terça-feira, 30 de agosto de 2016

Linguagem de programação C tem menor popularidade desde 2001

Linguagem de programação C tem menor popularidade desde 2001


De acordo com dados do TIOBE Index referentes a agosto, uma das linguagens de programação mais antigas ainda em uso em larga escala pode estar começando a desaparecer. No mês, a linguagem C teve uma pontuação de 11,303%, seu pior resultado desde que o índice começou a ser publicado em 2001.
O ranking lista a popularidade das linguagens de programação de acordo com uma rigorosa avaliação dos resultados de cada uma delas em diversos sites de busca. Mais dados sobre o método de elaboração da TIOBE Index podem ser vistos nesta página.
A queda do C
Segundo os elaboradores do índice, a linguagem C não é muito adequada para os ramos de desenvolvimento web e mobile que têm se popularizado nos últimos anos. Isso porque desde sua criação em 1972, ela foi desenvolvida para se tornar cada vez mais ágil - e não para ter mais funções. Embora isso tenha tornado a C bastante confiável, ela também teve dificuldade em acompanhar as novas tendências da programação
Uma versão com novas funcionalidades da C já foi desenvolvida, e se chama C++. Mas como uma versão com mais recursos da C já existe, faz pouco sentido acrescentar novidades à C. Além disso, os criadores do TIOBE Index também ressaltam que a C não tem nenhuma grande empresa se responsabilizando por sua promoção. 
A Java, por exemplo - que vem liderando o índice há bastante tempo - tem a Oracle por trás de si. A Microsoft, por sua vez, endossa as linguagens C++, C# e TypeScript; o Google apoia Python, Go, Dart e JavaScript, e a Apple defende as linguagens Swift e Objective-C. No entanto, nenhuma dessas gigantes oferece publicamente apoio à C, o que também contribui para a queda de sua popularidade.
Por outro lado, a Java, atual líder da lista, continua a ser desenvolvida e otimizda desde que foi criada. Segundo o Business Insider, embora ela tenha sido originalmente pensada para ser um sistema operacional para TVs inteligentes, sua estabilidade fez dela uma linguagem popular mesmo durante o surgimento dos smartphones.

Fonte: OlharDigital

Hospitais dos EUA tentam aliviar dor com realidade virtual

Hospitais dos EUA tentam aliviar dor com realidade virtual

Andrew Burton / Getty Images
Máscara de realidade virtual Gear VR, da Samsung
Máscara de realidade virtual: a abordagem ainda é nova, mas defensores afirmam que ela pode ser um tratamento eficaz para tudo, das dores intensas à depressão
Ian King e Caroline Chen, da Bloomberg
Quando Deona Duke acordou de um coma induzido para começar a se recuperar de queimaduras que cobriam quase um terço de seu corpo, um dos tratamentos a que foi submetida foi o de arremessar bolas de neve em pinguins.
A menina de 13 anos tinha se queimado quando, junto com uma amiga, foi atingida pela explosão de uma fogueira.
Para evitar infecções, os curativos das vítimas de queimaduras precisam ser trocados e a pele morta precisa ser raspada. Em alguns casos, nem a morfina consegue fazer com que essa dor seja tolerável.
No hospital infantil Shriners, em Galveston, nos EUA, os médicos de Deona lhe deram um headset de realidade virtual. Ao colocá-lo, ela foi rodeada pelo “SnowWorld”, uma paisagem congelada onde ela podia jogar neve em bonecos de neve e em iglus. O hospital, que fica no Texas, é um dos poucos a tentar usar a realidade virtual para aliviar a dor.
“Eu nunca tinha ouvido falar disso, então me surpreendi um pouco”, disse ela. “Na primeira vez que tentei, me distraí e isso ajudou a aguentar a dor”.
Essa abordagem ainda é nova e experimental, mas os defensores da realidade virtual afirmam que ela pode ser um tratamento eficaz para tudo, das dores intensas e do mal de Alzheimer à aracnofobia e à depressão.
E, como Facebook, Sony, HTC e outras empresas estão correndo para desenvolver o aparelho que dominará o campo da realidade virtual, o preço do hardware caiu, tornando o equipamento uma opção mais acessível para os hospitais que buscam alternativas para aliviar a dor.
“A dor é um alarme que nos indica o perigo e é muito eficiente para chamar a nossa atenção”, disse Beth Darnall, professora associada de clínica da divisão de Medicina da Dor de Stanford Health Care.
Ela diz que a realidade virtual, utilizada em alguns estudos-piloto em Stanford, nos EUA, é uma ferramenta psicológica, como a meditação, que pode “acalmar o sistema nervoso e limitar o processamento da dor”.
Em pesquisas realizadas pelos psicólogos Hunter Hoffman e Walter Meyer no hospital Shriners e em trabalhos semelhantes feitos por Dave Patterson no Centro de Queimaduras Harborview em Seattle, nos EUA, os pacientes informaram sentir menos desconforto.
Hoffman examinou imagens por ressonância magnética (IRM) do cérebro dos pacientes que mostraram que eles de fato sentiram menos dor.
Os defensores da realidade virtual não demoraram em indicar que ela poderia oferecer uma grande vantagem em relação aos medicamentos, cujo uso prolongado pode levar à tolerância e, em alguns casos, à dependência.
Mas a eficácia da realidade virtual ainda precisa ser comprovada, particularmente na tentativa de combater a dor crônica. Será que o efeito dura depois de tirar o headset?
“Sabemos que as técnicas de relaxamento, como hipnose, ioga e meditação, reduzem a percepção da dor, então a realidade virtual promete muito, mas ainda é muito cedo para ela se tornar o tratamento padrão”, disse Houman Danesh, diretor de gestão da dor do hospital Mount Sinai em Nova York. “Esta tecnologia é muito recente”.

