quinta-feira, 31 de julho de 2014

Programa Inglês sem Fronteiras oferece 9 mil vagas em todo o país

Programa Inglês sem Fronteiras oferece 9 mil vagas em todo o país
17/7/2014


O programa Inglês sem Fronteiras abre nesta quinta-feira, 31 de julho, as inscrições para nova seleção do curso presencial. O prazo vai até 8 de agosto. Serão oferecidas 9 mil vagas em universidades federais de todo o país, conforme edital publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 16 de julho.
A inscrição pode ser feita por:
• Alunos de graduação, mestrado ou doutorado com matrícula ativa nas universidades federais credenciadas como núcleos de línguas (NucLi).
• Estudante participante e ativo no curso on-line My English, níveis 2, 3, 4 ou 5, cuja inscrição tenha sido validada com até 48 horas de antecedência à inscrição no núcleo de línguas.
• Estudante que tenha concluído até 90% do total de créditos da carga horária do curso.

Para efeito de classificação, terão prioridade:
• Alunos de graduação de cursos das áreas do programa Ciência sem Fronteiras.
• Estudantes que tenham feito o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir de 2010 e obtido média igual ou superior a 600 pontos, incluindo a redação.
• Estudantes que tenham concluído até 80% da carga horária total do curso, com maior índice de rendimento acadêmico, conforme parâmetros da própria universidade.
• Bolsistas ou ex-bolsistas do programa Jovens Talentos para a Ciência de qualquer curso de graduação.

A carga horária presencial estabelece quatro aulas de 60 minutos, distribuídos em pelo menos dois encontros semanais, em locais e horários definidos pela universidade credenciada. Os cursos terão a duração mínima de 30 dias e máxima de 120.

Lançado pelo Ministério da Educação em dezembro de 2012, o programa Inglês sem Fronteiras foi elaborado para aprimorar a proficiência em língua inglesa dos estudantes universitários brasileiros e abrir oportunidades de acesso a instituições de ensino no exterior.

Mais informações no Edital nº 23/2014, da Secretaria de Educação Superior (Sesu) do MEC, publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira, 16 de julho.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social/MEC - Quarta-feira, 16 de julho de 2014

Fonte: UFF Notícias

UFF se destaca entre as dez melhores universidades do Brasil segundo ranking internacional

UFF se destaca entre as dez melhores universidades do Brasil segundo ranking internacional
 

30/7/2014 Renata Cunha
 

A UFF é considerada a 9ª melhor universidade do Brasil pelo Center for World University Rankings (CWUR), que divulgou uma lista com as mil melhores universidades do mundo em 2014. O levantamento revelou também que, das mil melhores instituições de ensino superior do mundo, 18 são brasileiras, todas públicas. Na classificação mundial, a Universidade de Harvard conquistou a primeira colocação.
Anualmente, o CWUR publica um ranking que mede em cada universidadea qualidade da educação e da formação dos estudantes, a qualidade das pesquisas e o prestígio acadêmico de seus membros, por critérios como prêmios e medalhas recebidos por estudantes e professores, a quantidade de ex-alunos que atualmente ocupam altos cargos em grandes empresas, o número de publicações e citações de trabalhos de pesquisas em revistas influentes e de renome, e o número de pedidos de patentes internacionais. Segundo a publicação, as informações são compiladas de forma independente de estudos e apresentação das universidades.

--> Conheça o ranking das 18 melhores universidades brasileiras segundo o CWUR.
Palestras para gestores da UFF discutem caminhos para o desenvolvimento da instituição
Os dados divulgados este mês pela Center for World University Rankings foram apresentados no dia 22 de julho pela pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação (Proppi), Andrea Latgé, a gestores administrativos da UFF em palestra sobre o tema “Quais os caminhos a serem seguidos para colocar a UFF entre as melhores universidades?”.
Na palestra, Latgé apresentou parâmetros de classificação das instituições de ensino superior em outras avaliações internacionais, como o ranking Quacquarelli Symonds (QS). Em suas pesquisas, o órgão estrangeiro avalia universidades latino-americanas e de integrantes do Brics, grupo de países emergentes que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. No ranking QS Latin America, a UFF está na 49ª colocação.

A pró-reitora também situou o desempenho da UFF na obtenção de bolsas como Jovens Cientistas do Nosso Estado e Cientistas do Nosso Estado, oferecidas pela Faperj, e de produtividade do CNPq. Ela defendeu a necessidade de que a UFF incremente sua participação em editais de fomento. “Também precisamos estimular o crescimento de um ambiente mais canalizado para a pesquisa, a extensão e a produção de conhecimento e aproveitar oportunidades como o programa Ciência sem Fronteiras para trocar experiências”, avaliou.

