Conexão Mata Atlântica recompensa produtores rurais do RJ por serviços ambientais Pagamento vai para produtores rurais que adotarem medidas de proteção ambiental
Brasil Rural
No AR em 21/02/2020 - 05:57
O projeto Conexão Mata Atlântica
desenvolveu mecanismos que possibilitam dar incentivos financeiros para
produtores rurais que ajudarem a preservar e recuperar a vegetação de
Mata Atlântica. A gestão do projeto é do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Marie Ikemoto, presidente do Instituto, explicou que
tem direito de participar o produtor que queira recuperar área de mata
nativa ou tornar uma área de produção num sistema que integra a cultura
com o plantio de árvores. Confira a entrevista completa e saiba mais sobre o projeto Conexão Mata Atlântica clicando aqui. Além do apoio financeiro, o projeto ainda vai oferecer assistência técnica aos agricultores:
“Este valor varia pela localidade onde ele se
situa, qualidade daquela floresta e a área que ele está
destinando”, explicou sobre os critérios do valor pago ao produtor.
Cada proprietário pode receber de R$ 1.200 a R$ 20 mil por ano. Fonte: EBC
A Comissão Europeia
propôs hoje (19) a criação de um mercado único de dados pessoais na
União Europeia (UE) que vai permitir, por exemplo, o compartilhamento de
informações na área da saúde, mas que dependerá sempre do aval dos
cidadãos. O tema é uma uma estratégia para "Moldar o
futuro digital da Europa", hoje adotada pelo colégio de comissários
europeus, que se reuniu em Bruxelas, para tratar de medidas relacionadas
com dados pessoais, inteligência artificial e cibersegurança. No documento, a que a agência Lusa teve
acesso, Bruxelas explica que pretende "criar um verdadeiro mercado único
de dados [na UE], onde as informações pessoais e não pessoais,
incluindo dados confidenciais e sensíveis, estão seguros e ao qual as
empresas e o setor público têm fácil acesso". "Será um espaço em que todos os produtos e
serviços baseados em dados respeitam plenamente as regras e valores da
UE [e que] servirá para garantir a soberania tecnológica da Europa em um
mundo globalizado, desbloqueando o enorme potencial das novas
tecnologias", diz o documento. De acordo com o documento, fica determinado
que esta estratégia sobre o compartilhamento de dados prevê que os
"cidadãos tenham uma opinião mais forte sobre quem pode ter acesso às
suas informações", o que poderá ser assegurado, por exemplo, através de
"requisitos mais rigorosos em interfaces para acesso a dados em tempo
real". Após ter criado um Regulamento Geral de Proteção de Dados, que entrou em vigor em maio
de 2018, a Comissão Europeia quer agora avançar com um novo quadro
legislativo para esta área, tendo em vista que a coleta e a reutilização
de informações pessoais "respeita primeiro os direitos e os interesses
das pessoas, de acordo com os valores e regras da Europa". "A estratégia de dados europeia hoje
apresentada visa aprimorar o uso de dados, o que trará enormes
benefícios para os cidadãos e as empresas, [já que] permitirá o
desenvolvimento de novos produtos e serviços e levará a ganhos de
produtividade e eficiência de recursos para as empresas e a melhores
serviços prestados pelo setor público", indica Bruxelas. De acordo com a comissão, esta nova
estratégia irá especificamente "facilitar o acesso e a reutilização de
dados confidenciais, como dados de saúde ou sociais, para fins de
pesquisa científica", permitindo assim "desenvolver medicamentos
personalizados para os pacientes ou melhorar a mobilidade dos
passageiros". A Comissão Europeia vai agora recolher opiniões sobre esta estratégia para depois avançar com um novo enquadramento regulatório.
Escola de samba de São Paulo aposta em tecnologia com mundo virtual paralelo
Peter Frontini
21/022020 SÃO
PAULO (Reuters) - Enquanto um ritmista se prepara para tocar seu
instrumento na sede da Rosas de Ouro em São Paulo, um robô adaptado com
dois braços mecânicos pega as baquetas, entrega para ele e começa a
dançar no ritmo de seus batuques movendo os braços para cima e para
baixo.