Fonte: EXAME

USP abre acesso à nuvem computacional para pesquisadores

USP abre acesso à nuvem computacional para pesquisadores

Elton Alisson, da AGÊNCIA FAPESP
Freeimages
Computação na nuvem
Computação na nuvem: pesquisadores de fora da USP poderão utilizar o poder computacional da universidade

A Universidade de São Paulo (USP) abriu o acesso à nuvem computacional para pesquisadores vinculados a qualquer universidade ou instituição de pesquisa realizarem seus projetos.
Os pesquisadores poderão ter acesso, via internet, a um conjunto integrado de servidores, dispositivos de armazenamento e rede de dados que compõem o sistema de computação em nuvem (cloud computing) da universidade – denominado interNuvem USP – mediante a aquisição de créditos.
A aquisição de créditos poderá ser feita usando-se recursos de contratos para pesquisa de agências ou de empresas, inclusive da FAPESP. “Nas propostas de projetos submetidos à FAPESP, o pesquisador proponente pode incluir na rubrica ´serviços de terceiros´ do orçamento solicitado os custos para uso da nuvem como serviço, adicionando a justificativa da necessidade para o projeto”, afirmou Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fundação.
O objetivo da abertura da nuvem computacional à comunidade de pesquisa é racionalizar o uso dos serviços disponibilizados pelo sistema e também dos recursos públicos aplicados em computação para realização de pesquisas, explicou José Eduardo Ferreira, superintendente de tecnologia da informação da USP.
“Em vez de um pesquisador solicitar recursos para a FAPESP para comprar um servidor físico, que pode tornar-se obsoleto com o passar do tempo, ele pode adquirir créditos oriundos de seu projeto de pesquisa para usar um servidor compartilhado na nuvem com outros pesquisadores”, sublinhou Ferreira.
“A USP e a administração da FAPESP estão em pleno acordo em relação à prestação de contas desses recursos”, acrescentou Antonio Mauro Saraiva, assessor da Pró-Reitoria de Pesquisa da USP.
Os créditos adquiridos pelo pesquisador serão debitados à medida que forem utilizados, proporcionalmente ao tempo de ativação dos recursos computacionais.
Quando os créditos se esgotarem, os pesquisadores deixam de ter acesso à nuvem computacional até que adquiram novos.
Os créditos não utilizados não expiram e podem ser transferidos entre pesquisadores. Um pesquisador que tiver completado sua pesquisa e desejar transferir seu saldo de créditos para outro, por exemplo, pode fazer isso. Ou pode, ainda associar-se a outros pesquisadores para usar os recursos da nuvem computacional de forma cooperativa.
“A iniciativa beneficiará uma ampla gama de pesquisadores, desde aqueles que precisam adquirir seus clusters computacionais – e cuja operação demanda gastos com instalação de energia elétrica, entre outros, custeados pelas universidades ou pela reserva técnica da FAPESP – até os que necessitam rodar programas por um tempo determinado”, exemplifica Roberto Marcondes Cesar Júnior, membro da Coordenação Adjunta de Ciências Exatas e Engenharia da Fundação.

Nuvem interconectada

Implementada em 2012 com apoio da FAPESP, com o objetivo de auxiliar na gestão da tecnologia da informação (TI) da USP, a interNuvem atende tanto às demandas dos pesquisadores da universidade – que necessitam de recursos de computação de alto desempenho e de armazenamento de dados para a realização de suas pesquisas –, como também da administração da instituição.
Além disso, também hospeda a infraestrutura de ensino a distância da universidade.
“A interNuvem tem esse nome porque é uma nuvem interconectada, ou seja, engloba mais de uma nuvem administrada ao mesmo tempo, com vários tipos de acesso e diferentes níveis de capacidade computacional, que se juntam, de forma cooperada, para atender diferentes demandas da universidade”, explicou Ferreira.
A nuvem computacional estava sobrecarregada em razão da falta de regras de utilização.
A fim de regulamentar seu uso, a Pró-Reitoria de Pesquisa da universidade nomeou, em 2015, uma comissão integrada por um grupo gestor de recursos computacionais de alto desempenho e de nuvens interconectadas, composta por professores ligados à área.
Com base em diretrizes debatidas e acordadas por esse grupo gestor, a Pró-Reitoria de Pesquisa e a Superintendência de Tecnologia da Informação (STI) da universidade baixaram uma portaria de normatização do sistema de nuvem e uma circular, de modo a direcionar o uso dos recursos computacionais tanto por pesquisadores vinculados à universidade, como também por usuários externos por meio de um sistema de créditos.
“A ideia de normatizar o uso da interNuvem é a de que quando um pesquisador terminar um projeto e deixar de usar os recursos computacionais, por exemplo, ele libere para que outros pesquisadores possam utilizá-los”, explicou Saraiva.
Para utilizar a nuvem computacional, tanto os pesquisadores vinculados à USP como os de outras universidades e instituições de pesquisa precisam solicitar os recursos desejados por meio de uma interface de serviços.
Os docentes e pesquisadores vinculados à USP podem tem acesso a uma quota única de créditos gratuita e limitada ou a um menu de recursos ilimitados, mediante a aquisição de créditos.
Já os pesquisadores não vinculados à USP podem solicitar uma quantidade ilimitada de recursos com contrapartida financeira para aquisição de créditos.
“Passados três anos, se o pesquisador quiser utilizar a nuvem computacional em um novo projeto de pesquisa, ele terá acesso a recursos completamente atualizados”, disse Saraiva.

