sexta-feira, 29 de abril de 2016

A revolucionária descoberta no rio Amazonas

A revolucionária descoberta no rio Amazonas

Cientistas anunciam que na foz do rio há um recife de coral "gigantesco", maior que as áreas metropolitanas do Rio e de São Paulo. Revelação quebra paradigma vigente e pode ajudar a estudar ecossistemas semelhantes.
A água doce do rio Amazonas, repleta de sedimentos, desemboca no Oceano Atlântico. Até agora, acreditava-se que a pouca luminosidade e o baixo nível de oxigênio, assim como a elevada acidez do rio, resultavam numa espécie de ruptura nos recifes de corais que ocupam a costa do continente americano. Mas uma equipe de cientistas acaba de revolucionar essa crença.
Pesquisadores americanos e brasileiros revelaram a existência de um recife de coral com cerca de mil quilômetros de extensão na foz do rio Amazonas, entre a fronteira da Guiana Francesa e o estado do Maranhão.
"Esta é a primeira vez que um recife foi descoberto em tais condições", disse Fabiano Thompson, um dos cientistas da equipe. "Consta nos livros que é impossível haver recifes em áreas desse tipo, que recifes não se formam na foz de grandes rios, como o Amazonas e o Ganges, por causa das águas ácidas e repletas de sedimentos."
Rico ecossistema
No recife do Amazonas, os pesquisadores identificaram 61 diferentes tipos de esponjas – incluindo três novas espécies – e 73 espécies de peixes, assim como lagostas e ofiuroides. Devido à baixa luminosidade, o recife contém poucos corais, sendo dominado pela esponjas e por um tipo de alga marinha de aparência semelhante à dos corais.
Diferentemente dos recifes de coral tropicais, o do Amazonas depende menos da fotossíntese de mais da quimiossíntese – processo bioquímico e microbiano que produz matéria orgânica a partir de minerais, e não da luz.
Grande Barreira de Corais australiana Cientistas acreditam que recife do Amazonas seja mais resistente à acidez que a Grande Barreira de Corais australiana (foto)
"A fotossínteses não desempenha um papel importante na base da cadeia alimentar. É uma quebra de paradigma encontrar um recife baseado na quimiossíntese", disse Thompson à DW. Segundo o pesquisador, recifes semelhantes podem estar "escondidos em muitos lugares do mundo".
O recife do Amazonas fica na plataforma continental, a cerca de 80 quilômetros da costa, numa profundidade de até 120 metros – mais fundo do que recifes de coral costumam ocorrer.
Peixes e esponjas associados a corais foram registrados na área pela primeira vez em 1977, e em 1999, corais foram encontrados no extremo sul da foz do rio. Mas esta é a primeira vez que o recife, descrito por Thompson como "gigantesco", foi confirmado e mapeado.
"Havia uma pequena evidência nos estudos de 1977 e 1999. Mas isso não garantia a existência do recife e que ele era funcional. O recife está totalmente vivo, abrigando grande quantidade de peixes e lagostas", diz o cientista.
Exemplo útil
Thompson e sua equipe acreditam que estudar o recife poderia fornecer insights sobre como ecossistemas de corais lidam com condições não ideais, com implicações para outros corais mundo afora, que enfrentam pressão crescente das mudanças climáticas e da acidificação dos mares.
Na semana passada, cientistas australianos relataram que 93% da Grande Barreira de Coral – o maior sistema de recifes do mundo – foi afetado pelo processo de branqueamento, que ocorre como resultado da elevação da temperatura dos mares.
Segundo Thompson, pode ser que recifes profundos sob condições marginais, como o do Amazonas, sejam mais resistentes à acidificação que recifes de coral tropicais.
No entanto, o próprio recife amazônico pode estar em risco diante de uma ameaça ainda mais imediata que o aquecimento global: a prospecção de petróleo. Num artigo publicado na revista Science Advances, os cientistas apontam que 125 blocos petrolíferos foram oferecidos para perfuração ao longo da plataforma amazônica. Desses, 20 "em breve estarão produzindo petróleo próximo do recife de coral".
Portanto, seriam necessários estudos mais abrangentes sobre a biodiversidade da área. "Atividades industriais de larga escala desse tipo representam um grande desafio ambiental. Empresas deveriam catalisar uma avaliação socioecológica mais completa sobre o sistema [de recifes]", escreveram os pesquisadores.
Até agora, os cientistas mapearam mil quilômetros quadrados – cerca de um nono da área total do recife, que é maior do que as regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Fonte: DW

Quase 70% do mundo possui internet sem franquia, aponta ONU

Quase 70% do mundo possui internet sem franquia, aponta ONU

Criado em 29/04/16 12h25 e atualizado em 29/04/16 12h49
Por Leyberson Pedrosa Fonte:Portal EBC
Em meio à polêmica sobre a intenção de algumas operadoras de telecomunicações brasileiras limitarem os dados na banda larga fixa, o Portal EBC apurou qual é o principal modelo - com franquia ou limitado - ofertado em todo o mundo.