Nacionalmente conhecido por proporcionar o intercâmbio de estudantes brasileiros para o exterior, o Ciência sem Fronteiras também incentiva a atração para o Brasil de cientistas renomados e líderes de grupos de pesquisa do exterior, com a bolsa Pesquisador-Visitante Especial, e jovens pesquisadores estrangeiros ou residentes no exterior, com a bolsa Jovens Talentos. 

Na mesma ocasião, o coordenador de Gestão da Informação da Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), José Marcio Lima, apresentou os dados da UFF no Censo da Educação Superior 2013, além de demonstrar como é elaborado o índice Alunos Equivalentes de Graduação, que interfere diretamente na matriz de distribuição orçamentária das universidades federais.

De acordo com o Decreto nº 7.233, de 19 de julho de 2010, a matriz de distribuição é elaborada a partir de parâmetros como o número de matrículas e a quantidade de alunos ingressantes e concluintes na graduação e na pós-graduação; a relação entre o número de alunos e de docentes na graduação e na pós-graduação; a oferta de cursos de graduação; a existência de programas de mestrado e doutorado e seus resultados nas avaliações da Capes; a produção de conhecimento em diversas áreas; a existência de programas institucionalizados de extensão; o número de registro e comercialização de patentes; e os resultados da avaliação pelo Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Esses fatores são considerados essenciais para o cálculo da alocação de recursos anuais nas despesas classificadas como “outras despesas correntes e de capital”.


Fonte: UFF Notícias

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Conheça os Laboratórios LEV e LabLux!

 Conheça os Laboratórios LEV e LabLux!
 