Vantagens do sistema

Na opinião de Ferreira, uma das vantagens oferecidas pela nuvem computacional aos usuários é a alta disponibilidade e segurança no uso dos recursos – uma vez que estão hospedados em datacenters com infraestrutura redundante, ou seja, que previne eventuais falhas e oferece alternativas de modo a evitar prejuízos.
Outra vantagem é que o usuário fica livre da manutenção do hardware, uma vez que fica isento da responsabilidade de substituir servidores, atualizar componentes e prover manutenção evolutiva da infraestrutura.
As atualizações de softwares são feitas automaticamente, sem intervenção do usuário e tarifação adicional, explicou Ferreira.
“Mais de 60% da nuvem computacional está em um datacenter fora da USP, que possui qualidade técnica inquestionável”, afirmou.
Desde que começou a operar com novas regras de uso, no final de fevereiro, o sistema já obteve a adesão de mais de 20 projetos – apenas de pesquisadores da USP –, com perspectiva de aporte de recursos da ordem de R$ 3 milhões nos próximos três anos.
A expectativa é que a nuvem computacional também possa ser usada pelo maior número possível de pesquisadores de outras instituições.
“A interNuvem tem plena capacidade de atender à demanda por máquinas virtuais e armazenamento de dados de pesquisadores das universidades e instituições de pesquisa que necessitam de recursos computacionais”, afirmou Ferreira.
Fonte: EXAME

Cientistas estão mais perto de impedir a metástase do câncer

Cientistas estão mais perto de impedir a metástase do câncer

Ana Carolina Leonardi, da Superinteressante
Photopin
Veias sanguíneas em um cérebro
Corrente sanguínea: para que o câncer se espalhe, as células do tumor precisam entrar e sair da corrente sanguínea de um jeito rápido e eficiente

O câncer por si só já é uma doença assustadora. E a metástase é a sua face mais perigosa - quando um câncer primário cai na corrente sanguínea, pode se espalhar rapidamente por qualquer parte do corpo e se tornar uma ameaça mortal.
Agora, um grupo de pesquisadores alemães acredita ter encontrado o segredo do mecanismo de migração do câncer - que também pode conter a chave para impedir que ela aconteça.
A metástase começa quando algumas células individuais se separam do tumor principal e entram no sistema circulatório. Dali, elas viajam livremente para qualquer parte do corpo, mas também estão mais vulneráveis ao sistema imunológico.
Por isso, para que o câncer se espalhe, as células do tumor precisam entrar e sair da corrente sanguínea de um jeito rápido e eficiente.
Cientistas do Instituto Max Planck e da Universidade Goethe descobriram a estratégia que os tumores mochileiros usam para fugir dos vasos sanguíneos. Eles precisam atravessar a barreira do endotélio, que "forra" o interior dos vasos.
Para isso, eles tiram proveito de um mecanismo natural das células e direcionam o ataque a uma molécula especial, chamada de "Receptor da Morte 6".
As nossas células já são programadas para "suicídios coletivos" - e isso é totalmente normal. Quando sofrem danos no DNA, infecções de vírus ou se tornam obsoletas, elas simplesmente morrem.
Podem fazer isso de um jeitinho organizado e silencioso, chamado de apoptose, ou mais escandaloso, chamado de necroptose, que causa uma resposta inflamatória no corpo.
Algumas moléculas são chamadas de Receptores da Morte porque são elas que recebem o sinal de suicídio programado do corpo.
O que os cientistas observaram em laboratório é que os tumores ativam o Receptor da Morte 6 fora de hora, mas ele faz o seu trabalho mesmo assim: leva à necroptose, um dos tipos de autodestruição das células nos arredores.
E aí a barreira endotelial fica fraca e vulnerável à passagem das células cancerosas para outros órgãos do corpo. O câncer usa essa brecha para se espalhar, concluíram os alemães.
Descobrir um dos "meios de transporte" da metástase já seria um avanço e tanto, mas os pesquisadores também tentaram impedir a movimentação do tumor.
Para isso, eles desabilitaram o Receptor da Morte 6 em ratinhos geneticamente modificados. Deu certo: os animais apresentaram menos necroptose e menos metástase.
Os resultados são extremamente promissores para a batalha contra o câncer. Mas ainda estamos longe de bloquear totalmente a metástase.
Primeiro, os pesquisadores precisam ter certeza que desabilitar o RM6 não vai trazer outros problemas para o corpo. Depois, precisam confirmar se os resultados vistos em ratos se repetem em células humanas.
Por último (e mais importante): o câncer é uma doença inteligente - ele se desenvolve e se espalha de formas terrivelmente complexas.
Mal chegamos perto de entender como funciona a metástase na corrente sanguínea e já aparecem sinais de que os tumores podem se espalhar sem usar o sistema circulatório.
Ou seja: uma solução só não vai resolver todos os casos, mas pode aumentar as chances de sobrevivência de muita gente.