De 190 países monitorados pela União Internacional de Telecomunicações (UIT), 130 deles oferecem prioritariamente planos de banda larga fixa com internet ilimitada. Ou seja, 68% optaram por modelos sem franquia. A UIT é o organismo internacional das Nações Unidas (ONU) responsável por criar padrões e recomendações globais sobre as tecnologias de informação e comunicação (TICs). 

No final de cada ano, a organização publica o Relatório “Medição da Sociedade da Informação” (Misr), que traz dados atualizados sobre as telecomunicações e divulga o ranking de países de acordo com o seu nível de acesso às TICs, conhecido como Índice de Desenvolvimento das TICs (IDI). 

O último relatório - publicado em novembro de 2015 - mostra que a Coreia do Sul continua na liderança de países melhor avaliados, seguidos da Dinamarca e Islândia. O Brasil está apenas na 61º posição, bem distante dos Estados Unidos (15º), que possui um dos modelos mais competitivos do mundo. Na frente do Brasil, encontram-se também três países sul-americanos: Uruguai (49º), Argentina (52º) e Chile (55º). 
indíce de desenvolvimento das tics
O relatório destaca a grande ascensão do serviço móvel de celular, que chega a mais de 7,1 milhões de inscrições em todo o mundo. Enquanto isso, a adesão à internet cabeada aumenta lentamente. Atualmente, há 800 milhões de inscritos com banda larga fixa.
"Antes mesmo do comparativo com outros países, nós precisamos observar que o Marco Civil da Internet não permite que serviços essenciais sejam interrompidos no Brasil", explica Flávia Lefèvre, conselheira do Terceiro Setor do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI) e representante da Associação de Consumidores Proteste.
Em 2014, o Congresso Brasileiro aprovou a lei Lei nº 12.965, conhecida como Marco Civil da Internet, que classifica a internet como serviço essencial aos brasileiros. Dessa forma, explica Lefèvre, o seu bloqueio é ilegal no Brasil. "Hoje, se você é um adovgado e precisa de protocolos oficiais, só consegue tirar certidões pela internet. Para fazer um curso à distância, a mesma coisa. Por isso, a internet é um serviço essencial", reforça.

Sobre a possibilidade de as empresas limitarem a velocidade após o uso da franquia, Flávia não considera a medida ilegal desde que respeitem um patamar mínimo de velocidade capaz de suprir os serviços públicos essenciais. Em 2011, o Plano Nacional de Banda Larga determinou que a Anatel colocasse um parâmetro mínimo de qualidade da internet, que se resulta hoje na internet popular com velocidade mínima de 1 Mbps, voltada para assinantes de baixa renda. Na visão da conselheira, esse é o único parâmetro mais claro do que seria essa velocidade mínima. "E olha, se você considerar o que é o mínimo para a UIT, esse número seria de, pelo menos, 2 Mpbs", compara.

A Telefônica, responsável pelos serviços da Vivo, e a Claro, responsável pela Net, foram procuradas por oferecem em seus planos atuais a possibilidade de limitar ou bloquear a velocidade após o vencimento da franquia. Contudo, até o fechamento dessa reportagem, somente a Telefônica respondeu dizendo apenas que "a Vivo cumpre todas as determinações legais e regulatórias existentes. Além disso, nunca aplicou bloqueio ou redução de velocidade no serviço de banda larga fixa", apesar de prever essa possibilidade em contrato. 

Franquias no Brasil são insuficientes para consumo multimídia

No dia 18 de abril, o diretor da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, chegou a dizer que “a questão da propaganda, do ilimitado acabou de alguma maneira desacostumando os usuários. Foi uma má educação ao consumo que as empresas fizeram ao longo do tempo”. Contudo, no dia 22 de abril, a Anatel voltou atrás e proibiu que as operadoras brasileiras ofereçam planos com franquia por tempo indeterminado até que a questão seja analisada “com base nas manifestações recebidas pelo órgão”. 