Reprodução/TV Reuters
Essa
é apenas uma das novidades tecnológicas que a tradicional escola de
samba paulistana vai mostrar em seu desfile do Carnaval no sambódromo do
Anhembi. A Rosas de Ouro escolheu o tema Revolução Industrial 4.0 para o
desfile deste ano, na madrugada do dia 23 de fevereiro. “Toda
revolução muda a sociedade, e a gente percebeu que não dava só para
falar sobre isso, a gente tinha que trazer para o desfile”, disse Elcio
Brito, líder do comitê de gestão do projeto Carnaval 4.0 da Rosas de
Ouro. “No mundo físico, teremos robôs ajudando a bateria,
enquanto no mundo digital a gente tem a realidade aumentada ajudando a
Rosas a aumentar o poder de comunicação dela”, afirmou.
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O
desfile também contará com uma passista virtual em realidade aumentada
que pode ser vista ao se apontar a câmera de um smartphone para um dos
carros alegóricos da escola no desfile do próximo domingo. O
samba-enredo da escola conta a história de um robô que se considera
ultrapassado pelo rápido avanço da tecnologia e deseja ver as pessoas
criando conexões mais humanas entre si. O pequeno robô também poderá ser
visto sambando junto com a escola em seu aplicativo por meio da
realidade aumentada. O projeto —feito em parceria com empresas
como a Nokia e a Mercedes-Benz, também em conjunto com três
universidades (Universidade de São Paulo, Instituto Mauá de Tecnologia e
Centro Universitário FEI)— promove uma inovação inédita também nos
bastidores de uma escola de samba. “Estamos construindo ao lado
do sambódromo físico uma avenida digital por onde a escola passará,
haverá um mundo virtual paralelo ao mundo físico”, explicou Ari Costa,
pesquisador do Instituto Mauá e coordenador da parte de saúde e
sustentabilidade do projeto.
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Ari
explicou também que as fantasias e carros alegóricos usados no desfile
terão etiquetas de identificação por radiofrequência que serão usadas
para monitorar a velocidade da escola na avenida para garantir que cada
ala cumprirá o tempo correto, evitando assim punição. O público
que assistir ao desfile, tanto no sambódromo, como em casa, terá acesso a
essas e outras informações através do aplicativo da escola e também
poderá ler um QR Code impresso nas fantasias de uma das alas do desfile
para vesti-las através da realidade aumentada. “A gente quer
democratizar as informações, que são a essência dessa evolução, com quem
está desfilando e também com quem está assistindo, para que as pessoas
possam se preparar para esse mundo novo que está chegando”, disse Brito.
Brasil tem 4º maior tráfego de internet do mundo, segundo estudo
Um estudo feito pela SimilarWeb apontou o Brasil como o 4º país com maior tráfego de internet
do mundo. Atrás de grandes potências como Estados Unidos e China, o
Brasil se destaca pelo consumo de internet em smartphone e mostra queda
de acesso via PCs.
O estudo “2020 State of Digital Report” coletou informações entre janeiro de 2017 e dezembro de 2019, tanto de PCs quanto de dispositivos móveis. O documento detalha o tempo de acesso para cada página; quantidade de acessos únicos; aplicativos favoritos e muito mais.
Com 80 bilhões de pageviews
mensais, o Brasil ficou atrás dos Estados Unidos, que lidera com 300
bilhões de acessos; Rússia, com 100 bilhões; e China, com 90 bilhões.
Tabela de usuários individuais e tráfego de dados mensal. (Fonte: SimilarWeb/Reprodução)
Em
fase de transição, vários dos países estudados mostram que usuários
estão substituindo o acesso a internet via notebooks e desktops pela
praticidade mobile — mas com um contraponto: gasta-se menos tempo em cada página, mesmo que resulte em mais acessos.
Desde
2019, o tráfego de dados por dispositivo móvel lidera a tabela
internacional e a projeção de 2020 é que a diferença aumente ainda mais.
Segundo o documento, o acesso por celulares e tablets cresceu 20,6%
desde 2017; enquanto o tráfego por desktop cresceu em 3,3%.
