terça-feira, 20 de outubro de 2020

Webinar Base de Dados Compendex - Elsevier

Webinar Base de Dados Compendex - Elsevier


Como fazer uma Revisão Bibliográfica Ampla e Completa nas Engenharias
Descrição: Introdução ao recurso de informação - conteúdo e ferramentas
Dia: 29 de outubro de 2020
Hora: 15h-15h45min
Registro: https://elsevier.zoom.us/webinar/register/WN_K6hhz1EUSw2fkrCC-eiMwQ
Público alvo : Ciências Exatas / Engenharias (professores, alunos , pesquisadores , equipe das bibliotecas)
Agenda
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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Robôs de ultravioleta são a nova arma contra o coronavírus

Robôs de ultravioleta são a nova arma contra o coronavírus

Máquinas a serem distribuídas pela Comissão Europeia usam radiações para esterilizar automaticamente os ambientes hospitalares

ORIOL GÜELL
Barcelona - 13 OCT 2020 - 12:17 BRT

O robô ultravioleta CLZ18-Produkt-45.SANDRA GÄTKE

A Comissão Europeia se prepara para distribuir em hospitais do continente os chamados “robôs esterilizadores”, aparelhos que conjugam duas tecnologias bem conhecidas —a radiação ultravioleta e a robótica— em um novo uso com enorme potencial em tempos de pandemia: a esterilização sem intervenção humana de espaços com risco de estarem contaminados pelo coronavírus.

“Os robôs ajudam a limitar a propagação do vírus enquanto protegem o pessoal sanitário e os pacientes, resguardando os trabalhadores da limpeza dos riscos associados ao processo de desinfecção”, determinou o Comitê de Segurança Sanitária da Comissão Europeia (Poder Executivo da União Europeia) na sua reunião de 24 de setembro, cuja ata foi publicada nesta segunda-feira. Esses aparelhos são capazes de eliminar 99,99% dos agentes patogênicos presentes em um espaço fechado.

O interesse da UE em impulsionar esse projeto fica claro pelo fato de este ter sido o primeiro item da pauta da reunião. As máquinas esterilizadoras “já foram utilizadas com sucesso em hospitais da Europa e do mundo”, respondeu por escrito a comissão nesta segunda. “Podem ajudar os centros a cumprirem as exigências de esterilização de forma eficiente”, acrescentou.

Os primeiros robôs esterilizadores incluídos no plano foram desenvolvidos pela empresa dinamarquesa Blue Ocean Robotics em colaboração com hospitais da região de Odense. Dentro da estrutura da UE, seu uso foi promovido pela Direção Geral para a Sociedade da Informação —que tem entre suas atribuições a de apoiar a indústria europeia na nova era da digitalização. Em 23 de julho, a Direção Geral de Saúde do bloco lançou o plano-piloto, que prevê “adquirir 200 robôs para doá-los a hospitais europeus”, segundo a ata. Existem mais de 5.000 hospitais na UE e no Reino Unido— que continua participando destes programas da UE apesar de ter deixado o bloco, e 500 deles manifestaram seu interesse em um primeiro levantamento, segundo a comissão.

A Comissão Europeia diz que “os robôs serão distribuídos segundo a situação epidemiológica e as necessidades expressas por cada país”. A Espanha foi um dos países que mais manifestaram interesse pela com a iniciativa —quase 200 hospitais solicitaram o robô, segundo o Ministério da Saúde.

Outros países, como Suécia e Alemanha, ainda estão solicitando mais informações. “Não vimos estudos sobre a eficácia deste tipo de robôs”, afirmou o representante sueco no comitê. A Alemanha se mostrou ainda mais reticente e recordou os riscos da radiação. A Comissão Europeia responde que “os robôs podem ser operados de fora do cômodo, e o operador não estará em nenhum caso exposto à luz ultravioleta”.

“Sem ser uma tecnologia nova, a grande vantagem é que os robôs emitem a radiação de dispositivos autônomos que são seguros. O difícil pode ser que se encaixem na dinâmica diária de muitos serviços de um grande hospital”, afirmava nesta segunda o diretor de tecnologia de um hospital público de Madri, pedindo anonimato.

A Comissão quer distribuir as primeiras 50 unidades em novembro, e depois “continuar as entregas a um ritmo de 50 unidades mensais”. Em todo caso, esse volume representa apenas um primeiro passo, já que um hospital de 300 leitos precisaria de uma dúzia de robôs.

Em respostas por escrito, um executivo da Blue Ocean Robotics destaca que, embora existam outras máquinas que emitem raios ultravioletas, “os robôs se movimentam de forma autônoma, o que permite chegar a zonas escuras que não abrangem os aparelhos estáticos”. “Um robô precisaria de apenas 10 minutos para esterilizar um cômodo hospitalar”, acrescenta o responsável.

Perigosa na praia, aliada nos centros cirúrgicos
A Terra está submetida a um bombardeio de radiação ultravioleta procedente do Sol, mas, graças à atmosfera, apenas uma ínfima parte desses raios chega à superfície do planeta. Ela é prejudicial para o ser humano, razão pela qual é preciso usar óculos escuros e protetor solar em lugares como praias e montanhas, para evitar queimaduras. Também causa câncer de pele. Ocorre que vírus e bactérias tampouco estão adaptados à radiação, e daí seu potencial esterilizador nos hospitais.

Fonte: El País

Estudos corroboram correlação entre tipo sanguíneo e risco de covid-19

Estudos corroboram correlação entre tipo sanguíneo e risco de covid-19

Reforçando hipóteses apresentadas desde março, pesquisadores da Dinamarca e Canadá apontam que portadores de sangue tipo O são menos suscetíveis ao coronavírus.

DW
15.10.2020

Alguns especialistas sugerem associação entre covid-19 e anticorpos produzidos pelos diferentes tipos sanguíneos

A suscetibilidade ao contágio com o vírus Sars-Cov-2 pode variar segundo o grupo sanguíneo: os indivíduos do grupo O tendem a um menor risco, enquanto os demais estão também potencialmente mais expostos a quadros clínicos severos.

As constatações de dois artigos, publicados nesta quarta-feira (14/10) pela revista científica Blood Advances, confirmam hipóteses apresentadas já desde março último.