Tendo fundado o Laboratório de Energia dos Ventos (LEV) em 1997, Prof. Geraldo Martins Tavares, docente integrante do Departamento de Engenharia  Elétrica da Escola de Engenharia da UFF, relata que seu doutorado, iniciado em 1994, teve como produto uma tese voltada ao estudo da energia eólica, em busca de uma estratégia para sua implantação em escala comercial no Brasil. A partir daí, desenvolveu estudos e organizou eventos nacionais para discutir políticas, com vistas à viabilidade da utilização dessa alternativa energética em nosso país, sendo o desdobramento de todo esse trabalho realizado no âmbito do LEV.
Prof. Geraldo Tavares: - Posteriormente, em 1999, fomos chamados ao Gabinete do Reitor da UFF, Prof.Cícero Mauro Fialho Rodrigues, o qual nos colocou que não conseguia mais pagar a conta de energia elétrica consumida na Universidade, devido ao seu alto custo, perguntando-nos se algo poderia ser feito para que se reduzisse esse custo. A partir daí, comecei a pesquisar o porquê de nunca ter havido, na UFF, um programa de redução de custos de energia elétrica. Até que descobri que havia, sim, cerca de uns cinco programas de estudos com esse foco, desenvolvidos por professores muito capacitados. Contudo, foram projetos que não tiveram longevidade, pois eram iniciados e, ao final de alguns meses, ficavam esquecidos.
NME: - E por que?
Prof. Geraldo Tavares: - Porque, o aspecto "custo" na Academia, como é o caso da Universidade,  é um tema totalmente distanciado de seus objetivos primários, quais sejam: ensino, pesquisa e extensão, sobretudo no serviço público,  onde ninguém se interessa pelo valor pago por consumo de luz, água etc., uma vez que a grande maioria sequer reflete sobre quem paga essas contas, tampouco os seus valores. E assim, economizar, ou não, infelizmente acaba não fazendo a menor diferença para a comunidade acadêmica, e sim, para quem tem a responsabilidade de administrar a Instituição.  Bem, então, montamos, através do Laboratório de Energia dos Ventos, o Programa de Ecoeficiência da UFF - um programa de ensino, pesquisa e extensão, e que teria como resultado secundário a redução da conta de luz consumida na Universidade. Como consequência, eu propus ao Reitor que metade da economia que iríamos obter fosse revertida para o Programa, em prol de sua sobrevivência, desde que a economia fosse, comprovadamente, resultante das ações implementadas pelo Programa.
NME: Em que consistiram as ações executadas pelo Programa Ecoficiência? Pode descrevê-las detalhadamente?
Prof. Geraldo Tavares: - Bem, como a UFF não investiria nenhum recurso do seu orçamento de custeio no Projeto, a primeira ação consistiu em analisar e renegociar os contratos de energia, utilizando, para isso, o conhecimento técnico dos profissionais do quadro da UFF, em exercício no Laboratório. Assim, obtivemos como resultado uma economia inicial em torno de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) mensais. Com esses recursos, então, iniciamos a contratação de estagiários para a elaboração de estudos e projetos de ações de ecoeficiência na Universidade.
A partir daí, diversos projetos foram sendo elaborados e colocados em prática, como por exemplo: - Completa readequação da Biblioteca Central do Gragoatá, tornando-a, a partir de então, ecoeficiente.
- Colocação de interruptores de luz em todas as salas de aulas e setores administrativos dos Campi do Gragoatá e da Praia Vermelha.
- Criação dos "zeladores energéticos" - servidores remunerados extraordinariamente pelo Programa que, além de suas obrigações cotidianas, passaram a zelar criteriosamente pelo sistemático desligamento de disjuntores e interruptores de energia dos prédios, bem como "cobrar" dos professores, alunos e técnicos que, ao deixarem as dependências de suas respectivas salas, desligassem os interruptores de luz e os aparelhos de ar condicionado.
- Buscamos financiamentos a fundo perdido da FINEP, AMPLA e Eletrobras e, como resultado, conseguimos, junto a Eletrobras/Procel e FINEP, a aquisição e instalação de novos aparelhos de ar condicionado no Instituto de Matemática e no prédio da Reitoria. Tais aparelhos foram dimensionados adequadamente para cada ambiente, substituindo os aparelhos que eram sub ou superdimensionados.
 - Foram refrigerados os camarins do Teatro da UFF e das salas do Departamento de Difusão Cultural (atual Centro de Artes).
- No Teatro da UFF, foi instalado um aparelho de última geração, que refrigerava silenciosamente e de maneira inteligente todo o Teatro, inclusive com controle de níveis de CO2 exalado pela plateia.
Enfim, estas são apenas algumas das numerosas ações executadas pelo Programa de Ecoeficiência.
NME: - Em termos numéricos, como o sr. pode avaliar a economia obtida pelo Programa?
Prof. Geraldo Tavares: O Programa proporcionou mais ou menos uns dez milhões de economia e de recursos a fundo perdido para a UFF. Transformamos os prédios em laboratórios vivos, os quais eram monitorados permanentemente. Pudemos constatar essa economia, mediante, inicialmente, a identificação de cada conta de energia e, a seguir, a execução da comparação entre os indicadores físicos e financeiros das contas do ano anterior e as contas dos meses correspondentes do ano em curso.
NME: - O Programa de Ecoeficiência continua desenvolvendo suas atividades?
Prof. Geraldo Tavares: Infelizmente, não, porque a equipe que assumiu a Reitoria da UFF a partir de 2006 decidiu pela descontinuação do Programa.
NME: - Quais as atividades desenvolvidas atualmente no LEV e no LabLux?
Prof. Geraldo Tavares: - O LEV e o LabLux dedicam-se a ensino, pesquisa e extensão. Entretanto, no LEV, a área de concentração dos estudos é a de energia eólica e tecnologia do setor elétrico em geral. No LabLux, o foco é a área de luminotécnica. Graças a esse trabalho, a UFF, através do LabLux, está entre as três Instituições Federais de Ensino do País acreditadas pelo Inmetro, para a realização de ensaios em produtos de luminotécnica.
NME: - A equipe tem quantos membros?
Prof. Geraldo Tavares: - No LabLux, temos, em média, cerca de doze estagiários, quatro técnicos, dois engenheiros e uns quatro professores; no LEV, há dois professores e um estagiário.
NME: - Quais são as formas de captação de recursos nos Laboratórios?
Prof. Geraldo Tavares: - Temos três formas de captar recursos: 1ª) Para a  expansão dos laboratórios e compra de equipamentos, procuramos os órgãos financiadores. Agora mesmo, estamos nos preparando para executar a medição de LED, que é a nova tecnologia de lâmpadas que está entrando no mercado. Para isto, são necessários equipamentos específicos. Estudamos as minutas das normas do Inmetro que tratam do assunto e já estamos trabalhando dentro dos critérios definidos, para que possamos apresentar aos órgãos financiadores  o projeto respectivo e, dessa forma, conseguirmos os recursos para a compra dos equipamentos.2ª) Para mantermos o LabLux funcionando, com estagiários e demais integrantes, os recursos vêm da indústria de luminotécnica, através dos testes que fazemos em lâmpadas, reatores e também testes de segurança das lâmpadas. 3ª) Junto aos Fundos Setoriais de Pesquisa do Governo, buscamos recursos para a realização de projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Atualmente, estamos com três projetos sendo negociados com duas empresas de energia elétrica.
NME: - Só alunos fazem parte dessa equipe?
Prof. Geraldo Tavares: -  Não. Professores, Alunos, Técnico-Administrativos e Consultores fazem parte da Equipe. Mas o dia a dia é "tocado" pelos Alunos, para que eles, além da capacitação técnica, também saiam do Curso preparados sobre como se comportar em suas futuras atividades profissionais.
NME: - Qual a sua atuação como Coordenador?
Prof. Geraldo Tavares: - Hoje em dia, minha principal função é estratégica, isto é, definir rumos e orientar as ações para obtenção de recursos para os nossos projetos e atividades. Além disso, qualquer decisão do grupo que se depare com algum impasse, é definida por mim, em conjunto com a equipe gestora dos Laboratórios.
NME: - Alunos de quaisquer cursos podem participar da equipe?
Prof. Geraldo Tavares: -  Sim, qualquer Aluno pode fazer parte de nossa equipe.
NME: - Os Laboratórios (LEV e LabLux) já obtiveram premiações por suas atividades?
Prof. Geraldo Tavares: - Sim! O LEV recebeu, por dois anos consecutivos (2002-2003 e 2004), o Prêmio PROCEL: "Prêmio Nacional de Conservação e Uso Racional de Energia" - Categoria: "Órgãos e Empresas da Administração Pública". E também, como prêmio de reconhecimento por integrar o Programa de Eficiência Energética do Procel/Eletrobras, o LEV/LabLux receberam, de 2005 a 2012, sucessivamente, a estatueta e/ou Diploma do Procel/Eletrobras.