Fonte: EXAME

Genialidade é um conceito ridículo, diz professor do MIT

Genialidade é um conceito ridículo, diz professor do MIT

Claudia Gasparini, de EXAME.com

Kevin-Ashton
Kevin Ashton, professor do MIT e criador do termo "Internet das Coisas": criatividade não é magia, é trabalho

São Paulo — Inventar algo incrível não tem nada a ver com uma inspiração "celestial" ou um cérebro excepcionalmente poderoso. O processo criativo — mesmo aquele que dá origem a monumentais obras de arte ou descobertas científicas — é acessível a qualquer mortal.
Essa é a tese do pesquisador britânico Kevin Ashton, professor do MIT (Massachusetts Institute of Technology), em seu novo livro “A história secreta da criatividade” (Editora Sextante, 2016). Para ele, gênios não existem.
“Todo o conceito de genialidade é ridículo e totalmente sem evidências”, diz o pesquisador em entrevista exclusiva a EXAME.com. “Algumas pessoas são melhores do que outras em algumas atividades, mas isso não as torna diferentes ou especiais, apenas melhores”.
Ashton começou sua carreira na Procter & Gamble, empresa em que liderou um trabalho pioneiro sobre identificação de produtos por radiofrequência. Também fundou três startups de tecnologia, uma das quais foi vendida menos de um ano após sua criação.
Ele foi a primeira pessoa a usar o termo IoT (“Internet of Things”, ou “Internet das Coisas”), em 1999, no título de uma apresentação sobre seu projeto de radiofrequência na P&G. A expressão se popularizou e descreve hoje a conexão de objetos do dia a dia, como eletrodomésticos ou carros, à internet.
Considerado um visionário em sua área, o professor do MIT decidiu se debruçar sobre a história da criatividade para escrever seu novo livro. Da revolução no cultivo da baunilha no século XIX por um escravo de 12 anos à criação da icônica latinha da Coca-Cola, seu estudo disseca os mecanismos da inovação desde registros mais remotos até a atualidade.
Sua conclusão é categórica: criar não tem nada a ver com genialidade, inspiração ou qualquer outra forma de excepcionalidade. Na verdade, o processo é banal, ainda que o resultado não o seja — e pode ser empreendido por qualquer ser humano.
“Os criadores passam quase todo o tempo perseverando, apesar da dúvida, do fracasso, do ridículo e da rejeição, até conseguirem algo novo e útil”, escreve ele no livro. “Não existem truques, atalhos ou esquemas para se tornar criativo de uma hora para outra”.
Confira a seguir os principais trechos da entrevista exclusiva de Ashton a EXAME.com
EXAME.com - Você defende que as invenções, das menores às maiores, não dependem de talento ou inspiração. Por que historicamente a humanidade viu a criação como algo mágico, restrito a algumas personalidades “iluminadas”?
Kevin Ashton - É uma boa pergunta, que admite muitas respostas. Faz apenas poucos séculos que os nomes dos criadores das coisas começaram a ser registrados e lembrados. Há exceções a essa regra, mas não muitas. Foi só em meados da Renascença que começamos a dar crédito aos inventores.
Alguns séculos mais tarde, surgiu a ideia de que a criação é algo "mágico". Isso foi uma reação, na época, à tese de que todos os seres humanos são iguais, o que era incômodo para homens brancos e europeus, que se enxergavam como naturalmente melhores do que todas as outras pessoas.
Foi aí que a ideia de “gênio” surgiu. Não é coincidência que os supostos “gênios” eram sempre homens brancos e europeus, pessoas como Mozart, Newton e Leonardo da Vinci. A invenção da genialidade foi uma maneira de conservar os mitos da supremacia branca e do patriarcado em um mundo pós-darwiniano.
EXAME.com - Então gênios não existem?

Kevin Ashton -
Não, é claro que não. Todo o conceito de genialidade é ridículo e totalmente sem evidências. Algumas pessoas são melhores do que outras em algumas atividades, é claro. Mas isso não as torna diferentes ou especiais, apenas melhores.

Veja os atletas olímpicos, por exemplo. Quase todo mundo que tem um corpo sadio consegue correr, e todos nós fazemos isso da mesma maneira: um pé depois do outro. Pessoas como Usain Bolt conseguem correr muito mais rápido do que todo o resto, mas ele usa o mesmo processo que eu e você usamos. Ele não têm pernas extras, ou pés especiais: ele simplesmente faz essa mesma coisa de um jeito muito melhor.
O mesmo vale para o pensamento, e portanto para a criatividade. Todos nós conseguimos pensar e criar, e a nossa habilidade para isso está em algum lugar do espectro humano, como funciona com qualquer outra competência.
EXAME.com - Como a criatividade funciona?
Kevin Ashton - Criar é uma consequência do pensar. Todos nós sabemos como o pensamento funciona, porque todos nós pensamos. Você olha para um problema, imagina possíveis soluções, experimenta uma ou mais alternativas, avalia e segue adiante.
“O que posso fazer para o jantar?” é um bom exemplo de um problema cotidiano. Qual é a solução? Você pensa sobre as suas opções, imagina algumas delas e então começa a agir.
O processo de solução de um problema muito maior, como por exemplo “Como posso fazer uma máquina voadora?”, funciona exatamente da mesma maneira. Só é muito mais difícil. Você imagina opções, usa coisas que você ou outras pessoas já inventaram no passado, experimenta novas possibilidades, avalia e repete. A parte mais difícil é persistir.
Você pode resolver o problema “O que posso fazer para o jantar?” em poucos minutos, enquanto a questão “Como posso fazer uma máquina voadora?” levará anos de esforço contínuo e, mesmo assim, talvez você nunca consiga.
Ainda assim, na raiz, o processo é o mesmo. Tanto faz se você está construindo uma máquina voadora, escrevendo uma música ou tentando curar uma doença. Funciona assim: problema, solução, avaliação, de novo e de novo, por quanto tempo for necessário.
EXAME.com - Você poderia dar um exemplo de uma grande descoberta que foi desenvolvida de forma árdua, pontuada por dúvidas e ameaçada pelo ridículo?
Kevin Ashton - Quase toda invenção segue esse padrão, se a história é contada com honestidade. Para pegar um exemplo do Brasil, podemos pensar na descoberta da bradicinina pelo [farmacologista] Maurício Rocha e Silva e seus colegas nos anos 1940.
A bradicinina é uma substância química que reduz a pressão arterial quando você é picado por uma cobra. Na época, os especialistas estavam convictos de que uma outra substância, a histamina, era responsável por esse efeito. Era justamente esse o tema que Rocha e Silva estava estudando: como a histamina regulava a circulação.
O que ele descobriu foi algo muito diferente e inesperado, algo que seus colegas tiveram grande dificuldade em aceitar: que os ingredientes do veneno da cobra faziam com que uma nova substância, a bradicinina, fosse liberada no sangue.
A descoberta foi um divisor de águas para a ciência. Levou ao desenvolvimento de medicamentos contra hipertensão, que salvam vidas, e a uma compreensão muito melhor da fisiologia humana.
EXAME.com: Qual é o pior veneno para a criatividade? E o melhor combustível?
Kevin Ashton - Desistir e nunca desistir, respectivamente.