Um estudo retrospectivo foi realizado pelo Hospital Universitário de Odense, Dinamarca, onde os cientistas compararam os registros de saúde de mais de 473 mil testes individuais de covid-19 com um grupo de controle de 2,2 milhões, da população em geral.

Os de tipo sanguíneo O apresentaram cerca de 13% menos probabilidade de testar positivo para covid-19 do que os do tipo A, B ou AB. Esses resultados, no entanto, não implicam maior risco de hospitalização, enfatizam os autores dinamarqueses.

No outro estudo, da Universidade de Colúmbia Britânica, no Canadá, foram acompanhados 95 pacientes graves de covid-19, hospitalizados em Vancouver. Os grupos sanguíneos A e AB estiveram mais associados a um risco de evolução grave da doença, necessitando mais frequentemente de respiração artificial, ou de diálise por insuficiência renal. Além disso, os tipos A e AB tenderam a necessitar internações mais longas em UTIs do que os de sangue O ou B.

Não é a primeira vez que pesquisas científicas associam a suscetibilidade à doença respiratória e sua evolução aos grupos sanguíneos. Já em março, um estudo – não submetido a revisão independente (peer review) – concluiu na China que os portadores de sangue tipo A eram mais facilmente infectados.

Em seguida, com base em dados médicos de 750 mil indivíduos, a companhia de biotecnologia 23andMe divulgou que os de tipo O estariam entre 9% e 18% mais expostos a contrair o novo coronavírus.

Em junho, pesquisadores alemães e noruegueses divulgaram resultados após acompanharem 1.610 pacientes graves de epicentros de covid-19 na Espanha e Itália. Eles examinaram determinados trechos do DNA onde ocorrem mutações genéticas frequentes, e as características observadas foram comparadas com amostras de sangue de 2.205 indivíduos saudáveis.

Os pertencentes ao grupo sanguíneo A manifestaram risco 45% mais alto de uma evolução grave, com duas vezes mais chances de necessitarem oxigênio ou respiração artificial. Em contrapartida, o sangue O teria uma espécie de efeito protetor, implicando riscos 35% menores.

Alguns especialistas sugerem que a associação possa se dever aos diferentes anticorpos produzidos pelos diferentes tipos sanguíneos, ou como esses podem afetar a capacidade de coagulação. Por outro lado, outras pesquisas – como a realizada pela Harvard Medical School (HMS), em Massachusetts, e pelo Columbia Presbyterian Hospital, de Nova York – não encontraram qualquer correlação.

Embora no estudo de Harvard se tenha evidenciado uma maior probabilidade entre os tipos B e AB, fator Rh positivo, de testarem positivo para o coronavírus, constatou-se também que até mesmo pacientes sintomáticos do grupo sanguíneo O tendiam menos a apresentar resultados positivos nos exames.

"Esses resultados precisam ser explorados mais a fundo, para determinar se há algo inerente nesses tipos sanguíneos, potencialmente capaz de conferir proteção ou reduzir o risco para os indivíduos", declarou a principal autora do estudo, Anahita Dua.

Fonte: DW

Nem cloroquina nem remdesivir. OMS diz que nenhum desses medicamentos salvou vidas contra a covid-19

Nem cloroquina nem remdesivir. OMS diz que nenhum desses medicamentos salvou vidas contra a covid-19

Dados do ensaio Solidarity, o maior estudo feito até agora com quatro drogas em 32 países, confirmam que esses tratamentos não reduzem a mortalidade em pacientes hospitalizados

NUÑO DOMÍNGUEZ
16 OCT 2020 - 09:50 BRT
Pacientes de covid-19 no Hospital Municipal de Campanha Gilberto Novaes, em Manaus.RAPHAEL ALVES / EFE

Desde os primeiros dias da pandemia, a urgência em dar alguma coisa aos pacientes levou médicos a usarem fármacos concebidos para outras doenças, na esperança de que pudessem também funcionar contra a enfermidade provocada pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2. Mas o maior estudo feito até agora sobre quatro destes tratamentos acaba de demonstrar que nenhum deles salva vidas de pacientes com covid-19, anunciou a Organização Mundial da Saúde (OMS) na noite desta quinta-feira.

O ensaio Solidarity da OMS tratava de provar a eficácia contra o SARS-CoV-2 dos antimaláricos cloroquina e hidroxicloroquina, o coquetel antiviral remdesivir, lopinavir e ritonavir, usados contra o HIV, e o interferon. Nenhum desses produtos demonstrou efeitos significativos na redução da mortalidade dos pacientes hospitalizados após 28 dias de tratamento, confirmou a OMS em nota.

O Solidarity foi um ensaio com pacientes, único em sua classe tanto por suas dimensões como pela rapidez com que foi feito. Analisou a evolução de mais de 11.200 pessoas em 400 hospitais de 32 países. Os doentes eram selecionados de forma aleatória para receber só os cuidados normais ou, adicionalmente, algum dos tratamentos mencionados.

“Nenhuma das drogas estudadas reduziu a mortalidade em nenhum subgrupo de pacientes nem teve efeitos na iniciação da respiração artificial ou duração da internação hospitalar”, afirma o estudo sobre o ensaio, que foi publicado na Internet e está sendo revisto por especialistas para ser incluído em uma publicação médica especializada, segundo a OMS.

Estes resultados são o último prego no caixão de tratamentos que foram alardeados por políticos apesar da ausência de provas da sua eficácia ― caso especialmente da cloroquina e da sua derivada hidroxicloroquina. Estas drogas foram qualificadas como “revolucionárias” por líderes como Donald Trump nos primeiros momentos da pandemia. Outro partidário da tese do norte-americano, o presidente Jair Bolsonaro chegou a se tratar com hidroxicloroquina quando testou positivo para covid-19, e não foram poucas as vezes em que recomendou o medicamento à população. O Ministério da Saúde, inclusive, lançou um protocolo que autoriza o Sistema Único de Saúde (SUS) a oferecer estes remédios para casos leves da doença. O estudo demonstra, porém, que estas drogas não oferecem nenhum efeito positivo, e inclusive é possível que sejam contraproducentes para muitos doentes.