Redes sociais e mensageiros
O estudo detalhou também os aplicativos de mensagens e redes sociais favoritos pelo mundo. O WhatsApp
figura como aplicativo mais popular do mundo, incluindo no Brasil, mas
não nos Estados Unidos e em boa parte da Europa. Vale mencionar que, na
última semana, o WhatsApp alcançou o marco de 2 bilhões de usuários mundialmente; então não é novidade que ele seja o favorito. Logo em segundo está o Facebook Messenger — este preferido em várias regiões da Europa, Estados Unidos e Canadá.
WhatApp domina cenário internacional e perde em países chave como Estados Unidos e Canadá. (Fonte: SimilarWeb/Reprodução)
No
cenário de redes sociais, o Instagram lidera absoluto em número de
downloads; mas perde em acessos individuais para o Snapchat. Neste
quadro, o Twitter aparece como terceiro mais popular; seguido do TikTok, Reddit e LinkedIn.
Por fim, o YouTube compete fortemente com o Facebook em termos de permanência do usuário, mas ganha em tráfego de dados diário e número de downloads. A rede social de Mark Zuckerberg supera os números da plataforma da Google em acessos individuais com enorme diferença.
Tudo sobre o PIX: sistema para acabar com TED, DOC e até bandeira de cartão
O Brasil está à beira de uma verdadeira revolução na forma de se relacionar com seu próprio dinheiro. Se tudo correr bem, o sistema PIX lançado ontem (19) pelo Banco Central (BC) vai
digitalizar o nosso dinheiro, com isso diminuindo os custos de
transações financeiras entre pessoas, empresas e, inclusive, governo. É
importante destacar que o Brasil está em uma espécie de vanguarda
tecnológica com o PIX, testando um sistema de pagamentos instantâneos
universal que nem mesmo grandes economias, como China e EUA, têm. O PIX pretende conectar fintechs, varejistas, pessoas, bancos tradicionais e digitais por um único sistema O
PIX pretende conectar fintechs, varejistas, pessoas, bancos
tradicionais e digitais por meio de um único sistema que poderá
transferir fundos de maneira rápida e com custo na casa dos centavos por
transação. Essa é a principal vantagem prática do PIX em relação
às transferências TED, DOC e aos pagamentos por cartões de crédito e de
débito. Ao passo que enviar dinheiro de um banco para o outro pode
custar até R$ 10, varejistas podem pagar muito mais que isso ao aceitar
um pagamento por cartão, dependendo da taxa que sua maquininha cobra por
operação. O Banco Central vai manter uma estrutura moderna
baseada no protocolo "ISO 20022 ", capaz de catalogar usuários e
instituições participantes, como também de registrar cada transação
operada no sistema. Isso vai acontecer muito rapidamente, quase como se
houvesse uma comunicação direta entre as partes. É comparável a uma
transação P2P (Peer-to-peer), mas não a algo como Blockchain. Pagar
ou enviar dinheiro para pessoas ou alguma empresa serão ações tão
simples quanto mandar uma mensagem, como esclareceu Alexandre Pinto,
diretor de novos negócios da Matera (startup envolvida no
desenvolvimento do PIX junto ao Banco Central). A base tecnológica utilizada tem como fundação o envio de mensagens “A
base tecnológica utilizada tem como fundação o envio de mensagens.