A polêmica sobre a implementação de franquias mobilizou internautas brasileiros que criaram a campanha #InternetJusta, com petições onlines e duras críticas ao modelo de franquia - que já funcionam no serviço de internet móvel 3G e 4G. Durante o debate, Estados Unidos, Reino Unido, Japão e Espanha foram citados como exemplos países que aplicam o modelo que limite o pacote de dados por mês. Contudo, essa não é a regra preferencial da maioria dos países, que possui, por exemplo, China, Singapura, Canadá, Alemanha como uns dos optantes pelo modelo ilimitado, conforme o relatório da UIT. (Confira a lista completa dos países clicando sobre a imagem abaixo)
Para a UIT, os Estados Unidos, na verdade, entra na conta dos países com planos ilimitados pois possui uma grande concorrência que oferece os dois modelos de acesso. A competição norte-americana se reflete em fóruns na web. Para se ter ideia, em 2011, o usuário "KwayZee" perguntou no fórum bodybuilding.com se o plano com 50 GB/mês seria uma quantidade decente. "Eu faço um monte de streamins de Netflix e preciso de uma quantidade decente para jogar".
Como resposta, outros participantes do fórum comentaram que a franquia era insignifcante para o seu objetivo. O usuário Desice chegou a brincar com a situação: "você poderá ter uma vida difícil somente vendo vídeos em 240p e 360p [baixas resoluções] no youtube... e menos internet significará mais academia? Obrigado, Deus, pela minha banda larga imilitada", completa.

Outros usuários contaram suas experiências com franquias que nunca reduziram a velocidade após a estourar o limite e recomendaram, sempre que possível, rede ilimitada. 

Como comparativo com o caso brasileiro, o plano de 1 Mbps da empresa Net possui atualmente franquia de 20 gb por mês. Considerando que um filme em HD da Netflix consuma 3GB por hora*, o assinante conseguiria ver apenas 6 filmes em alta definição por mês - isso se ele não gastar a franquia com outras atividades como navegar no Facebook ou fazer uma videoconferência. Depois de estourar o limite, o contrato da Net informa que a empresa poderá reduzir a velocidade do usuário.

No caso da empresa Vivo (que adquiriu recentemente a GVT) um plano de 4 Mbps promete franquia de 50GB, o suficiente para ouvir 13 dias seguidos de música ou rádio web (150 MB por hora) ou, então, baixar apenas um game que possui em média 50 GB.

Depois de estourar o limite, o contrato da Vivo informa que poderá reduzir a velocidade ou, até mesmo, bloquear a internet a critério exclusivo da empresa.

As empresas OI e TIM informam em seus contratos que, promocionalmente, que seus planos são ilimitados. 
*O consumo de dados por tipo de atividade foi calculado de acordo com as informações da consultoria Teleco.

Fonte: EBC

quinta-feira, 28 de abril de 2016

China cria robô-segurança que pode eletrocutar pessoas em caso de tumulto

China cria robô-segurança que pode eletrocutar pessoas em caso de tumulto


Os pesquisadores da Universidade de Defesa Nacional da China tiveram uma ideia que não tem como dar errado: um robô chamado AnBot, criado para manter a segurança. O “robocop” é descrito como o primeiro segurança inteligente do país, que conta com um botão de emergência, navegação autônoma e câmeras, que permitem que ele aja sozinho em muitos casos.

O mais interessante (e assustador) do robô, no entanto, é o fato de que ele também tem um sistema de controle de tumultos, que permite eletrocutar indivíduos que não cumpram as ordens do robô. Exato: desobedeça a máquina e receba um disparo de taser no peito.

O robô pesa 77 kg e mede cerca de 1,5 metro e consegue se manter operando por oito horas com apenas uma recarga. Todos os sensores foram criados para replicar o funcionamento do cérebro humano, e dos olhos e ouvidos também, com a análise de vídeo permitindo entender o que acontece nos entornos, possibilitando a movimentação e a realização de ações de forma autônoma.

O AnBot se locomove em velocidade máxima próximas dos 18 km/h, o que significa que o robô é capaz de manter o ritmo de uma pessoa que esteja correndo. No entanto, a velocidade de locomoção normal é próxima de 1 km/h.

O robô chamou a atenção da internet que comentou não apenas sobre o perigo de uma proposta do tipo, mas também, como é de praxe, fez comentários sarcásticos. Até mesmo Edward Snowden comentou ironicamente que “com certeza isso vai acabar bem”. As comparações com os Daleks, os vilões do seriado “Doctor Who”, também foram inevitáveis.