A OMS já teve que interromper em junho o uso destes fármacos no ensaio por suspeitas de que aumentava a mortalidade, embora tenha retomado a pesquisa após uma revisão mais detalhada, pois os dados preocupantes vinham de um estudo que resultou ser uma fraude. Um mês depois, a organização voltou a retirar esses dois fármacos do ensaio, desta vez já com base em dados próprios. Agora, os resultados definitivos do Solidarity mostram não só que não há eficácia como também que é ligeiramente maior o número de mortos no grupo de doentes que receberam estes fármacos, em relação ao grupo de controle.

No caso do remdesivir, um antiviral desenvolvido contra o ebola pelo laboratório farmacêutico Gilead, os resultados abrem uma importante incógnita, pois o fármaco foi aprovado para seu uso tanto nos Estados Unidos como na Europa de forma temporária enquanto eram pesquisados dados sólidos sobre sua eficácia.

O ensaio da OMS demonstra que em temos globais esta droga não é efetiva. Mas um estudo publicado na semana passada na prestigiosa revista médica NEJM apontava que esta droga consegue que os pacientes se recuperem aproximadamente cinco dias antes dos que não a tomam. Neste estudo ― que analisou a 1.062 pacientes ― foi detectada uma redução da mortalidade em um tipo muito concreto de pacientes: aqueles que haviam acabado de começar a receber oxigênio, mas ainda não estavam em situação grave nem exigiam respiração assistida. A Gilead está fazendo outro ensaio clínico para provar se o remdesivir administrado junto com um fármaco contra a artrite reumatoide, chamado baricitinib, aumenta os efeitos positivos observados.

Com estes resultados, os únicos medicamentos que demonstraram eficácia contra a covid-19 até agora são a dexametasona e outros corticoides, que reduzem a mortalidade dos pacientes em estado grave. A OMS explica que os mais de 400 hospitais do ensaio Solidarity já estão provando a eficácia de novos antivirais, imunomoduladores e anticorpos monoclonais.

Fonte: El País

Perda de biodiversidade ameaça acesso a medicamentos

Perda de biodiversidade ameaça acesso a medicamentos

A destruição de ecossistemas coloca recursos essenciais para a saúde humana em risco. Mais de um terço dos medicamentos modernos é derivado de produtos naturais, como plantas, microrganismos e animais.

Charli Shield
14.10.2020

Morfina e codeína, que estão entre os analgésicos mais consumidos, derivam da flor da papoula

Antigamente, o etnobotânico etíope Ermias Lolekal Molla costumava coletar kosso, ou sequoia africana, não muito longe de Adis Abeba, capital da Etiópia. A casca, as folhas e a raiz da árvore em forma de guarda-chuva são comumente usadas para tratar verminoses e disenteria, num país onde menos da metade da população tem acesso a água potável.

Agora, ele leva alguns dias até chegar a uma área rural onde pode encontrar kosso selvagem, já que o habitat da floresta local onde a árvore crescia está encolhendo como resultado do desmatamento.

"Essas plantas precisam urgentemente de atenção no sentido de conservá-las", disse Molla à DW, observando que as espécies não são importantes apenas por suas propriedades curativas, mas também por reduzir a erosão e formar parte de um importante reservatório de carbono.

Kosso é uma entre pelo menos 60 mil plantas e fungos no mundo todo conhecidos por agregar valor medicinal. Ela também pertence a um grupo maior que corre o risco de se extinguir completamente: só nos últimos quatro anos, o número de plantas e fungos ameaçados de extinção dobrou para 40%. E isso envolve apenas as espécies que conhecemos.

Sequoia africana, também chamada de "kosso", cujas raízes possuem propriedades medicinais

Medicamentos essenciais sob ameaça
Pesquisadores como Molla dizem que, sem essas plantas e fungos medicinais, o futuro da saúde humana corre sério risco.

Mais de um terço dos medicamentos modernos é derivado direta ou indiretamente de produtos naturais, como plantas, microrganismos e animais, e entre 60% e 80% dos antibióticos e medicamentos anticâncer se originam de compostos químicos encontrados no mundo natural.

Longe de serem prerrogativa de um nicho de tradições de cura, as plantas medicinais e os fungos são fundamentais para a farmacologia moderna, diz João Calixto, professor aposentado de Farmacologia e diretor do Centro de Inovação e Ensaios Pré-clínicos (CIEnP), entidade sem fins lucrativos localizada em Florianópolis, Santa Catarina.

Um dos tratamentos de quimioterapia mais comumente usados, o taxol, é derivado da casca do teixo do Pacífico

"Se olharmos para a história do desenvolvimento da medicina moderna, ela foi quase inteiramente baseada no estudo de plantas medicinais e microrganismos, especialmente para a fabricação de agentes anti-infecciosos", disse Calixto à DW.

Morfina e codeína, por exemplo, que estão entre os analgésicos mais consumidos, derivam da flor da papoula; o paclitaxel (taxol) é um medicamento quimioterápico comumente usado e obtido a partir da casca do teixo do Pacífico; a penicilina, um dos primeiros antibióticos, deriva de um mofo; e remédios para reduzir o colesterol se baseiam nas propriedades encontradas em fungos.

Todos eles são um recurso vital para uma indústria farmacêutica global avaliada em cerca de 1,1 trilhão de dólares e um comércio global de espécies de plantas aromáticas e medicinais no valor de 3,3 bilhões de dólares.

Uso não sustentável e perda de habitat
Danna Leaman, presidente da Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN) de espécies de plantas medicinais ameaçadas de extinção, faz parte de um grupo de conservacionistas que há décadas se preocupa com questão da extração insustentável. Ela alerta, porém, que a perda de habitat é apenas parte da história.

"A perda de habitat é a principal ameaça que essas espécies enfrentam", disse Leaman à DW.

O desmatamento, visando abrir espaço para a agricultura, e a expansão das cidades em áreas ricas em biodiversidade, como Brasil, Etiópia, Índia e América do Norte, dizimaram grandes áreas de floresta e habitats selvagens onde essas plantas e fungos são encontrados.

"Tem havido pouca, mas muito pouca consciência sobre a real e potencial ameaça ao provimento dessas espécies, das quais as empresas farmacêuticas e de produtos herbais dependem e das quais as pessoas dependem para sua saúde", disse Leaman.