Então as transações financeiras que vão acontecer serão baseadas em
mensagens enviadas de um participante para outro, podendo ser de
pagamento, de cobrança, de registro de usuário, um catálogo de diversos
registros de mensagens diferentes”, disse. Ele também destacou que
a tecnologia por trás do PIX é algo que pode, um dia, se tornar um
padrão mundial de transferências e pagamentos. “O banco central não quis
reinventar a roda, mas sim utilizar um padrão existente, e isso é
importante para não criar algo muito específico do mercado brasileiro”,
revelou. “Quem sabe havendo uma padronização com relação às mensagens —
não é nada impossível imaginar —, talvez daqui alguns anos a gente tenha
uma rede de pagamentos instantâneos mundial; o câmbio e a remessa entre
países aconteça também 24 hx7”. Esquema do funcionamento do PIX (Reprodução/Banco Central) Custo por transação A
principal diferença do PIX para as operações com cartão é o custo. As
bandeiras ou “operadoras” cobram uma porcentagem do lojista baseada no
valor total pago pelo cliente. Se você comprar uma geladeira à vista no
cartão por R$ 2 mil, o vendedor receberá algo próximo de R$ 1.940,
considerando uma taxa de 3% — bem comum no mercado atual. No PIX, o valor total da compra não deve influenciar no da transação No
PIX, o valor total da compra não deve influenciar no valor da
transação. Assim, em vez de pagar R$ 60 para receber uma compra de R$ 2
mil, o lojista pode pagar apenas poucos centavos. Não se sabe
exatamente quantos centavos uma transação no PIX vai custar, mas o Banco
Central já destacou que o valor será bem baixo. Para o cliente que
fizer uma carteira digital compatível com o sistema, o custo inclusive
vai acabar sendo zero ou diluído no custo de algum serviço fornecido
pela contratada. Mas com a notícia do lançamento do PIX feita
ontem pelo BC, muitas dúvidas sobre os valores reais das transações
apareceram na cabeça dos futuros usuários. Realmente, será que os bancos
não vão cobrar a mesma taxa de TED ou DOC que cobram hoje? Em
entrevista coletiva ontem em São Paulo, Carlos Brandt — chefe adjunto do
Departamento de Competição e de Estrutura do Mercado Financeiro do BC —
disse que o mercado estará livre para cobrar a taxa que quiser dos
clientes nas operações com o PIX, mas haverá um controle contra abusos
por parte da instituição. Haverá
liberdade para que se cobre do cliente. Mas se houver uma situação em
que a formação de preço esteja sendo distorcida, nada impede que o BC,
no papel de regulador, interfira nessa falha de mercado “Não
há qualquer restrição à cobrança de tarifas [via PIX]. Vamos estruturar
o serviço de forma aberta, estimulando a competição, para que isso leve
a uma boa formação de preço ao usuário final. Haverá liberdade para que
se cobre do cliente. Mas se houver uma situação em que a formação de
preço esteja sendo distorcida, nada impede que o BC, no papel de
regulador, interfira nessa falha de mercado”, explicou Brandt. Mas, como notou muito bem Fernando Paiva do MobileTime,
o BC também cobra hoje uma taxa muito baixa para transações TED e DOC
dos bancos. Essas instituições, contudo, resolvem repassar valores bem
maiores para os clientes. QR Code e o fim do boleto Uma das principais formas de realizar pagamentos e transferências via PIX será na forma de um QR Code.
O lojista poderá ter, por exemplo, um código desses em seu balcão para
que o cliente escaneie com a câmera do seu celular e realize a operação
rapidamente. O mais interessante é que o varejo poderá ter apenas
um código desses em seu estabelecimento em vez de um QR para cada
serviço ou carteira digital que ele tenha. Fora essa unificação,
haverá também mais rapidez e comodidade, o que deve ajudar na
disseminação do pagamento por esse tipo de código no Brasil. Estima-se
ainda que formas de pagamento populares, como o boleto bancário, caiam
no ostracismo ou desapareçam completamente. Pagamentos por QR Code podem ser unificados (Imagem: Leo Martins/Seu Dinheiro) A
Loise Nascimento — Legal Payments & Regulatory na MovilePay —
acredita em um futuro como esse, mas detalha que o sistema do BC terá
suas limitações, mais devido à nossa infraestrutura de comunicação falha
do que ao próprio PIX. “O PIX deve se popularizar pois melhora
experiências que atualmente são muito ruins, trabalhosas, demoradas,
como é o caso do boleto. Estamos avançando na popularização do QR Code,
que já é muito utilizado atualmente, e assim vamos educando a população a
se acostumar com esse tipo de tecnologia e abrindo caminho para os
pagamentos instantâneos e tecnologias futuras. É possível que algumas tecnologias atuais desapareçam, enquanto outras apenas se tornem menos populares É
possível que algumas tecnologias atuais desapareçam, enquanto outras
apenas se tornem menos populares. Em locais mais isolados, por exemplo,
nosso principal concorrente ainda é o dinheiro, e o desafio é mudar o
hábito da população. A maior parte dos brasileiros já tem smartphone,
nosso maior gargalo agora é o sinal do celular, que nem sempre é bom em
locais mais afastados”. Os grandes bancos vão entrar? O BC
começou a realizar testes com PIX junto a pequenas empresas e
fornecedores de tecnologia — caso da Matera —, mas, a partir de junho
deste ano, os grandes bancos serão obrigados a adotar a novidade.