Via Digital Trends

Fonte: OlharDigital

Luvas traduzem linguagem de sinais em tempo real

Luvas traduzem linguagem de sinais em tempo real

Helô D'Angelo, da Superinteressante
 Reprodução/ Youtube
Luvas que traduzem linguagem de sinais
Luvas que traduzem linguagem de sinais: os dados colhidos ali são enviados, via Bluetooth, para um computador, que analisa os sinais a partir de uma base de dados
 
A inclusão social tem sido turbinada pela tecnologia. Este ano, por exemplo, o Facebook disponibilizou uma função que descreve fotos para cegos, e rolou um workshop para ajudar crianças a criar próteses usando impressoras 3D.

Agora, chegou a vez de pessoas com dificuldades auditivas ou de fala, que usam a linguagem de sinais para a comunicação.

Com as luvas SignAloud, os sinais são reconhecidos e traduzidos automaticamente em linguagem falada e escrita- e em tempo real, como qualquer outro tradutor online. 

O projeto SignAloud - que pode ser traduzido como "sinais em volume alto" - tem um funcionamento simples: as luvas têm sensores de movimento supersensíveis, que captam os diferentes gestos realizados pela pessoa.

Os dados colhidos ali são enviados, via Bluetooth, para um computador, que analisa os sinais a partir de uma base de dados.

Quando a máquina encontra um sinal correspondente, ela o traduz em palavras, que aparecem na tela e são "faladas" pelo computador, em uma velocidade parecida com a de uma conversa normal.

Além de úteis, as luvas são práticas, discretas, e confortáveis, e podem ser usadas no dia a dia sem parecerem uma roupa robótica esquisita.  

As SignAloud foram criadas pelos estudantes Navid Azodi e Thomas Pryor, da Universidade de Washington, que usaram o tempo livre entre as aulas e os equipamentos fornecidos pela própria faculdade para levar o projeto adiante.

O esforço foi recompensado: eles ficaram em primeiro lugar no prêmio Lemelson, do MIT, que premia as melhores invenções tecnológicas de jovens dos Estados Unidos. Azodi e Pryor receberam US$ 10 mil para aperfeiçoar o projeto - e mais 15 mil cada. 

O dinheiro, dizem os dois, será usado para adaptar as luvas para outras linguagens de sinais do mundo, já que o protótipo que rendeu o Lemelson aos estudantes só funciona para a linguagem de sinais americana, a ASL, e cada país tem a sua linguagem correspondente - a do Brasil, por exemplo, se chama Libras (Linguagem Brasileira de Sinais).

Os jovens também pretendem melhorar a base de dados, diminuindo erros de contexto - você sabe, como aqueles que acontecem quando o Google traduz uma frase literalmente e o significado fica esquisito.

Outra ideia é que as SignAloud possam ser usadas em hospitais, para monitorar movimentos de pacientes que sofreram derrame ou algum acidente que prejudique os movimentos.
Assista os dois testando as luvas:

Fonte: EXAME

Biossensor detecta moléculas ligadas a câncer e mais doenças

Biossensor detecta moléculas ligadas a câncer e mais doenças

Diego Freire, da AGÊNCIA FAPESP
 
Reprodução
Biossensor portátil e de baixo custo foi desenvolvido por pesquisadores do Laboratório Nacional de Nanotecnologia
Biossensor portátil e de baixo custo desenvolvido por pesquisadores do Laboratório Nacional de Nanotecnologia: trata-se de um dispositivo eletrônico manufaturado
 
Um biossensor desenvolvido por pesquisadores do Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), em Campinas, mostrou-se capaz de detectar moléculas relacionadas a doenças neurodegenerativas e alguns tipos de câncer.

Trata-se de um dispositivo eletrônico manufaturado sobre uma plataforma de vidro.

Nele, um transistor é formado por uma camada orgânica em escala nanométrica, contendo o peptídeo glutationa reduzida (GSH), que reage de maneira específica quando em contato com a enzima glutationa S-transferase (GST), relacionada a doenças como Parkinson, Alzheimer e câncer de mama, entre outras.

A reação GSH-GST é detectada pelo transistor e pode ser utilizada no diagnóstico.
O biossensor foi desenvolvido no âmbito do Projeto Temático "Desenvolvimento de novos materiais estratégicos para dispositivos analíticos integrados", realizado com o apoio da FAPESP, que reúne pesquisadores de diferentes áreas do conhecimento em torno da tecnologia dos dispositivos point of care, sistemas de teste simples executados junto ao paciente.