Dado que 80% dessas plantas são colhidas na natureza e de fontes que se esgotam rapidamente, uma solução aparentemente lógica seria o cultivo.

Embora isso seja eficaz e necessário para uma pequena parcela de plantas medicinais em alta demanda do mundo, como a equinácea, Leaman diz que é arriscado e irreal propor o cultivo como uma panaceia para o aumento da demanda e a diminuição dos ambientes naturais.

"Se pensarmos na devastação que a conversão de habitats nativos em espaços destinados à agricultura criou, trazer para o cultivo tantas espécies nativas de florestas e outros habitats selvagens criaria ainda mais pressão sobre esses habitats", aponta Leaman, acrescentando que o tempo e o esforço necessário para pesquisar e criar essas espécies é "enorme" e totalmente em desacordo com o nível atual de atenção global que está sendo dado às plantas medicinais e fungos.

Isso sem mencionar os problemas inerentes à dependência de uma amostra genética limitada de uma determinada espécie, sobretudo à luz de como seus parentes selvagens são mal tratados, diz Leaman.
O Brasil abriga a maior biodiversidade do mundo, mas muitas espécies estão ameaçadas de extinção devido ao desmatamento

Saúde pública em risco
Além de seu valor direto para a saúde humana, muitas dessas plantas medicinais desempenham um papel crucial no apoio à biodiversidade – um fator determinante na saúde humana.

A Prunus africana, ou cereja africana, uma árvore nativa das regiões montanhosas da África tropical e de Madagascar, é uma dessas espécies-chave, responsável por ajudar uma série de outras plantas, animais e organismos a prosperar no ecossistema imediato. Colhida devido ao papel medicinal de sua casca no tratamento de problemas de próstata, a Prunus africana também é uma espécie de planta ameaçada de extinção.

Conforme delineou recentemente a Organização das Nações Unidas (ONU) em sua avaliação histórica da biodiversidade – que mostrou, aliás, que o mundo não conseguiu atingir por completo nenhuma das 20 metas globais de biodiversidade estabelecidas há 10 anos – , uma população humana saudável depende totalmente de ecossistemas saudáveis e ricos em biodiversidade.

Ao danificar esses ecossistemas e as espécies de plantas medicinais que vivem neles, não apenas diminui-se o acesso às matérias-primas para a descoberta de drogas, biotecnologia e modelos médicos, mas também são criadas as condições para a propagação de vírus a partir de animais selvagens para humanos.

Proteger ambientes saudáveis é "absolutamente essencial" para a descoberta de medicamentos em potencial, alerta Leaman. "De onde virá o próximo tratamento para leucemia? E o tratamento para covid-19?"

"Isso determina a nossa capacidade de ter acesso não apenas às fontes de medicamentos nas quais confiamos e conhecemos, mas também às fontes que ainda desconhecemos", argumentou.

Fonte: DW

Pantanal em chamas: professores da UFF explicam os incêndios recentes e seus efeitos

Pantanal em chamas: professores da UFF explicam os incêndios recentes e seus efeitos

Assessoria de I...
07 out 2020

Crédito da fotografia: Pixabay

Desde meados de 2020, o rico bioma do Pantanal vem agonizando com incêndios de proporções históricas. O número mensal de focos de incêndio é o mais alto desde 1998, quando o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) deu início a esses registros. Os dados da instituição mostram que em setembro deste ano foram registrados 6.048 pontos de queimadas na região. O recorde mensal anterior era de agosto de 2005, quando ocorreram 5.993 focos de queimada. Em setembro de 2019, foram detectados 2.887 focos em 30 dias; porém, neste ano o mesmo mês já apresenta uma alta de 109%.

O docente do Programa de Pós-Graduação em Geografia da UFF e especialista em Ecologia, Renato Vallejo, acredita que o Pantanal está sofrendo com essa situação muito além do que se observou em momentos anteriores. “O período que vai de maio a setembro tem sido o mais crítico ao longo de várias décadas, principalmente nos meses de agosto e setembro. Áreas do cerrado e nos limites da Floresta Amazônica - começando pelo estado de Mato Grosso até os estados nordestinos - têm sido afetadas sistematicamente por incêndios e queimadas. E nos dois últimos anos o problema vem se agravando ainda mais”.

Segundo o professor do curso de Ciências da Natureza da UFF e pesquisador na temática, Kenny Tanizaki, os incêndios florestais ocorrem por diversos motivos. “Fogueiras de caçadores e pescadores, queimadas controladas que saem do controle, ateamento de fogo criminoso, disputa de terras. A grande maioria deles tem sua origem nas atividades humanas. Existe também a combustão espontânea que ocorre, por exemplo, no território do cerrado, por ser um local de maior incidência de raios solares”.

Kenny explica que um fator relevante para o crescimento dos incêndios espontâneos é o aquecimento global. “O clima está se tornando mais quente e seco, de forma mais intensa e prolongada. O desmatamento da Amazônia é outro fator que chama atenção, pois reduziu a umidade que circula da região da floresta para o centro-oeste, os chamados ‘rios voadores’”. O docente ressalta, entretanto, que a ocorrência de incêndios naturais no Pantanal não é muito comum. “Nessa área, o fogo está associado à limpeza do terreno nas fases anteriores ao plantio e à conversão de áreas nativas em pastagem através de queimadas provocadas por produtores regionais”.

Já de acordo com Renato Vallejo, as políticas ambientais recentes afetaram diretamente a fiscalização do IBAMA e do ICMBio e contribuíram no disparo do índice de queimadas propositais nos biomas brasileiros. “Por conta da diminuição de recursos para o deslocamento de equipes e da substituição de especialistas ambientais em posições estratégicas, as ações fiscalizatórias foram reduzidas e os proprietários de terras se sentem mais à vontade para degradar os biomas a fim de ampliar zonas agrícolas. Em relação ao Pantanal, outro aspecto importante está relacionado às sucessivas intervenções nos rios da região. Por conta do licenciamento de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs), o volume de água está sendo reduzido e a zona vai ficando menos úmida e suscetível às queimadas”.