Qualquer instituição financeira — banco ou fintech — com mais de 500 mil
contas de clientes ativas será obrigado participar do PIX por
regulamentação nacional. De início, esse critério de
obrigatoriedade já agrega cerca de 30 instituições que são responsáveis
por mais de 90% das contas transacionais ofertadas no Brasil. Com isso, o
BC vai garantir que a maioria dos brasileiros que já possuem contas em
bancos poderão se beneficiar da novidade, aproveitando um sistema de
pagamentos padronizado que já nascerá com milhões de usuários. É como se você entrasse no WhatsApp ou Telegram achando que não terá com quem conversar, mas, na verdade, todo mundo já está lá. Reprodução/Banco Central
Segurança De
todos os pilares do PIX, esse talvez seja o mais instável ou “obscuro”
no momento. Naturalmente, o sistema terá forte segurança para evitar que
criminosos o invadam diretamente no gerenciamento feito pelo BC. Contudo,
a segurança contra fraudes na ponta dos usuários será feita pelas
empresas que fornecerão o serviço de carteira digital ou métodos de
pagamento. Em outras palavras, a quantidade de fraudes no sistema
dependerá do zelo que as companhias participantes aplicarem no
desenvolvimento de suas tecnologias. Se uma pessoa faz compras em São Paulo e, de repente, aparece fazendo compras em Buenos Aires, vale uma checagem Isso é um pouco preocupante especialmente porque o PIX só processará transações irrevogáveis ou sem possibilidade de “chargeback”.
Isso significa que, uma vez realizada, uma transferência não pode ser
desfeita, e caso sejam identificados erros ou fraudes, os envolvidos
precisarão desenvolver alguma espécie de acordo ou sistema para fazer
algum tipo de reembolso. Mesmo assim, Alexandre Pinto, da Matera,
vê esse problema como algo solucionável. “Será uma responsabilidade da
fintech, do banco, enfim, de quem se conectar a essa rede de pagamento o
cuidado, principalmente na adesão de novos clientes”, detalha. “Estou
imaginando, ‘especulando’, que serviços de geolocalização sejam usados:
por exemplo, se uma pessoa faz compras em São Paulo e, de repente,
aparece fazendo compras em Buenos Aires, vale uma checagem”.
Projeto "Tijolo de Jeans" reaproveita sobras da indústria de tecidos Ouça a entrevista com o professor Rangel Zignago e a aluna Maria Clara
Tarde Nacional
No AR em 19/02/2020 - 14:05
O Tarde Nacional conversou com o professor Rangel Zignago
e a aluna Maria Clara. O assunto foi o projeto "Tijolo de jeans",
desenvolvido por oito alunos da equipe Delta de Robótica do Centro
Integrado SESI-SENAI, em São João Nepomuceno, Minas Gerais. O projeto tem o objetivo de destinar as sobras de tecido de
indústrias de confecção de roupa para uma empresa de construção civil. O
material é adicionado ao concreto, gerando como produto final um tijolo
mais resistente e sustentável, apelidado de "Tijolo de jeans". Ouça a entrevista completa clicando aqui. Fonte: EBC
Bióloga fala que joaninhas podem desaparecer Ouça entrevista com a pesquisadora da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Débora Pires Paulo
Brasil Rural
No AR em 20/02/2020 - 10:49
Coloridas e com formato que lembra um fusca, as joaninhas
podem estar desaparecendo. Dentre as causas possíveis para essa
diminuição estão o uso de agrotóxicos . Para falar sobre o assunto, o
Brasil Rural entrevista a bióloga e pesquisadora da Embrapa Recursos
Genéticos e Biotecnologia, Débora Pires Paula. Ela explica que as joaninhas têm um papel importante no controle
biológico porque são predadoras de diversas pragas da agricultura,
principalmente, os pulgões.