“Utilizando plataformas como esta, doenças complexas poderão ser diagnosticadas de forma rápida, segura e relativamente barata, uma vez que a tecnologia utiliza sistemas em escala nanométrica para identificar as moléculas de interesse no material analisado”, explica Carlos Cesar Bof Bufon, coordenador do Laboratório de Dispositivos e Sistemas 

Funcionais (DSF) do LNNano e pesquisador associado ao projeto coordenado pelo professor Lauro Kubota, do Instituto de Química da Unicamp. 

Além da portabilidade e do baixo custo, Bufon destaca como vantagem do biossensor em escala nanométrica a sensibilidade com que o dispositivo detecta as moléculas.

“Pela primeira vez a tecnologia de um transistor orgânico é utilizada para detecção do par GSH-GST, visando diagnosticar doenças degenerativas, por exemplo. Isso possibilitará a detecção de tais moléculas mesmo presentes em baixas concentrações no material examinado, uma vez que as reações são detectadas em escala nanométrica, ou seja, de milionésimos de milímetros.”

O sistema pode ser adaptado para detecção de outras substâncias, como moléculas relacionadas a diferentes doenças e elementos presentes em material contaminado, entre outras aplicações.

Para isso, alteram-se as moléculas incorporadas no sensor, que reagirão na presença dos componentes químicos que são alvo de análise no ensaio, chamados de analitos.

“O DSF do LNNano tem desenvolvido uma variedade de plataformas para sensoriamento químico, físico e biológico voltadas a setores estratégicos nacionais e internacionais, incluindo saúde, meio ambiente e energia”, diz Bufon.

O objetivo, conta o pesquisador, é “ter em mãos uma série de soluções em dispositivos point of care para responder com agilidade a uma série de demandas”. Por exemplo, surtos de doenças ou análise de analitos contaminantes, como o chumbo e toxinas em amostras de água.

A pesquisa que levou ao desenvolvimento do biossensor para detecção de moléculas relacionadas a doenças neurodegenerativas e a alguns tipos de câncer foi relatada no artigo Water-gated phthalocyanine transistors: Operation and transduction of the peptide–enzyme interaction, publicado na revista Organic Electronics, e está disponível no endereço em www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1566119916300416.

O trabalho é de autoria dos pesquisadores Rafael Furlan de Oliveira, Leandro das Mercês Silva e Tatiana Parra Vello, sob a coordenação de Bufon, todos do DSF do LNNano.
 
Do vidro ao papel
Com o objetivo de reduzir ainda mais os custos, melhorar a portabilidade dos biossensores desenvolvidos e facilitar seu processo de manufatura e descarte, o grupo vem trabalhando em sistemas de detecção de substâncias em plataformas de papel.

“O papel, enquanto plataforma para a fabricação de dispositivos analíticos, apresenta uma série de vantagens por se tratar de um polímero natural, amplamente disponível em todo o mundo, leve, biodegradável, portátil e dobrável”, diz Bufon.

O desafio é converter um material isolante, caso do papel, em condutor. Para isso, o pesquisador desenvolveu uma técnica que possibilita impregnar nas fibras de celulose polímeros com propriedades condutoras, tornando-o capaz de conduzir eletricidade e transmitir informações de um ponto a outro e permitindo atribuir a ele a função de um sistema para sensoriamento.

“A técnica é baseada na síntese in situ de polímeros condutores. Para que esses polímeros não fiquem retidos na superfície do papel, é necessário que eles sejam sintetizados dentro dos poros da fibra de celulose e entre eles.

Para isso, o processo é feito por meio de uma rota de polimerização química a vapor: um agente oxidante líquido é incorporado ao papel, que, em seguida, é exposto aos monômeros (pequenas moléculas capazes de se ligarem a outras) na fase de vapor.

Ao evaporarem sob o papel, os monômeros entram na fibra em escala submicrométrica, 
penetrando entre os poros, onde encontram o agente oxidante e iniciam o processo de polimerização ali mesmo, impregnando todo o material”, explica.

Ainda de acordo com o pesquisador, “é como tentar encher uma sala com balões; se eles não passam pela porta cheios de ar, uma alternativa é enchê-los lá dentro”.

Uma vez impregnado pelos polímeros, o papel passa a ter as propriedades condutoras deles.

Essa condutividade pode ser ajustada dependendo da aplicação que se queira dar ao papel, manipulando-se o elemento que é incorporado à fibra de celulose.

Dessa forma, o dispositivo pode ser condutor de corrente elétrica, levando-a de um ponto a outro sem grandes perdas (imagine antenas de papel, por exemplo), ou semicondutor, interagindo com moléculas específicas e funcionando como sensor físico, químico ou eletroquímico.