Fonte: EXAME

Chinês tenta 'destruir' a internet para impedir que suas fotos caiam na web

Chinês tenta 'destruir' a internet para impedir que suas fotos caiam na web 
 
Por Redação | em 30.08.2016 às 08h57 
 
Situações desesperadas pedem medidas desesperadas, não é isso? O que fazer quando aquela imagem que deveria ser secreta acaba caindo na rede e muitas pessoas veem, compartilham, fazem memes, etc? Pedir ao Google para ser esquecido pode ser uma boa saída. Mas existem pessoas que têm um pouco mais de urgência em impedir que certas coisas caiam na internet. Foi o caso de um morador da cidade de Weifang, na China, que resolveu usar as próprias mãos para "destruir toda a internet". 
 
O site "The Nanfang" publicou a história do homem que destruiu quatro módulos de internet em seu bairro para impedir que algumas imagens embaraçosas fossem parar na internet. Segundo a publicação, o homem identificado apenas como Liu chegou a Weifang em busca de emprego e, certa vez, foi dançar quadrilha em uma praça junto com alguns idosos. O site apontou que a dança é uma atividade popular "usualmente associada a mulheres de meia idade". 
 
 
Enquanto dançava, Liu percebeu que as pessoas estavam rindo dele e o fotografando, o que o fez parar de dançar. No entanto, a sensação de que as fotos pudessem ser "vazadas" na internet fez com que o chinês destruísse o equipamento físico de sua vizinhança. 
 
Ele foi preso no dia 1º de agosto e ainda não houve nenhum indício de que ele obteve sucesso em sua tentativa. Mas nem todos os homens parecem se sentir humilhados em serem vistos dançando a tal quadrilha e você pode conferir isso neste vídeo aqui
 
Fonte:The Nanfang
Fonte: Canaltech


Ferramenta da Boeing produzida em impressora 3D leva recorde do Guinness

Ferramenta da Boeing produzida em impressora 3D leva recorde do Guinness 
 
Por Redação | em 30.08.2016 às 14h13 
Impressora 3D
Uma ferramenta de construção de peças que será usada durante a produção da próxima geração dos jatos 777X, da empresa americana Boeing, já fez algo notável: o reconhecimento do Guinnes World como o maior objeto sólido do mundo produzido em uma impressora 3D. 
 
A ferramenta, desenvolvida pelo Departamento de Energia do Laboratório Nacional de Oak Ridge, no Tennessee (EUA), foi feita em apenas 30 horas utilizando fibra de carbono e plástico ABS. Ela tem 5,30 metros de comprimento, 1,60 metros de largura, 0,5 metros de altura e quase 750 kg. 
 
 
 
Após o laboratório finalizar os testes de validação, o equipamento será utilizada na fábrica da Boeing em St.Louis, especificamente para assegurar a correta montagem das asas dos jatos. A produção do 777X está prevista para começar no ano que vem, com a primeira unidade programada para ser entregue em 2020. A Boeing afirmou ter mais de 300 pedidos das duas variantes da sua nova linha de aviões, conhecidas como 777-8 e 777-9. Se a nova ferramenta atingir todos os objetivos pretendidos, espera-se que haja uma grande redução nos custos da companhia. 
 
Leo Christodoulou, diretor da área de estruturas e materiais da Boeing, diz que a ferramenta de metal utilizada atualmente é mais cara, depende de um fornecedor e leva em torno de três meses para realizar suas tarefas utilizando técnicas convencionais. Além disso, Christodoulou completa que a nova ferramenta criada vai economizar energia, tempo, trabalho, custos e faz parte de uma grande estratégia da empresa de aplicar a tecnologia de impressão em 3D em várias áreas da cadeia de produção. 
 