“O controle biológico é um auxílio muito importante no controle
integrado de pragas, conjunto de técnicas que vão se ajudar para tentar
minimizar a população das pragas”
Internet quântica se aproxima da realidade com experimento chinês
Transmitir
informação equacionando grandes distâncias com velocidade alta e curto
período de tempo sempre foi um desafio em busca da internet perfeita.
Uma equipe de cientistas chineses venceu mais uma etapa nessa direção
ao enviar dados entre duas memórias quânticas a quase 50 quilômetros de
distância.
O feito, registrado por
pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia da China, marcou
um novo recorde de distância no entrelaçamento de duas memórias
quânticas. Se viável, o processo pode marcar o nascimento de um novo
sistema de comunicação baseado em uma internet totalmente quântica.
Se
você não sabe o que é entrelaçamento quântico (uma conexão entre duas
partículas, independentemente de onde elas estão), assista a esse vídeo.
O
experimento, apesar de lidar com conceitos ainda desconhecidos, foi
relativamente simples. Duas estações idênticas foram montadas em um
único laboratório, cada uma delas gerando fótons pelo uso de um laser
atravessando uma nuvem de átomos de rubídio – se você viu o vídeo vai
entender que cada partícula estava em sobreposição (se você não viu,
pense no gato morto/vivo de Schrödinger).
Os
fótons foram enviados para uma terceira estação, em um laboratório a 11
quilômetros de distância. Ali, instantaneamente, reproduziram na
terceira nuvem a conexão de emaranhamento original das nuvens atômicas
distantes. A ligação das duas nuvens originais foi transmitida então
para outra nuvem, dessa vez, a 50 quilômetros.
Repetidor quântico de internet
O
trabalho de Xiao-Hui Bao, Jian-Wei Pan e seus colegas, eles reconhecem,
precisa ser aprimorado antes que se pense em criar um repetidor
quântico (como um repetidor de sinal da internet). Para o físico e líder
da equipe de cientistas Xiao-Hui Bao, “ainda há um longo caminho a
percorrer para que um repetidor quântico funcione em situações reais de
longa distância.”
Seu colega Jian-Wei
Pan concorda. “As nuvens atômicas ainda não mantêm seus estados
quânticos por tempo suficiente para permitir a ligação múltipla
necessária em um repetidor quântico. Nosso grupo está trabalhando nisso,
mas acho que uma verdadeira rede de internet quântica está a pelo menos
uma década de distância.”
Fiquem atentos ao edital, pois ocorreram algumas mudanças.
Vale a pena destacar:
As propostas aprovadas não classificadas no número de bolsas
disponíveis poderão, a critério do orientador, ser registradas como IC
Voluntário, desde que tenha alcançado no mínimo 39 pontos na análise do
mérito acadêmico. Nesse caso, o aluno e o professor terão todos os
direitos e deveres dos bolsistas, porém sem pagamento de bolsa. Isto é
um aspecto positivo para o aluno, para o professor e, inclusive, para os
programas de pós-graduação onde eventualmente o docente esteja
vinculado.
Espiões russos são presos “investigando” cabos submarinos de internet
Agentes de inteligência da Rússia foram flagrados espionando cabos submarinos de internet
que conectam a Europa à América do Norte, instalados na região
litorânea da Irlanda, aumentando os temores de que possam interceptar os
dados transmitidos por meio deles ou até mesmo cortá-los. A informação
foi divulgada pelo Sunday Times, nessa segunda-feira (17). Os
serviços de segurança irlandeses acreditam que eles tenham sido
enviados pelo Departamento Central de Inteligência da Rússia (GRU) com o
objetivo de mapear a localização destes cabos de fibra óptica e
verificar a estrutura deles, à procura de possíveis pontos fracos. Pela
enorme rede de cabos submarinos presente em vários oceanos passam cerca
de 97% de todos os dados intercontinentais transferidos via internet,
incluindo textos, chamadas e transações financeiras globais, funcionando
como o principal elo entre os servidores de web de diferentes regiões
do planeta. Localização dos cabos submarinos. (Fonte: Business Insider/Reprodução)Desta
forma, qualquer ruptura na rede poderia não apenas deixar inúmeros
países sem acesso à internet como também afetar diretamente a economia
global, causando sérios danos. O detalhe é que os cabos não possuem
nenhum mecanismo de defesa, mesmo com toda esta importância. Por que a Irlanda? A
escolha da Irlanda para a realização deste tipo de espionagem não foi à
toa. Além de ficar no meio do caminho entre os Estados Unidos e a
Europa, o país não possui capacidade de contrainteligência, como lembra o
Business Insider, tornando-se um alvo relativamente fácil. Outro
detalhe importante é que a capital Dublin tem se destacado como um dos
maiores centros de tecnologia do continente europeu, contando com sedes e
servidores de empresas como Airbnb, Facebook, Google e Twitter. Estes
mesmos espiões russos também foram vistos monitorando o porto de
Dublin, fazendo o governo local aumentar a segurança em diversos locais
de desembarque ao longo da costa irlandesa.