Fonte: EXAME

Biski, veículo anfíbio que mistura moto e jet ski

Biski, veículo anfíbio que mistura moto e jet ski
Por Igor Lopes RSS | em 28.04.2016 às 11h22 
A ideia de um veículo anfíbio deixou de ser algo saído diretamente dos laboratórios de Q, o cientista-inventor e parceiro do agente 007. A Gibbs Sports está lançando o Biski, que você pode não compreender pelo nome, mas é basicamente uma mistura de motocicleta com jet ski capaz de andar com autonomia pelo asfalto e pela água.

Vídeo aqui

Fonte: Canaltech


SpaceX quer primeira missão a Marte em 2018

SpaceX quer primeira missão a Marte em 2018


Quarta-feira, 27 de abril de 2016 19:08 BRT



CABO CANAVERAL, Estados Unidos (Reuters) - A SpaceX planeja enviar uma nave não tripulada a Marte em 2018, afirmou a companhia de exploração espacial nesta quarta-feira, em um primeiro passo para cumprir o objetivo de seu fundador bilionário, Elon Musk, de levar pessoas para outro planeta.
O programa, conhecido como Red Dragon, tem como objetivo desenvolver tecnologias necessárias para o transporte de seres humanos para Marte, uma meta de longo prazo da SpaceX e da agência espacial norte-americana, a Nasa.
"A (nave) Dragon 2 é projetada para ser capaz de pousar em qualquer lugar do Sistema Solar", disse Musk no Twitter. "O programa Red Dragon a Marte é o primeiro teste de voo."
O anúncio marcou a primeira vez que a SpaceX definiu uma data para a missão não tripulada a Marte, afirmou a porta-voz da companhia Emily Shanklin, em nota à Reuters.
A companhia informou que vai fornecer detalhes do programa para Marte durante o Congresso Internacional de Astronáutica, em setembro.
Musk fundou a SpaceX em 2002 com objetivo de reduzir os custos de lançamento para permitir que a uma viagem à Marte seja acessível. A SpaceX pretende lançar seu foguete Mars antes do final do ano.
(Por Irene Klotz)

Acordo do Clima vai impactar o modo de fazer negócios

Acordo do Clima vai impactar o modo de fazer negócios

Brasil assinou o acordo durante o COP 21 em Paris
A ratificação pela presidente Dilma Rousseff do Acordo do Clima, que aconteceu, na sede da ONU, em Nova York, é um marco histórico sem precedentes
 
A ratificação pela presidente Dilma Rousseff do Acordo do Clima, que aconteceu, na sede da ONU, em Nova York, é um marco histórico sem precedentes nacoesunidas.org/cop21/
Na última sexta-feira (22), mais de 150 países assinaram um acordo histórico sobre mudanças climáticas e a questão da sustentabilidade do planeta.  Sobre o assunto o Repórter Rio desta segunda-feira conversou com a presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para Desenvolvimento Sustentável e economista, Marina Grossi. Ela fala sobre  uma atuação positiva nesse cenário de mudanças climáticas que pode trazer grandes modificações para nossa economia com muito mais responsabilidade social e o Brasil com grande potencial para avançar em várias políticas.


Fonte: EBC

Especialista avalia ratificação do acordo do clima

Especialista avalia ratificação do acordo do clima

A assinatura do acordo é considerado um marco histórico
COP 21
COP 21 planeta / Flickr / CC

Assinado neste fim de semana, na sede da ONU, em Nova York, a ratificação do acordo do clima é considerado um marco histórico na avaliação da presidente do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), Marina Grossi. A economista explicou durante entrevista para o Revista Brasil, que empresas e governos não podem mais ignorar a responsabilidade e afirmar compromissos nas questões climáticas.

Fonte: EBC

Museu do Amanhã expõe inventos de Santos Dumont

Museu do Amanhã expõe inventos de Santos Dumont

Nanna Pôssa
 
27/04/2016 - 20h06 Rio de Janeiro

Exposição no Museu do Amanhã tem como tema o pai da aviação.  A trajetória do mineiro que se dedicou à ciência e à tecnologia inspirado pela arte é contada em linguagem audiovisual e interativa, além de ter  protótipos de suas principais criações e réplicas em tamanho real do avião Demoiselle e do pioneiro 14 Bis.

O cenógrafo que assina a curadoria da exposição, Grinco Cardia, diz que foram escolhidos os sete principais inventos de Santos Dumont.

A exposição Poeta Voador, Santos Dumont fica em cartaz até 30 de outubro e pode ser visitada de terça-feira a domingo, das 10h às 18h. Os ingressos custam R$ 10 e R$ 5 a meia-entrada. As terças-feiras a visitação é gratuita.