Fonte: Escola de Engenharia da UFF

Entrevista com a equipe do projeto acadêmico Tuffão Baja SAE

Entrevista com a equipe do projeto acadêmico Tuffão Baja SAE
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Entrevista – Equipe Tuffão Baja SAE
O que é o Projeto Tuffão Baja SAE?
R: A ideia do Projeto Tuffão Baja SAE segue o mesmo critério dos projetos Fórmula SAE, Barco Solar, Aerodesign, entre outros. Ela surgiu de um programa da SAE Brasil, com o objetivo de relacionar o conteúdo acadêmico com a prática de execução de projeto. Basicamente, o Baja SAE é um protótipo, o qual o estudante tem de pensar em todo o processo de produção e aquisição de materiais, projetar e fabricar. O protótipo em si é um protótipo mono posto, em que apenas um piloto conduz, e a ideia principal dele é a transposição de obstáculos, ou seja, temos que enfrentar um terreno que não conhecemos e que não sabemos o que virá pela frente; a gente coloca o carro na pista e temos que ter a confiança de que o carro vai transpor e conseguir passar por qualquer dificuldade. Por exemplo, uma das dificuldades que nós temos é construir um carro barato, leve e ágil, mas que, ao mesmo tempo, seja resistente. Isso nos leva a estudar a resistência dos materiais, a dinâmica veicular, e aí nós vamos agregando o conhecimento da sala de aula à execução da prática do projeto.