Efeitos do fogo

Para o professor Armando Pires, do Instituto de Saúde Coletiva da UFF, o grande sofrimento que os incêndios causam na área de saúde está na destruição da vida em si. “A saúde coletiva considera que não há vida humana fora da relação social e ecológica; portanto, toda perda de vida de um ecossistema impacta os seres humanos que interagem com ele. Fauna, flora, capacidade de solo estão sendo destruídos pelo fogo em uma escala que pode ultrapassar a capacidade de regeneração desses biomas e é preciso ressaltar que um quarto da carga global de doença no mundo envolve a interferência do homem nos ecossistemas”, ressalta.

O médico explica que a combustão causada pelo incêndio, além do impacto direto, causa piora na qualidade da água, do ar e do solo. “O desgaste do solo afeta também a qualidade dos alimentos produzidos na região. Os elementos presentes na fumaça podem agravar doenças respiratórias e cardiovasculares já existentes em populações que vivem no entorno dos incêndios, ou nos locais para onde as nuvens migram. Será notável o aumento da morbidade em crianças menores de cinco anos, idosos e pessoas com problemas respiratórios e cardiovasculares pré-existentes nos locais onde houver presença dessa fumaça. A poluição será um complicador notável para o gerenciamento da saúde coletiva, principalmente no atual momento, em que o sistema de saúde já está sobrecarregado pelas demandas da COVID-1”.

Além disso, no cenário local o docente destaca a importância de notar o impacto sobre os trabalhadores envolvidos na resolução dos incêndios. “Os brigadistas, bombeiros e voluntários estão se desidratando e se intoxicando na exposição aos incêndios. Os fiscais e agentes públicos que estão agindo nos incêndios sofrem com condições inadequadas e insegurança institucional e jurídica. Em outro campo de trabalho, temos os que estão em busca dos animais feridos, na tentativa de salvar a fauna local e passam por grande carga psíquica em razão do sofrimento que estão identificando e as poucas condições concretas que eles têm para atuarem”.

Para lidar com esse quadro, o professor Kenny Tanizaki destaca que é preciso haver interesse em estruturar um sistema de gerenciamento ambiental eficiente, para reduzir os prejuízos da má gestão e punir aqueles que não respeitam as leis. “Além disso, educação e esclarecimento dos prejuízos decorrentes dos incêndios para a saúde e meio ambiente também deveriam ser implementados para ajudar a população a ter mais cuidado com o uso do fogo. Da mesma forma, instituições governamentais devem dar suporte às boas práticas junto aos produtores, sejam eles pequenos ou grandes. É necessário criar estratégias de longo prazo para estimular práticas menos danosas ao meio ambiente, conciliando a produção com a conservação dos ecossistemas”.

Nesse sentido, o docente Renato Vallejo acredita que o Brasil já tem as ferramentas legais e administrativas necessárias para esse fim, mas sofre com o "negacionismo" ambiental. “Recursos orçamentários para execução das ações preventivas e fiscalizatórias deveriam ser garantidos; entretanto, foram praticamente anulados nos últimos anos. Os órgãos do governo responsáveis pela fiscalização precisam ser valorizados e reaparelhados para exercerem seu papel, incluindo as intervenções de preservação. Enquanto a política implementada for de ‘passar a boiada’, o país vai perder ainda mais credibilidade internacional nas ações sobre o meio ambiente, além de recursos financeiros de projetos ambientais importantes, como Fundo Amazônia”, conclui.

Fonte: UFF

Agenda Acadêmica UFF/SNCT 2020: Inscrições abertas para a comunidade a partir de 9 de outubro

Agenda Acadêmica UFF/SNCT 2020: Inscrições abertas para a comunidade a partir de 9 de outubro

SCS
08 out 2020

Em formato online, o evento será realizado de 17 a 23 de outubro com o tema “Inteligência Artificial: a nova fronteira da ciência brasileira”

A partir do 9.10, algumas atividades da Agenda Acadêmica/SNCT 2020 estarão com inscrições abertas para a comunidade. Para conferir os eventos já confirmados e se inscrever, basta acessar www.agendaacademica.uff.br

Vale lembrar que devido à pandemia de Covid-19, este ano o evento será realizado em formato remoto e contará, como em todos os anos, com a participação dos Programas das Pró-Reitorias. Cada Pró-Reitoria estará responsável pela organização da dinâmica de apresentação dos seus Programas. 

Prograd
Semana de Monitoria: https://app.uff.br/monitoria/
Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência ( PIBID) e Programa Institucional de Residência Pedagógica (PIRP): http://divisaopraticadiscente.uff.br/

Proaes
Semana de Desenvolvimento Acadêmico: http://uff.br/?q=semana-de-desenvolvimento-academico

Proppi

Proex
Semana de Extensão: http://www.proex.uff.br/semext

Ainda dá tempo de cadastrar novas atividades 
Até dia18 de outubro estarão abertas as inscrições para a realização de atividades na Agenda Acadêmica UFF/SNCT 2020. Para realizar suas inscrições, os servidores-técnico-administrativos e docentes da UFF, responsáveis por atividades que possam integrar a programação da Agenda Acadêmica, deverão solicitar desde já, o cadastro pelo e-mail agendaacademica@id.uff.br. O assunto deverá ser: “Acesso administrativo para Agenda Acadêmica 2020”. No corpo do e-mail, o interessado deverá fazer uma breve descrição da atividade e informar o seu nome, lotação, cargo e Siape (no caso de docentes e servidores). Para cadastrar as atividades, basta seguir as orientações que serão enviadas por e-mail.

Outras informações sobre o evento poderão ser obtidas em www.agendaacademica.uff.br a medida que a programação seja definida.

Fonte: UFF

UFF contempla 100% dos pedidos de auxílio inclusão digital e abrirá novos editais

UFF contempla 100% dos pedidos de auxílio inclusão digital e abrirá novos editais

SCS
16 out 2020

Entrega de Chromebooks para estudantes da UFF

A Universidade Federal Fluminense (UFF) finalizou o balanço das duas rodadas de editais do Programa Integrado de Inclusão Digital e Apoio às Atividades Acadêmicas. Nestas etapas, todos os estudantes que participaram foram contemplados com alguma modalidade de assistência, totalizando 4.534 solicitações. As medidas são de distribuição de Auxílio Emergencial Covid-19, Auxílio Digital de Acesso à Internet e Empréstimo de Chromebook. Além disso, a UFF anunciará na próxima semana a expansão dos editais para novas solicitações da comunidade acadêmica. 