Via: GeekWire

Fonte: Canaltech


Fundo global apoia iniciativas de conservação do bioma Cerrado

Fundo global apoia iniciativas de conservação do bioma Cerrado

O Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos tem o objetivo de proteger as mais diversas e ameaçadas áreas de biodiversidade do mundo

Cerrado
Cerrado Wikimedia Commons

O Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF - sigla em inglês de Critical Ecosystem Partnership Fund) tem o objetivo de proteger as mais diversas e ameaçadas áreas de biodiversidade do mundo, que são conhecidas como hotspots da biodiversidade.

Em entrevista ao Natureza Viva, Ênio Barreto, explica que CEPF é uma iniciativa global, que é apoiada por sete doadores, sendo eles, o Banco Mundial, o Fundo para Ambiente global (GEF),  a Agência Francesa de Desenvolvimento, o Governo do Japão, a União Europeia, a Fundação MacArthur e a  Conservação Internacional. Esses sete doadores criaram o fundo de parcerias que apoia ações e projetos da sociedade civil para conservação do ecossistema em 34 hotspots, ou seja áreas ricas em biodiversidade, mas muito ameaçadas, por isso pontos quentes, ou seja pontos criticos.

No Brasil, investiram dez anos na Mata Atlântica, de 2001 e 2011, e o Conselho de Doadores do CEPF escolheu o Cerrado, em 2013, para receber investimentos. Em abril de 2016, o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB), após um processo seletivo, foi escolhido pelo Conselho de Doadores do CEPF para atuar como Equipe de Implementação Regional (RIT) para o Hotspot da Biodiversidade do Cerrado. O edital já éstá lançado e fica até o dia 30 de setembro. Mais informações, acesse o site do CEPF cerrado, onde está o edital e os formulários de carta de intenções.

Saiba mais sobre o assunto, ouvindo a entrevista na íntegra no player.

O Natureza viva é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar aos domingos, das 8h as 10hs, na Rádio Nacional da Amazônia. Produção e Apresentação Mara Régia.

Produtor: Eliana Nascimento
 
Fonte: EBC


Amyr Klink defende projetos no litoral para estimular transporte por água

Amyr Klink defende projetos no litoral para estimular transporte por água

30/08/2016 06h48
Rio de Janeiro
Cristina Índio do Brasil - Repórter da Agência Brasil

O navegador Amyr Klink defendeu a criação de projetos no litoral brasileiro de construção de instalações técnicas para receber embarcações, como as marinas. Ele disse que além de fomentar o transporte por água, essas instalações permitiriam a geração de empregos que, por barco de pequeno porte, seriam cinco postos de trabalho. De acordo com Klink, o ideal não é fazer marinas para 20 mil barcos, mas aproveitar a capilaridade. Ele sugeriu a construção de instalações pelo menos a cada 16 ou 20 milhas do litoral.
“Aí esse potencial de geração de riqueza cresce exponencialmente, mas é um problema difícil de explicar isso para um governante que não tem a cultura náutica, que não sabe que tem congressos no mundo inteiro de uso de borda d’água. A cidade que tem a borda d’água [uma conexão útil de acesso entre o mar e a terra, como um cais de porto] mais incrível do mundo e mais subutilizada é o Rio de Janeiro”, disse.

Sistema de compartilhamento
O navegador afirmou que o Brasil poderia seguir modelos de mobilidade adotados em outras partes do mundo, que aproveitam as embarcações em sistemas de aluguel.
“Aqui o uso do barco privado é visto como uso da elite, coisa de gente rica. Não. É negócio. Na Europa, o barco, como tem uma ociosidade muito grande, é compartilhado por meio do charter. A mais importante cidade de turismo do mundo que não tem charter é o Rio de Janeiro. Tinha que ter no mínimo 10 mil ou 15 mil barcos para 'charteamento'. Se tem locadoras de carros e ônibus, por que a gente não faz isso para os barcos que estão na vocação da cidade”?
Klink destacou que no Rio o meio de transporte pela água deveria ser mais desenvolvido na zona oeste. “Tem o mar. O mesmo motor que no ônibus transporta 80, 100 passageiros, em um barco transporta mil”.

Novos projetos

Para o navegador, o país desenvolve projetos de atividade portuária de larga escala e não faz instalações para embarcações menores. “Com isso, perde uma atividade que economicamente gera muito mais riqueza, às vezes até do que o porto, que é a dos portos miúdos. O trabalho de licenciar isso durante o processo de instalação de um porto seria muito menor se fosse tudo feito em conjunto”, afirmou em palestra sobre risco e inovação tecnológica, para alunos e professores, no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Coppe/UFRJ, na Ilha do Fundão, zona norte do Rio.
Amyr Klink comentou que a tecnologia está disponível para quem quiser e, por isso, é preciso olhar para o futuro. Embora tenha elogiado o projeto de revitalização da região portuária do Rio, acrescentou que ele precisa ser ampliado para permitir a atracação de barcos. “Isso vai acontecer. Como houve a abertura da cidade para o mar, acho que esse é um processo do qual a cidade não vai escapar. No dia em que ela descobrir que os barquinhos bonitinhos, parados na água, geram mais riqueza do que as grandes empresas que estavam aqui, aí esse processo não pára mais”, disse.
Na palestra, o navegador contou detalhes das suas experiências nas viagens que fez aos polos Norte e Sul, a travessia pelo Atlântico Sul em um barco a remo e como vem desenvolvendo atividades como empresário na construção de embarcações. Klink revelou que tem previsão de uma nova expedição com a família para se despedir da Antártica, mas enfrenta uma barreira com os custos que ficaram muito elevados e com a burocracia da legislação, que o obrigaria a se tornar um operador internacional de turismo, o que não quer, mesmo sendo uma oportunidade de ganhar dinheiro.
“Quero fazer isso mais para agradar às minhas filhas, que estão desesperadas para voltar para lá. Depois, vou ter que ser passageiro, porque prefiro ir para outros lugares menos complicados. Quero viajar pelo Brasil".
Esta foi a segunda visita do navegador à Coppe. Na primeira, em 1999, abriu o ciclo de palestras Novos Rumos.
Edição: Graça Adjuto

