor descanso) recomendamos 24 horas", diz à BBC Mundo.
Em seus retiros especializados, Goodin garante que os hóspedes ficam longe de "todos os dispositivos digitais" e os armazenam em um lugar reservado, a sete chaves.
Mas não há necessidade de ir a um retiro para fazer uma desconexão digital.
"Se você quiser fazer isso em casa, basta colocar todos os seus equipamentos em uma gaveta ou em um armário fechado. Não tente desconectar do mundo digital com seu celular e laptop por perto", recomenda Goodin.
E, para ser eficaz, precisa "desligar completamente o seu telefone, tablet, computador ou qualquer outro aparelho digital. Isso significa não se conectar a redes sociais e se isolar completamente (de forma temporária) do mundo digital."
E para quem ainda tem dúvidas sobre a necessidade ou não de se desconectar ou mesmo "desintoxicar", Goodin oferece o seguinte conselho: "Se você perceber que você tem falta de sono e que você tem dificuldade para se concentrar ou que seu humor se deteriora sempre que você usa redes sociais, uma desintoxicação digital será, sem dúvida, de grande ajuda."

Fonte: BBC

Estudo mensura pela 1º vez influência do Sol no aquecimento global

Estudo mensura pela 1º vez influência do Sol no aquecimento global

EFE Genebra 

EFE/Juan Carlos Hidalgo
EFE/Juan Carlos Hidalgo

As oscilações da atividade solar têm um efeito perceptível sobre o clima terrestre, foi o que descobriu um grupo de pesquisadores da Suíça, que conseguiu estimar pela primeira vez a influência do astro rei no aquecimento global do planeta Terra, informou nesta segunda-feira o Fundo Nacional Suíço.
O mundo da ciência já sabia que as oscilações da atividade solar modificam a intensidade da radiação que chega à Terra, mas determinar se essas variações exerciam ou não uma influência mensurável sobre o clima terrestre constituiu uma questão central da pesquisa climática.
Os cientistas envolvidos no estudo partiram da hipótese de que os raios lançados pelo Sol no planeta provocam variações "mais importantes" que as reunidas em modelos anteriores, com o argumento de que esta é a única explicação para as mudanças climáticas naturais que o planeta experimentou nos últimos milênios.
Analistas do Observatório de Física Meteorológica de Davos, do Instituto Federal de Ciência Aquática e Tecnologia (Eawag) da Suíça, do Instituto Federal de Tecnologia de Zurique e da Universidade de Berna se basearam em análises numéricas de computador para estabelecer uma estimativa "sólida" da influência da estrela sobre a temperatura da Terra durante os próximos 100 anos.
Financiados pelo Fundo Nacional Suíço, os cientistas descobriram que, após uma fase de alta intensidade solar após 1950, a atividade do Sol diminuirá em breve.
O estudo prevê que uma radicação mais fraca da estrela pode contribuir para uma redução total da temperatura terrestre de 0,5 grau.
Este efeito, no entanto, não compensará o aquecimento do planeta induzido pelas atividades humanas, que provocou um aumento de aproximadamente um grau centígrado da temperatura global em comparação com os números registrados na era pré-industrial.
No entanto, o diretor do Observatório de Física Meteorológica de Davos e responsável do projeto, Werner Schmutz, afirmou que o descobrimento desta redução da atividade solar é "importante" e pode ajudar a lidar com as consequências da mudança climática.
"Poderemos ganhar um tempo precioso se a atividade do Sol diminuir e se houver uma ligeira redução do auge das temperaturas terrestres", disse Schmutz, que detalhou que este "respiro será passageiro", pois, "após um mínimo de atividade solar, sempre vem um máximo".
Além disso, os cientistas lembraram que "sempre é complicado" prever como o próximo ciclo do astro rei afetará a Terra, pela impossibilidade de ter acesso a todos os dados da atividade solar e da temperatura do planeta.

Fonte: EFE