A partir de qual período e alunos de quais cursos podem fazer parte da equipe?
R: Todos os cursos da Engenharia podem fazer parte, além de alunos da Física, Matemática e Desenho Industrial. A partir do momento que o aluno entrar na UFF, ele já pode fazer parte da equipe. A ideia é que entre o mais cedo possível, porque tanto o Fórmula SAE quanto o Baja não precisam de um conhecimento prévio; o que é aprendido aqui é único. Então, quanto mais cedo, melhor, pois mais tempo o aluno terá de aprendizado e melhor o será o seu desenvolvimento dentro da equipe e também da própria faculdade.
E como é o processo seletivo?
R: O processo começa a partir de pequenas divulgações. Nós não divulgamos muito, porque queremos ver o interesse da pessoa, então a seleção já começa a partir daí, da iniciativa do aluno de procurar a nossa equipe e saber onde estamos. Todo semestre e em todos os cursos, nós fazemos palestras explicando o que é o projeto, como funciona, como é a competição, sobre a carga horária e o que aprendemos aqui dentro, e aí deixamos a disposição o endereço do laboratório. Se o aluno se interessar, ele procura o Baja. Nós fazemos pequenas divulgações no nosso mural, aqui no prédio da Engenharia, onde colocamos algumas notícias, como, por exemplo, sobre as últimas competições, e deixamos um papel avisando sobre o processo seletivo aberto. É muito importante que o aluno queira estar aqui, porque nós não temos bolsa, nem podemos cobrar nada, mas precisamos sempre do rendimento máximo dos alunos, e o único jeito de termos isso é eles quererem estar aqui e realmente gostarem do que fazem. Após essa procura por parte do aluno, começam os mini-cursos, os quais cada chefe de subsistemas da equipe administra o curso sobre o seu respectivo subsistema e, então, fazemos a avaliação da presença. Depois disso, vem a parte da entrevista, que não é um processo eliminatório, e sim para que a gente conheça a aptidão de cada um, o que o aluno já fez e do que gosta. Passada a entrevista, eles entram com um mini projeto, como se fosse a dinâmica de grupo, só que, nesse caso, eles precisam desenvolver um processo de engenharia completo. A ideia é ver o que cada um consegue fazer, como eles vão correr atrás e a proficiência na execução. Normalmente, esse projeto é alguma necessidade do laboratório. Após essa dinâmica de grupo, os membros ficam num período probatório até a próxima competição, e aí vamos avaliando a presença e em que área o aluno está trabalhando melhor. A princípio, a área de atuação fica a critério de escolha, cada um pode escolher para onde quer ir, mas precisamos avaliar também as necessidades da equipe. O mais importante mesmo é o comprometimento do aluno, nós prezamos muito por isso aqui dentro.
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Quantos membros possui a equipe hoje?
R: Hoje, a equipe tem dezessete membros ativos, mas ainda temos alguns ex-membros que mantêm vínculo com a equipe.  
A equipe é dividida em quais núcleos?
R: Temos dois núcleos: o de projeto e o administrativo. O projeto é dividido em suspensão, transmissão, freio, eletrônico e chassi, sendo a parte da suspensão dividida em suspensão e direção. A parte administrativa é dividida em infra-estrutura, recursos humanos, marketing e finanças. Temos também três membros consultivos, que geralmente são ex-membros, e que são eleitos em cada eleição da equipe. Eles possuem bastante influência aqui dentro, como, por exemplo, se existe algum empate numa votação, são eles que desempatam. Após toda competição que participamos, existe uma votação para eleger um novo capitão, membros consultivos e chefes para cada subsistema.
O projeto se restringe apenas a alunos da graduação ou alunos da pós-graduação também podem fazer parte?
R: Somente alunos da graduação podem participar do projeto como membros da equipe.
Qual a função do coordenador?
R: A função do coordenador é bem pequena, na verdade, porque o projeto por si só é autossustentável, já que dividimos por grupos e tarefas para que tudo funcione harmoniosamente.
Quais as competições a que vocês vão? E ocorre de quanto em quanto tempo?
R: São duas competições anuais: uma nacional e a outra regional. A nacional é sempre no começo de março, em Piracicaba/SP, e a regional é dividida por três regiões: Sudeste, Sul e Nordeste, mas, como fica faltando Centro-Oeste e Norte, geralmente essas regiões escolhem em qual das três elas querem participar.
Quais são os critérios de avaliação das competições?
R: São muitos. Na nacional, que é a maior competição, já começamos com o relatório do projeto, que temos de enviar antes da competição, contendo tudo que foi feito no carro e todo processo de execução. Durante a competição, temos as provas estáticas, que são desde a apresentação do projeto até a avaliação da segurança e do freio do carro, e as provas dinâmicas, que são as provas de tração e resistência.
No final, vocês obtêm uma classificação geral?
R: Sim. Na regional de 2013, nós ficamos na 22º posição com um carro, que é o que está no regulamento, e, na nacional, com dois carros que o regulamento permite levar, ficamos em 24º lugar, de 72 equipes, e com o outro em 45º. Fomos eleitos a melhor equipe do Rio de Janeiro. De 65 universidades, só a gente e mais sete equipes conseguiram levar dois carros. Nós temos sempre um carro que mantemos pronto, um carro competitivo, enquanto, no outro, aplicamos as inovações de engenharia. Então, ficamos sempre com um carro de segurança, que sabemos que vai competir bem, e um carro em que estamos aplicando novos conhecimentos, sem arriscar a perda da classificação.
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Qual a importância da participação nessas competições?
R: É fundamental. Primeiro, por conta da experiência de estar ali competindo e vendo outras equipes, principalmente as equipes de São Paulo, que são superiores na parte de engenharia. É importante também porque os nossos juízes da apresentação normalmente são presidentes de empresas, chefes de engenharia e de empresas automobilísticas, o que dá sempre uma oportunidade de conversar e de tentar um estágio. E, mais que isso, é fundamental fazer parte de um projeto desse tipo e ter a vivência de uma competição, porque te motiva; lá, nós aprendemos a lidar com situações extremas e sob pressão; é uma experiência que vamos levar para o resto da vida. Além disso, é lá que o projeto vai ser avaliado, ou seja, é por lá que vamos saber quanto vale o carro, qual o diferencial dele para com os outros e qual o selo de qualidade obtido. A competição, antes de ser uma competição de carros, é uma competição de engenharia. Não estamos ali para uma corrida, precisamos ter um projeto bem elaborado e bem executado, em que usamos bem as técnicas de engenharia para construir o carro.
Vocês recebem patrocínio?
R: Sim. Nós temos preferência por patrocínios de materiais e serviços, precisamos mais disso do que o dinheiro. Da Universidade, nós recebemos uma bolsa, mas é o único dinheiro fixo que temos. Algumas vezes, conseguimos auxílio da Faperj, mas não é certo para todos os anos. De resto, a gente vai atrás de patrocínio de empresas mesmo. Atualmente, nossos patrocinadores são: Faperj, Escola de Engenharia, Uff Esporte, Usifast, CarSim, Metalpier, Neumayer Tekfor, Excenge, Starrett, OffShox, Tesa, Espaço Ativo e CEI.
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Em que sentido fazer parte da equipe do Tuffão Baja SAE é importante para a formação profissional de vocês?
R: Quando o aluno entra num projeto desse tipo, a concepção de faculdade dele muda; a otimização do tempo, de estudo, a ideia de responsabilidade, tudo isso muda. Por exemplo, quando temos um tempo livre, em vez de aproveitar com lazer, nós aproveitamos para ficar no laboratório, estudando, pensando no projeto e tal. Aqui dentro, não temos ninguém que fique nos cobrando, é tudo por nossa conta; então, a responsabilidade é muito grande. Se nós não tivermos um cronograma, o carro não sai. Além disso, entender a aplicabilidade daquilo que vemos na sala de aula é fundamental, e o trabalho em equipe também. Mais ainda, no mercado profissional, muitas empresas sabem o que significa ser membro de uma equipe como o Baja SAE. É bem comum ver empresas que só contratam pessoas que foram membros de equipes desse tipo de projeto, ou seja, é um diferencial que conta muito para o mercado de trabalho. Por exemplo, temos ex-membros que estão trabalhando na Stock Car. O que aprendemos aqui é um conhecimento específico, fora do conteúdo da grade curricular, e que faz toda a diferença para a nossa formação.