Os programas investem cerca de R$ 680 mil reais mensais do recurso de assistência estudantil, além dos contratos de aluguel de equipamentos que foram emprestados aos estudantes. Foram 1.976 contemplados pelo Auxílio Emergencial, 1.963 pelo Auxílio Digital e 595 beneficiados pelo edital de chromebooks. 

O reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, considerou o Programa Integrado de Inclusão Digital e Apoio às Atividades Acadêmicas um sucesso com ampla participação da comunidade acadêmica. “Isso é resultado de um processo intenso de preparação, planejamento e execução em meio a tantos limitantes, que envolveu diversas frentes, desde os levantamentos de dados para aferir as demandas de acordo com o perfil socioeconômico dos estudantes, até a articulação entre as pró-reitorias, grupos de trabalho e unidades acadêmicas envolvidas. Estamos muito contentes com o atendimento pleno de 100% das demandas”, explicou. 

Além disso, Antonio Claudio anunciou a extensão dos editais para novas solicitações. “Depois de finalizadas essas duas primeiras rodadas com sucesso, decidimos lançar novas chamadas para oferecer mais uma oportunidade para que outros estudantes façam suas demandas e que assim, não deixemos ninguém de fora. As chamadas que estão em processo final de elaboração pela Pró-Reitoria de Assistência Estudantil e devem abrir período de inscrições muito em breve”.

O reitor destacou, ainda, a aprovação do Grupo de Trabalho de Assistência Estudantil, a partir de votação por unanimidade no Conselho Universitário (CUV) de uma proposição-substitutivo de autoria da bancada estudantil. O GT funcionará como uma instância consultiva de construção coletiva das políticas institucionais de assistência com representação indicada pelo DCE, fortalecendo o papel institucional dessas ações.

Fonte: UFF

Ampliação na concessão das bolsas PIBIC Pós-Doutorado

Ampliação na concessão das bolsas PIBIC Pós-Doutorado

SCS
16 out 2020

O edital do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica que apoia os pós-doutorandos da UFF (PIBIC/Pós-doc) teve uma adesão muito grande. Foram 113 projetos submetidos, distribuídos nas diferentes áreas de conhecimento. Tendo em vista a alta procura e entendendo que a atividade de orientação de iniciação científica proporciona enormes ganhos acadêmicos-científicos para os pós-doutorandos, para os estudantes de graduação envolvidos e para a instituição, o número de concessões foi ampliado consideravelmente, aprovando 73 proponentes. 

De acordo com o reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega, houve um aumento de mais de 100% na concessão de bolsas prevista inicialmente no projeto. “Percebemos uma demanda historicamente reprimida em função das restrições orçamentárias. O edital foi muito bem recebido pela comunidade e tomamos a decisão de mais que dobrar o número de contemplados. Isso foi possível a partir de uma gestão eficiente do orçamento e que possibilitou o resgate de programas da UFF de apoio à pesquisa que estavam suspensos por restrição de recursos”, afirmou Antonio Claudio. 

A lista dos aprovados foi divulgada nos sites da Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação (PROPPI) e os contemplados estão sendo contatados para providenciar os dados dos bolsistas. Os pós-doutorandos que mais submeteram foram da área de Ciências Exatas e da Terra (28 projetos), seguidos pelas Áreas de Ciências Sociais e Aplicadas e Ciências Biológicas (18 projetos cada uma delas).

Para a pró-reitora de Pós-Graduação, Pesquisa e Inovação, Andrea Latgé, essa possibilidade de orientar jovens estudantes é um diferencial para os pós-doutorandos da Universidade, contribuindo para sua qualificação, principalmente, sua capacidade de formação de jovens pesquisadores. “Acreditamos que esse diferencial estimule a vinda de pós-doutorandos de excelente qualidade para a UFF”, explicou

O PIBIC Pós-Doc se insere em um conjunto de ações integradas de estímulo à pesquisa e à inovação da UFF. Com um montante total investido de aproximadamente R$ 1,3 milhão de reais, três iniciativas foram lançadas: o Programa de Fomento à Pesquisa (Fopesq), o Auxílio à Publicação e PIBIC Apoio Pós-Doutorandos. Todos programas estão em fase avançada de implementação.

Fonte: UFF

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Feliz Dia do Professor (a)

 Feliz Dia do Professor (a)!



quarta-feira, 14 de outubro de 2020

10 cursos gratuitos de programação oferecidos pelas melhores universidades do mundo

10 cursos gratuitos de programação oferecidos pelas melhores universidades do mundo

BBC
10 outubro 2020

CRÉDITO,GETTY IMAGES
Você pode fazer cursos das universidades mais prestigiadas do mundo de graça e sem sair de casa

Graças à internet e ao interesse de muitos centros universitários em "democratizar" a educação, milhões de pessoas têm acesso a cursos online sem ter que pagar quantias exorbitantes e tampouco sair do país.

Em um mundo cada vez mais digital, a linguagem de programação de computador ultrapassou a fronteira do mundo acadêmico e do universo geek para se tornar acessível a uma parcela mais ampla da população.

A BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, selecionou alguns cursos nesta área que estão disponíveis na internet.

Universidade de Harvard

Introdução à Ciência da Computação
Nome oficial: CS50: Introduction to Computer Science
Idiomas: Inglês e português

O curso oferecido pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, apresenta os alunos à ciência da computação e à "arte da programação".

E agora há uma versão em português, lançada neste ano pela Fundação Estudar.

CRÉDITO,REPRODUÇÃO DO SITE ESTUDAR FORA

O curso é voltado tanto para quem já tem conhecimento na área quanto para iniciantes.

O professor David J. Malan, que comanda as aulas, "ensina os alunos a pensar algoritmicamente e resolver problemas de modo eficiente".

As linguagens de programação ensinadas são: C, PHP, JavaScript, além de SQL, CSS e HTML.

Entre os tópicos abordados, estão: abstração, algoritmos, estruturas de dados, encapsulamento, gerenciamento de recursos, segurança, engenharia de software e desenvolvimento web.

CRÉDITO,REPRODUÇÃO DO SITE DE HARVARD

Embora o curso seja gratuito, os alunos têm a opção de obter um certificado mediante o pagamento de taxa.