Por que seu próximo colega de trabalho pode ser um robô
Ben MorrisBBC
20/02/2020
Direito de imagemGetty ImagesAvanço de tecnologia está permitindo que robôs desempenhem tarefas cada mais parecidas às dos humano
Você ouve EVA
antes de vê-lo. Um ruído lhe dá as boas vindas quando você entra na sede
da Automata, uma startup sediada em Londres.
Deparo-me com um
braço robótico realizando um complexo conjunto de movimentos: seis
articulações girando em uma sequência para colar uma etiqueta em um
pacote. Esse é EVA. Por meses a fio, o robô vem fazendo esses movimentos sem parar para testar sua confiabilidade. Espalhadas
pelo escritório e pela oficina, há mais de uma dúzia de outras unidades
de EVA, algumas sendo desmontadas pelos engenheiros, outras aguardando
testes. Deve ser muito assustador à noite, pois EVA continua seu
trabalho, simulando colar etiquetas, enquanto está cercado por seus
clones silenciosos. Esse braço robótico foi concebido pelo ex-arquiteto Suryansh Chandra e de seu sócio Mostafa Elsayed. "Começamos
com a intenção de democratizar a robótica, de tornar a automação
disponível e acessível a tantas pessoas quanto necessário", diz Chandra. Eles apostam que existem milhares, senão milhões, de empresas menores cujas atividades requerem tarefas repetitivas. No entanto, muitas delas não podem comprar um grande robô industrial. Nesse
sentido, o EVA foi desenvolvido a partir de peças confiáveis e baratas.
Ele usa os mesmos motores que alimentam as janelas elétricas nos
carros, enquanto os chips de computador são semelhantes aos usados no
setor de eletrônicos de consumo. Com o barateamento dos custos, o EVA pode ser vendido por 8 mil libras (R$ 45 mil). "Se
eu fosse fazer uma analogia, é como se estivéssemos em um mundo com
vários carros de luxo. Tudo é rápido, poderoso e preciso, mas não há um
Toyota. Não há um carro para pessoas comuns", diz Chandra. A
Automata faz de um pequeno grupo de empresas tentando encontrar um
mercado mais amplo para robôs e revolucionar a maneira como as coisas
são feitas. Mais de 2,4 milhões de robôs industriais estão
operando em fábricas em todo o mundo, de acordo com dados da Federação
Internacional de Robótica (IFR), que prevê um crescimento de vendas de
dois dígitos de 2020 a 2022. Atualmente, a maioria dos robôs realiza trabalhos repetitivos em grandes fábricas, produzindo carros, eletrônicos e metal. Esses braços industriais gigantes há muito são poderosos e precisos, mas carecem de adaptabilidade. No
entanto, agora, os avanços em inteligência artificial, juntamente com a
tecnologia de visão aprimorada e os melhores dispositivos para
manuseio, estão abrindo novos mercados. As compras online abriram
uma oportunidade interessante para o setor. Nos armazéns gigantes,
milhões de objetos de diferentes formas e tamanhos precisam ser
classificados e movimentados. Direito de imagemAUTOMATAEVA ainda está em fase de testes
Escolha e combine
Para
substituir os humanos neste mercado em crescimento, os robôs precisam
ser capazes de reconhecer e segurar todos os tipos de itens diferentes. "Algo
que uma criança pode fazer com facilidade, como alcançar uma lixeira e
pegar um item, é realmente difícil para um robô. Foi necessária muita
tecnologia para tornar isso possível", diz Vince Martinelli, da
RightHand Robotics, empresa sediada nos EUA. Direito de imagemAutomataRobô EVA em funcionamento
A RightHand Robotics foi uma das primeiras a
desenvolver uma pinça que pudesse ser montada na extremidade do braço do
robô, permitindo que ele pegasse itens de tamanhos diferentes. Para
segurar itens, o braço robótico emprega um dispositivo de sucção e três