Fonte: Escola de Engenharia da UFF

sexta-feira, 25 de julho de 2014

XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste

XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste 


A Associação Brasileira de Recursos Hídricos - ABRH, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN promoverá de 4 a 7 de novembro de 2014 em Natal-RN o XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste.

A Associação Brasileira de Recursos Hídricos congrega uma ampla gama de pessoas e empresas que atuam no planejamento e gestão dos recursos hídricos no Brasil. Através dos seus associados, a ABRH desenvolve ações de caráter técnico-científico, jurídico-institucional e social.

De fato, o desafio da exequibilidade da gestão hídrica constitui um assunto recorrente nos dias atuais. A crescente demanda e a crise na oferta apontam para a necessidade de integração institucional, articulação setorial e participação social.

Assim, levando em conta o papel da água como elemento vital para o desenvolvimento regional, bem como os desafios de integração entre as politicas públicas e o planejamento estratégico, o tema central deste evento é “Água e desenvolvimento: água como vetor de desenvolvimento do Nordeste e o seu papel social”. Nos últimos anos, a escassez hídrica no Rio Grande do Norte tem demonstrado a necessidade de políticas públicas que permitam aumentar a efetividade da gestão hídrica, com a participação social no processo de tomada de decisões.

A cidade de Natal recebe com carinho os participantes do XII Simpósio de Recursos Hídricos do Nordeste. Paralelamente às atividades do XII SRHN, os participantes estão convidados a desfrutar as belezas naturais e sabores gastronômicos de Natal. Sejam bem-vindos a Natal!


Data: 04 a 07 de novembro de 2014
Local: Natal, RN
Mais informações em: http://www.abrh.org.br/xiisrhn/index.php