O curso em inglês é oferecido na plataforma digital edX, que reúne cursos gratuitos de dezenas de universidades nas mais diversas disciplinas.

Já a versão em português está disponível no portal Estudar Fora.




Ciência de dados: Básico de R
Nome oficial: Data Science: R Basics
Idioma: Inglês

Este curso, também da Universidade de Harvard, oferece aos alunos uma base em linguagem de programação R, ensinando a organizar, analisar e visualizar dados.

CRÉDITO,REPRODUÇÃO DO SITE DE HARVARD

Além da sintaxe básica da linguagem R, o curso de propõe a ensinar conceitos usados na programação, como tipos de dados, vetores aritméticos e indexação.

Disponível gratuitamente na plataforma digital edX, o curso promete preparar os alunos para atuar num mercado em expansão. E também permite pagar uma taxa para obter certificado.

"A demanda por profissionais qualificados de ciência de dados está crescendo rapidamente, e esta série prepara você para enfrentar os desafios da análise de dados do mundo real", diz o site.


2. Universidade de Stanford

Metodologia da Programação
Nome oficial: CS106A - Programming Methodology
Idioma: Inglês

A universidade com sede na Califórnia, nos EUA, criou o programa SEE: Stanford Engineering Everywhere para disponibilizar partes importantes da sua grade curricular a um público mais amplo.

Entre os cursos oferecidos, está o de Metodologia da Programação - "um dos maiores de Stanford", além de um dos mais completos que podem ser encontrados online.

CRÉDITO,REPRODUÇÃO DO SITE DE STANFORD

"Os tópicos abordados se concentram na introdução à engenharia de aplicativos de informática que enfatizam os princípios modernos da engenharia de software: design orientado a objetos, decomposição, encapsulamento, abstração e testes", indica a instituição.

Para fazer o curso, que ensina a linguagem de programação Java, não é necessário conhecimento prévio de programação. Mas requer "dedicação considerável e trabalho árduo".

"O curso foi projetado explicitamente para atrair pessoas de humanas e ciências sociais, assim como especialistas em tecnologia", diz a universidade.

Todo o conteúdo está disponível para download, e os vídeos podem ser assistidos no próprio site do curso.

Embora os cursos do SEE sejam idênticos aos destinados a alunos da instituição, não é concedido nenhum "crédito" da universidade, tampouco um canal de comunicação com instrutores ou professores.


3. Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês)

Cursos Introdutórios de Programação
Idioma: Inglês

O MIT tem uma série de cursos introdutórios gratuitos na área de programação e ciência da computação - tanto para alunos iniciantes, quanto mais avançados.

Eles são oferecidos na página do MIT OpenCourseWare (OCW), que disponibiliza gratuitamente ao público conteúdo de praticamente todos os cursos da universidade.

Entre os que não exigem experiência prévia em programação estão:

6.0001 Introdução à Ciência da Computação e Programação em Python
Nome oficial: 6.0001 Introduction to Computer Science and Programming in Python

O curso, que usa a linguagem de programação Python 3.5, costuma ser o ponto de partida mais comum para alunos do MIT com pouca ou nenhuma experiência em programação.

CRÉDITO,REPRODUÇÃO DO SITE DO MIT


"São apresentados conceitos computacionais e de programação básica. Os alunos vão desenvolver confiança na habilidade de aplicar técnicas de programação a problemas em uma ampla variedade de áreas."



6.0002 Introdução ao pensamento computacional e ciência de dados
Nome oficial: 6.0002 Introduction to Computational Thinking and Data Science

É a continuação do curso acima (6.0001 Introdução à Ciência da Computação e Programação em Python) - e também utiliza a linguagem de programação Python 3.5.

CRÉDITO,REPRODUÇÃO DO SITE DO MIT

Tem como objetivo "ajudar os alunos, independentemente de sua área de especialização, a se sentirem legitimamente confiantes na habilidade de escrever pequenos programas que permitam alcançar objetivos úteis".



Há ainda cursos de linguagem de programação mais específicos disponibilizados pelo MIT, como:


6.092 Introdução à programação em Java
Nome oficial: 6.092 Introduction to Programming in Java

Voltado para alunos com alguma experiência em programação, este curso do MIT é uma introdução à engenharia de software, utilizando a linguagem de programação Java.

CRÉDITO,REPRODUÇÃO DO SITE DO MIT

"Os alunos aprenderão os fundamentos de Java. O foco é no desenvolvimento de software de alto padrão de qualidade que resolva problemas reais", diz a descrição do curso.



Introdução a C e C ++
Nome oficial: 6.S096 Introduction to C and C++

Este curso do MIT promete uma rápida introdução às linguagens de programação C e C ++. Mas requer que os alunos tenham alguma experiência em programação.

CRÉDITO,REPRODUÇÃO DO SITE DO MIT

"Você aprenderá os conhecimentos básicos necessários, incluindo gerenciamento de memória, ponteiros, macros de pré-processador, programação orientada a objetos e como encontrar bugs quando inevitavelmente você usar qualquer um desses conceitos incorretamente", explica o site.


4. Universidade de Columbia

Python para análise de dados
Nome oficial: Analytics in Python
Idioma: Inglês

Com este curso, a Universidade de Columbia, em Nova York, se propõe a desenvolver a capacidade dos alunos de analisar dados e tomar decisões baseadas em dados a partir do aprendizado da linguagem de programação em Python.

"O objetivo deste curso é apresentar os alunos aos fundamentos da programação em Python e dar um conhecimento prático de como usar programas para lidar com dados."

CRÉDITO,REPRODUÇÃO DO SITE EDX
"É um curso prático intensivo que irá capacitar e recompensar os alunos com proficiência em habilidades de gerenciamento de dados", acrescenta o site da plataforma edX, onde está disponível o curso.

Embora experiência em programação não seja um pré-requisito, o nível do curso é intermediário.

Os alunos têm a opção de obter um certificado ao fim do curso mediante pagamento de taxa.


4. Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD)

Minecraft, programação e ensino
Nome oficial: Minecraft, Coding and Teaching
Idioma: Inglês

Este curso da Universidade da Califórnia em San Diego é voltado para pessoas sem conhecimento prévio de programação e com perfil docente.