dedos. Primeiro, esse sugador aumenta de tamanho para pegar o item e,
depois, os três dedos o prendem. Ele usa uma câmera ligada à inteligência artificial para identificar e localizar o objeto que deseja. O
crescimento vertiginoso nas compras online criou uma demanda por esse
tipo de tecnologia; somente a Amazon investiu centenas de milhões de
dólares em tecnologia para seus armazéns. "Quando vou a uma loja,
tenho à disposição minha 'mão de obra'. Ando pela loja pegando as coisas
que quero. Ao fazer um pedido online, entretanto, eu devolvo essa
tarefa ao varejista, é ele que tem de se virar para que esse item chegue
à casa do consumidor", diz Martinelli. A Soft Robotics, também sediada nos EUA, está buscando a solução para o mesmo problema, embora de uma maneira diferente. Direito de imagemRighthand RoboticsRightHand Robotics foi uma das primeiras a
desenvolver uma pinça que pudesse ser montada na extremidade do braço do
robô
Sua mão robótica tem dedos de borracha que se enchem
de ar, permitindo que eles manuseiem itens delicados de comida, como
biscoitos e doces. "A indústria de alimentos é quase inteiramente
manual hoje, porque cada pedaço de comida, cada bisteca de frango, seja o
que for, varia em tamanho e forma. Também preciso prestar atenção à
segurança e limpeza de alimentos", diz Carl Vause, CEO da Soft Robotics. Vause diz acreditar que a tecnologia de sua empresa também pode ser empregada na indústria do vestuário. Embora esses sistemas ofereçam maior habilidade aos braços robóticos, sua destreza ainda fica muito aquém da mão humana. Pesquisadores
do Laboratório de Robótica de Bristol (uma parceria entre a
Universidade do Oeste da Inglaterra e a Universidade de Bristol) acham
que o grande avanço seria dar às mãos dos robôs uma sensação de toque. O
professor Nathan Lepora, chefe do grupo de robótica tátil, desenvolveu
sensores de borracha que podem detectar e mapear superfícies. O sistema usa uma câmera dentro de cada "dedo" que detecta como a ponta de borracha se projeta e se move ao tocar em um objeto. Direito de imagemAutomataSuryansh Chandra e Mostafa Elsayed fundaram Automata
Usando um tipo de inteligência artificial chamado
aprendizado de máquina, o robô é treinado para reconhecer objetos apenas
tocando-os e vendo como a ponta de borracha responde. Lepora acha
que, até o final desta década, os robôs poderão manipular itens, montar
objetos e mexer da mesma maneira que os humanos fazem com as mãos. "É apenas um desafio de engenharia no final do dia. Não há nada mágico em como usamos nossas mãos", diz ele. Lepora diz que criar robôs é desafio de engenharia
Reação emocional
Com
futuros avanços em hardware robótico e inteligência artificial, robôs
poderão realizar cada vez mais tarefas que atualmente são executadas por
seres humanos. Direito de imagemSoft RoboticsRobô da Soft Robotics pegando um ovo
Segundo um relatório da OCDE , 14% dos empregos
estão "em alto risco de automação" e 32% deles podem ser "radicalmente
transformados", com o setor de manufatura em maior risco. É um tópico delicado para quem trabalha na indústria de robótica e para empresas que usam robôs. Chandra
argumenta que sua tecnologia eliminará trabalhos repetitivos e chatos
dos quais os humanos não gostam e em que não são muito bons, além de
criar novos que provavelmente os substituirão. "Definitivamente,
existem dezenas de milhares de novos empregos em nossa sociedade que não
existiam antes. Então, acho que falar em estabilidade de empregos é uma
ficção, nunca foi realmente assim", diz ele. "Toda vez que um emprego desaparece, há uma reação emocional... mas isso abre espaço para a criação de outros". Fonte: BBC