Fonte: EBC

Inscrições para programa Inglês sem Fronteiras abrem dia 19 de setembro

Inscrições para programa Inglês sem Fronteiras abrem dia 19 de setembro



 
30/08/2016 10h17
Brasília
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil

Publicado no Diário Oficial da União de hoje (30) o edital da Secretaria de Educação Superior com o cronograma para o processo seletivo visando a ocupação de vagas dos cursos de língua inglesa do programa Inglês sem Fronteiras. As inscrições ocorrerão das 12h do dia 19 de setembro até as 12h do dia 30 de setembro. As aulas vão começar em 17 de outubro.

O Inglês sem Fronteira surgiu com o propósito de atender demandas do programa Ciência sem Fronteiras e outros programas de intercâmbio governamentais, com o objetivo de criar condições para que os estudantes brasileiros tenham acesso a universidades estrangeiras, onde o inglês é o idioma usado parcial ou totalmente em seus cursos.

Além de representar uma oportunidade de acesso a essas universidades, o programa visa a atender a comunidades universitárias brasileiras, aumentando o número de professores e alunos estrangeiros em seus campi. Mais detalhes sobre o edital com o cronograma do Inglês sem fronteiras estão disponíveis no site do programa do Ministério da Educação.

Edição: Maria Claudia

Fonte: EBC

Campanha de doação de sangue

Campanha de doação de sangue


Em parceria com a Associação Atlética de Turismo; Associação Atlética de Química e a Associação Atlética Acadêmica de Segurança Pública, a Superintendência de Documentação da UFF (SDC/UFF) está disponibilizando seu espaço para a realização do Trote Cultural DOA, UFF,  que tem como objetivo arrecadar bolsas de sangue.
O Trote Cultural  DOA, UFF consiste na coleta de sangue pela Hemorio, mobilizando e conscientizando toda a universidade sobre a importância da doação.
Participe! Contamos com sua presença!
 

Local de Coleta: Sede da Superintendência de Documentação SDC/UFF 
SDC - Sistema de Bibliotecas e Arquivos
Av. Marcos Waldemar de Freitas Reis, s/n.
Térreo da Biblioteca Central - Campus do Gragoatá
24.210-201 - São Domingos - Niterói - RJ ? Brasil
Obs. Embaixo da Biblioteca Central do Campus do Gragoatá
         (Sala de reunião da SDC)

Horário:  9 ás 15h. 
IMPORTANTE: todos os candidatos à doação de sangue devem portar documento de identidade oficial, original e com foto.
Hemorio: http://www.hemorio.rj.gov.br/

Fonte: UFF

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Congresso de Biodiesel recebe trabalhos científicos até 18 de setembro

Congresso de Biodiesel recebe trabalhos científicos até 18 de setembro

Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC participa da organização do encontro, marcado para 22 a 25 de novembro, em Natal (RN).
Por Ascom do MCTIC
Publicação: 26/08/2016 | 00:27
Última modificação: 26/08/2016 | 11:29
 
Pesquisadores têm até 18 de setembro para entregar os trabalhos científicos que serão apresentados no 6º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel (RBTB) e no 9º Congresso Brasileiro de Plantas Oleaginosas, Óleos, Gorduras e Biodiesel, marcados para 22 a 25 de novembro, em Natal (RN). Desde 2006, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) promove o Congresso da RBTB para compartilhar pesquisas da cadeia produtiva do biodiesel.
O congresso envolve as comunidades científica e empresarial e abrange sete áreas temáticas: matéria prima; armazenamento, estabilidade e problemas associados; caracterização e controle da qualidade; coprodutos; produção do biocombustível; uso de biodiesel; e políticas públicas de desenvolvimento sustentável.
A escolha do Rio Grande do Norte como sede se deve à posição geográfica estratégica do estado, que desponta na produção de energia renovável e sedia um dos núcleos de desertificação do semiárido – motivo pelo qual o congresso oferecerá opções para inclusão do biodiesel na matriz energética, a fim de gerar conhecimento tecnológico e criar alternativas para o agricultor familiar.
Inscrições para o evento devem ser feitas pela internet até 4 de novembro. 
A Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTIC (Setec) realiza o congresso ao lado das universidades federais de Lavras (Ufla), por meio do Núcleo de Estudos em Plantas Oleaginosas, Óleos Vegetais, Gorduras e Biocombustíveis (G-Óleo), e do Rio Grande do Norte (UFRN), além da RBTB, no contexto do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB).
O congresso tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), das associações Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e dos Produtores de Biodiesel do Brasil (Aprobio), das fundações de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern), da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), e da empresa Olea, incubada na Ufla e na UFRN.
Serviço Evento: 6º Congresso da Rede Brasileira de Tecnologia de Biodiesel Data: 22 a 25 de novembro de 2016 Local: Praiamar Natal Hotel & Convention Endereço: Rua Francisco Gurgel, 33, Ponta Negra Cidade: Natal (RN)
 