CRÉDITO,REPRODUÇÃO DO SITE EDX

"Você é novo na área de programação? Quer aprender como ensinar programação para seus alunos? Você tem alunos que adoram jogar Minecraft?"

"O software LearnToMod combina Minecraft, programação e apoio docente para professores que nunca programaram por conta própria e que nunca ensinaram programação!", completa o site.

Disponível na plataforma edX, o curso tem como pré-requisito apenas experiência básica com ensino.

No momento da publicação desta reportagem, este curso específico estava arquivado, o que significa que ele não está ativo, mas você ainda pode acessar seu conteúdo. A plataforma informa que futuras datas serão anunciadas.


5. Khan Academy

Programação de computadores
Nome oficial: Computer programming / Programación de computadoras
Idioma: Inglês e espanhol

A Khan Academy é uma organização sem fins lucrativos, criada pelo americano Salman Khan, com a missão de promover a educação online gratuita.

CRÉDITO,REPRODUÇÃO DO SITE DA KHAN ACADEMY

O curso é composto pelas disciplinas de programação abaixo, que também podem ser cursadas individualmente:

- Introdução a JS: desenho e animação
- Introdução a HTML/CSS: fazer páginas web
- Introdução a SQL: consulta e gestão de dados
- JS avançado: jogos e visualizações
- JS avançado: simulações naturais
- HTML / JS: fazer páginas web interativas
- HTML / JS: fazer páginas web interativas com jQuery



*A BBC não se responsabiliza pelo conteúdo de sites externos.

Fonte: BBC

O ambicioso projeto do Peru para criar cidade sustentável em área desértica

O ambicioso projeto do Peru para criar cidade sustentável em área desértica

Boris Miranda (@ivanbor)
BBC News Mundo
13 outubro 2020

CRÉDITO,GOVERNO DO PERU
Nesta área sem assentamentos está prevista a construção da nova cidade

Uma área de residências que abriga pelo menos 115 mil habitantes, uma zona florestal de 2 mil hectares e o maior hospital do Peru.

Isso tudo faz parte do que engloba a "Ciudad Bicentenario" ("Cidade Bicentenário"), um projeto que está previsto para ser desenvolvido em uma área desértica ao norte de Lima.

Conforme anunciado pelo governo peruano em setembro, a estimativa é de que sejam investidos US$ 3 bilhões (R$ 16 bilhões) na iniciativa, entre recursos públicos e privados e de organismos de cooperação.

O Peru vai comemorar 200 anos desde a declaração de sua independência e este projeto é um dos principais que o governo do presidente Martín Vizcarra anunciou, apesar de se estimar que a construção da cidade será concluída apenas alguns anos depois.

O projeto
A Cidade Bicentenário será quatro vezes maior que o bairro de Los Olivos, um dos mais conhecidos de Lima.

Ela ficará em uma área chamada Ancón, que além de sua proximidade com a capital peruana está perto de um porto que pode desafogar o intenso tráfego que ocorre no tradicional ancoradouro de Callao.

CRÉDITO,GOVERNO DO PERU
Projeto da Cidade Bicentenário elaborado pelo governo do Peru

O Ministério do Meio Ambiente peruano diz que a cidade será um "modelo pioneiro de gestão territorial sustentável" no país.

"Uma cidade que incorpora dinâmicas produtivas e logísticas sob um modelo sustentável que enfrenta os desafios das mudanças climáticas", diz a ministra do Meio Ambiente, Kirla Echegaray.

Ela afirma que este plano de desenvolvimento urbano se instalará no último espaço de assentamentos livres de propriedade pública e de grande escala que resta a Lima.

O crescimento desordenado da capital peruana é, há vários anos, um dos problemas da cidade e de seus habitantes.

Dificuldades
No entanto, este ambicioso projeto não está isento de questionamentos e preocupações quanto ao seu desenvolvimento.

É isso que diz a analista política e especialista em gestão pública Karen López Tello em entrevista à BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC.

Ela enumera possíveis dificuldades relacionadas à gestão de recursos econômicos, conexão entre diferentes instituições e também clima político, visto que o presidente Vizcarra tem menos de um ano de mandato pela frente.

"Isso exige um grande esforço de coordenação multissetorial e multinível que também deve ser sustentado ao longo do tempo e por mais de um governo", diz a analista, que é presidente da associação civil Propuesta País.

CRÉDITO,GOVERNO DO PERU
O projeto peruano prevê que os morros que circundam a área de urbanização não serão afetados

López Tello acrescenta que pelo menos sete ministérios e diferentes níveis de governo local terão que trabalhar em estreita colaboração para que o plano seja bem-sucedido.

E, por isso, indica que deve haver órgãos do governo central para o monitoramento constante do andamento do projeto.

"Para dar prioridade técnica, orçamentária e política. Do contrário, os esforços que se iniciarem neste governo ficarão presos na falta de execução, falta de orçamento e muita corrupção e ineficiência", afirma.

Diferentes estudos de opinião colocam a má gestão dos recursos públicos como o principal problema do Peru.

Apesar das dificuldades observadas, López Tello considera a iniciativa oportuna, inovadora e desafiadora.

As novas cidades
Diferentes países optaram por construir novas cidades na periferia ou nas áreas metropolitanas de suas maiores cidades para resolver seus problemas de habitação ou urbanização.

Porém, o governo peruano destaca que seu projeto se diferencia dos desenvolvidos, por exemplo, no Oriente Médio, pois não será invasivo com a paisagem ou com os ecossistemas presentes.

E por isso foi determinado que não haverá construções nas colinas que circundam o terreno onde a futura cidade será criada.

CRÉDITO,GETTY IMAGES
O crescimento de Lima é uma questão que preocupa as autoridades há anos

Lima é uma das várias capitais latino-americanas que apresentam problemas de assentamentos ilegais, falta de acesso a serviços básicos em bairros remotos e expansão não-planeja

O crescimento populacional da cidade e do seu entorno tem sido uma preocupação constante desde a década de 60 do século passado e está relacionado à migração interna de outras regiões do país.

Por esta razão, o arquiteto urbano Aldo Facho Dede, destacou que a Cidade Bicentenário é "uma alternativa completa para fortalecer e concretizar o modelo de planejamento urbano que se tem tentado aplicar no país".

Fonte: BBC