Fonte: EBC

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Pint of Science: cientistas vão invadir restaurantes, cafés e bares

Pint of Science: cientistas vão invadir restaurantes, cafés e bares


 
O evento, que acontece entre os dias 23 e 25 de maio, tem com objetivo tirar cientista das universidades e levá-los para as ruas





Pint of Science, evento que leva pesquisadores para junto da população
Pint of Science, evento que leva pesquisadores para junto da população Divulgação / facebook
Com o objetivo de tirar os cientistas dos laboratórios e das universidades e levá-los para as ruas em ambientes comuns, o evento Pint of Science acontecerá simultaneamente em 12 países e mobilizará 7 cidades brasileiras nos dias 23, 24 e 25 de maio. O Brasil é o único país da América Latina a participar da iniciativa.

Os cientistas vão invadir restaurantes, cafés e bares das cidades de Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Dourados (MS), Ribeirão Preto (SP), Rio de Janeiro (RJ), São Carlos (SP) e São Paulo (SP).

A coordenadora nacional do evento Pint o Science, Nathália Pasternak, conversou nesta terça-feira (26) com o apresentador do programa Revista Brasil, Valter Lima, e falou sobre o que está sendo planejado para esses dias.


Fonte: EBC

terça-feira, 26 de abril de 2016

Nasa está trabalhando em uma nova geração de 'aviões verdes'

Nasa está trabalhando em uma nova geração de 'aviões verdes'

Juliana Américo 25/04/2016 17h30


A Nasa anunciou o lançamento de seu novo projeto. O "New Horizons Aviation" tem o objetivo de criar uma nova geração de aeronaves comerciais alimentadas por uma energia mais verde que a utilizada hoje em dia.
Através de uma série de investimentos em pesquisa e inovação, a Nasa espera identificar novas tecnologias que possam empurrar a indústria de aviação comercial para a frente. A expectativa é conseguir fazer aviões mais silenciosos, rápidos, limpos e eficiente em combustível.
"O programa de pesquisa de voo da Nasa está a caminho de uma Era excitante na pesquisa da aviação”, afirma Jim Banke, diretor responsável pelo projeto.
Há mais de 100 anos, a NASA usou aviões experimentais para avançar na tecnologia de aviação. Através de fundos governamentais, a agência reduziu a carga de pesquisa e desenvolvimento de empresas privadas e encurtou o tempo que leva para comercializar novas tecnologias de aviação.
Originalmente conhecido como XS-planes e, mais tarde, encurtado para X, os X-planes são uma família de aeronaves experimentais destinadas exclusivamente à pesquisa. Mais de 56 conceitos dos aviões foram criados e representam alguns dos maiores avanços na área que a Nasa tem feito ao longo dos anos.
Via TechCrunch

Fonte: OlharDigital

Brasil Mais TI tem curso grátis de gestão de riscos em TI

Brasil Mais TI tem curso grátis de gestão de riscos em TI

Redação Olhar Digital 25/04/2016 18h25


A plataforma de ensino à distância Brasil Mais TI ganha nesta semana mais um curso: gestão de riscos em TI. O curso, que tem carga horária de 40 horas, foi desenvolvido pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e está dividido em 10 capítulos.
Entre os temas abordados estão introdução à gestão de riscos; identificação e avaliação das ameaças; vulnerabilidades e consequências, tratamento, comunicação e monitoramento dos riscos. Há aulas exemplificadas e com todo o conteúdo em português.
Quem desejar participar do curso deve ter um reprodutor de mídia digital instalado, um computador com Internet 6.0, navegadores Google Chrome ou Mozila Firefox i, Adobe Reader 7 ou superior, Flash Player 7 ou superior e banda mínima de 64 kbps.
Para se inscrever no curso clique aqui.

Fonte: OlharDigital

Estudantes criam vaso de planta que recarrega celular; veja

Estudantes criam vaso de planta que recarrega celular; veja



Vanessa Barbosa, de EXAME.com

Reprodução/ Youtube
Protótipo Bioo, vaso de planta que recarrega o celular
Protótipo: segundo seus criadores, vaso permite de duas a três cargas completas todos os dias, durante cinco anos.