Fonte: MCTIC


Demanda global de energia deve atingir pico em 2050

Demanda global de energia deve atingir pico em 2050

Por Stephen Stapczynski.
A demanda mundial de energia vem crescendo a um ritmo vertiginoso desde o século 19. Isso mudará em cerca de 40 anos, segundo a Sanford C. Bernstein & Co.
A demanda atingirá o pico na década de 2050 e depois começará a perder força com a queda do consumo de energia por unidade de produto interno bruto, disseram analistas da Bernstein, incluindo Neil Beveridge, em nota de 26 de agosto. O crescimento da demanda já está diminuindo como resultado da desaceleração do crescimento populacional, da expansão econômica fraca e da mudança do crescimento liderado pela indústria para o crescimento liderado pelos serviços, disseram.
“Este será um momento seminal na história da humanidade”, disseram os analistas. “Escolher vencedores a longo prazo no futuro da energia nunca é simples, mas é fácil ver quem sairá perdendo. Não há lugar para produtores de energia com custos altos e grandes emissores de carbono no mundo que está por vir”.
O consumo de carvão provavelmente atingirá o pico em torno de 2020 e o mesmo ocorrerá com o petróleo na década de 2030, disseram os analistas. A transição para o gás natural e as energias renováveis continuará, mas a transição para as energias solar e eólica levará décadas. A pressão para frear as emissões de dióxido de carbono está se intensificando, especialmente após o Acordo de Paris, o tratado global fechado em dezembro para combater as mudanças climáticas.
Já existem sinais de estagnação do crescimento da demanda energética. O consumo energético per capita pode ter chegado ao pico, afirma a Bernstein. Contudo, a demanda global ainda poderá crescer mais 30 por cento nos próximos 40 anos antes de chegar ao pico, disseram os analistas.
“O obituário do fim da demanda energética parece prematuro”, disseram os analistas. “Ainda precisamos que a energia cresça”.

Fonte: Bloomberg Brasil

Startup quer transformar os olhos em mouse de computador


Startup quer transformar os olhos em mouse de computador






Por Jing Cao.

Primeiro veio o mouse de computador. Depois a tela de toque. Agora, o setor tecnológico está buscando uma nova interface entre os seres humanos e as máquinas — desta vez, uma que fará com que os headsets de realidade virtual se tornem tão populares quanto os computadores e os smartphones. O homem que inventou o tablet LeapPad para crianças está apostando que esse aplicativo revolucionário está na sua cara: os olhos.
A startup de Jim Marggraff, Eyefluence, desenvolveu uma tecnologia que sabe para onde as pessoas estão olhando e possibilita que elas manipulem objetos do mesmo modo em que fazemos agora ao clicar com um mouse ou tocar um ícone. Além de fomentar uma experiência mais natural e envolvente, o sistema foi elaborado para aliviar o enjoo que alguns usuários de RV (Realidade Virtual) sentem e aumentar a segurança com a varredura da íris.
Marggraff disse que a maioria das grandes fabricantes de headset demonstrou interesse em obter a licença da tecnologia de sua empresa com sede em Milpitas, na Califórnia. A Motorola Solutions, um dos principais investidores, está testando a tecnologia para equipes de emergência e vê possibilidades nas áreas de mineração e medicina. “Basicamente, você pode interagir no mundo virtual simplesmente olhando para o objeto com que quer interagir”, disse Peter Diamandis, fundador da X Prize Foundation, que assessora a Eyefluence e já viu a tecnologia.
A maioria dos headsets de RV usa algum tipo de dispositivo para a cabeça (como o controlador de um jogo) ou movimentos da cabeça para a navegação. Essas técnicas estão longe de ser ideais porque exigem muitos movimentos que se tornam cansativos, e pesos-pesados do setor, como Mark Zuckerberg, CEO do Facebook, concordam que algum tipo de tecnologia baseada no olhar é fundamental para melhorar e popularizar a tecnologia de RV. Entusiastas dos jogos também afirmam que o monitoramento do olhar melhoraria consideravelmente a experiência dos jogos porque tornaria mais fácil seguir objetos e interagir com os personagens.
Uma série de empresas, com nomes como SensoMotoric Instruments, Tobii e The Eye Tribe, já estão trabalhando com aparelhos que monitoram o olhar e que poderiam ser conectados a diversos headsets. Outra empresa, chamada Fove, afirma que em breve terá o primeiro headset com uma versão desta tecnologia. Mas a maioria se limita à varredura da íris para fins de segurança e ao reconhecimento de para onde o usuário está olhando — apontando, mas não clicando.
A Eyefluence dá um passo além, não apenas usando os olhos como um cursor, mas possibilitando que eles selecionem, aproximem ou girem — coisas que atualmente são possíveis ao dar um ou dois cliques com o mouse ou ao tocar e arrastar o dedo em uma tela de toque. Os olhos são os órgãos que mais rapidamente se movem, capazes de se deslocar 900 graus por segundo, o que significa que o software de interface da Eyefluence permitirá dizer ao computador o que fazer com muito mais rapidez. Esta tecnologia resume dois ou até três passos do processo em apenas um: por exemplo, de olhar para um objeto, mover a mão e tocá-lo ou clicá-lo para simplesmente olhar. “Parece algo quase mágico, como se o sistema soubesse o que você quer antes de você informar isso ao sistema”, disse Diamandis. “É praticamente como se ele lesse sua mente”.

Fonte: Blomberg Brasil