São Paulo - Em um mundo cada vez mais conectado a aparelhos eletrônicos, a pressão sobre os recursos energéticos só aumenta. Então que tal ter em casa uma pequena usina de energia para recarregar seus dispositivos tecnológicos?
Foi pensando nisso que três estudantes de engenharia da Universidade Autônoma de Barcelona e da Ramón Llull desenvolveram a Bioo Lite, um vaso de planta capaz de recarregar o celular.
O projeto inusitado baseia-se numa bateria biológica contendo microorganismos capazes de quebrar os elementos biológicos “residuais” (metabólitos) gerados pela fotossíntese da planta e transformá-los em energia.
Instalada no fundo do vaso, a bateria é ativada quando entra em contato com a água e a solução orgânica residual. A energia gerada é armazenada em um circuito eletrônico.
Para conectar o aparelho, basta utilizar a entrada USB camuflada em forma de pedra dentro do vaso. Segundo seus criadores, o vaso pode proporcionar de duas a três cargas completas todos os dias, durante cinco anos. 
Por meio da recém-criada startup Arkyne Technologies, os estudantes lançaram um protótipo do produto e, para viabilizá-lo comercialmente, começaram em abril uma campanha no site de financiamento coletivo Indiegogo. A um mês do final da campanha, a empreitada já ultrapassou a casa de 30 mil euros, o dobro da meta desejada.
Se a ideia parece ambiciosa, saiba que os estudantes querem ampliar o projeto, com a criação de sistemas para uso em um jardim inteiro, a fim de gerar energia para outros usos domésticos. 
Veja no vídeo abaixo detalhes do funcionamento da tecnologia: 



Fonte: EXAME

Bateria dura 400 vezes mais e cientistas não sabem o porquê

Bateria dura 400 vezes mais e cientistas não sabem o porquê


Ana Carolina Leonardi, da Superinteressante
Thinkstock
Celulares carregando
Celulares carregando: por enquanto, a tecnologia ainda está longe de se tornar uma bateria funcional


Um grupo de pesquisadores da Universidade da Califórnia em Irvine criou uma bateria com uma vida útil 400 vezes maior do que as usadas normalmente em smartphones.
Mas não era isso que eles estavam tentando fazer - e nem sabem exatamente o que aumentou tanto o desempenho da nova criação.
A maior parte dos nossos celulares e laptops usa baterias de íon de lítio - ela é adotada em todos os produtos da Apple, por exemplo.
Ela pode ser carregada, em média, 500 vezes (um ciclo completo é contado quando a bateria fica zerada).
Depois disso, o lítio começa a corroer a estrutura interna, o desempenho vai caindo aos poucos e ela precisa ser substituída.
Essas baterias e pilhas que usamos no dia a dia tem líquidos no interior.
Sabe bem disso quem já guardou uma pilha por tempo demais e encontrou uma gosma escura vazando dela.
Por serem líquidas, elas pegam fogo com facilidade e são muito afetadas por mudanças de temperatura.

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Bateria criada na Universidade da Califórnia
Doutoranda Mya Le Thai, da Universidade da Califórnia, mostra novo material que pode ser carregado 200 mil vezes:
Por causa disso, os cientistas de Irvine queriam desenvolver uma bateria quase sólida, que usasse gel ao invés de líquido. O grupo usou nanocabos de ouro para armazenar a eletricidade, revestidos de óxido de magnésio e protegidos por uma camada do gel eletrolítico.
Depois, eles decidiram testar a resistência do conjunto para ver quantas vezes a bateria poderia ser carregada sem se desgastar.
Os nanocabos são muito frágeis e, em experimentos anteriores, eles ficavam completamente destruídos depois de cerca de cinco mil ciclos de carregamento.
Mas, nos testes mais recentes, o resultado foi outro. Eles puderam ser carregados 200 mil vezes seguidas sem perda de desempenho ou corrosão.
Os cientistas ainda não conseguiram explicar como foi que o material se tornou tão resistente, mas acreditam que o efeito protetor do gel foi essencial para evitar a destruição dos cabos.
Por enquanto, a tecnologia ainda está longe de se tornar uma bateria funcional.
A preocupação dos cientistas foi manter um ciclo contínuo de carregamento para ver o quão resistente e durável era a nova tecnologia.
Falta, por exemplo, ver como o conjunto funcionaria ao ter que transmitir essa eletricidade para um outro equipamento.
Outra dificuldade para a adoção comercial da tecnologia é que ela utiliza pequenos pedaços de ouro - e isso encarece bastante o processo de produção.
Mas, com o aperfeiçoamento da nova criação, o ouro pode ser substituído por materiais mais baratos mas que cumpririam a mesma função, como o níquel.
Enquanto isso, vale aprender a aumentar a vida útil da sua bateria para ela não te deixar na mão.

Fonte: EXAME