sexta-feira, 29 de março de 2019

Hidrogel impresso em 3D promete revolucionar robótica e medicina

Hidrogel impresso em 3D promete revolucionar robótica e medicina


Composto formado por polímeros é macio, resistente e responsivo, além de possibilitar encaixe em blocos


Da Redação PCWorld

26/03/2019 às 16h35
 
Foto: Caio Carvalho
Um pesquisador da Brown University desenvolveu um novo material que pode tornar os robôs menos “robóticos”, com aspecto mais leve e atraente. Trata-se de um hidrogel impresso em 3D, composto por um polímero duplo capaz de dobrar, torcer ou grudar quando em contato com alguns produtos químicos.
A inovação promete não apenas revolucionar futuro da robótica, mas também determinar novos rumos na medicina, especialmente nos tratamentos com câncer. Em demonstrações, o hidrogel demonstrou capacidade de pegar objetos pequenos e delicados, além de formar dispositivos microfluídicos personalizados utilizados para identificar cânceres agressivos e produzir medicamentos.
O composto possui um polímero com ligações covalentes, que fornecem resistência e integridade estrutural, e outro com ligações iônicas, que permitem comportamentos mais dinâmicos, como flexão e auto-adesão. A ligação entre os dois cria um material macio, forte e responsivo, possibilitando uma aderência leve e robótica.

 
 

Até o momento, pesquisas demonstram a dificuldade de modelar hidrogéis devido a complexos canais e câmaras necessários na ciência da microfluídica. Mas como esse material é impresso em 3D, pode ser modelado em blocos, como se fosse um Lego, permitindo que arquiteturas microfluídicas mais complexas sejam incorporadas em cada bloco. A união de vários desses blocos resulta em um sistema modular, uma vez que essas estruturas seriam encaixadas conforme necessidade.
O material ainda está em desenvolvimento para alcançar mais durabilidade e funcionalidade. A evolução das pesquisas de polímero pode tornar a construção de componentes robóticos macios e dispositivos de microfluidos mais simples e fácil quanto encaixar peças de um Lego.

Com informações: Engadget

Fonte: PCWorld

Médicos brasileiros reconstroem crânio de ciclista usando molde em 3D

Médicos brasileiros reconstroem crânio de ciclista usando molde em 3D


Cirurgia inédita ajudou jovem moçambicano que teve caixa craniana deformada em acidente ocorrido em 2018


Da Redação PCWorld

28/03/2019

 
Foto: Shutterstock

Um ciclista atropelado em 2018 teve o formato do crânio reconstituído por meio de uma técnica inédita em Foz do Iguaçu, no Paraná. O método foi desenvolvido pelo Hospital Ministro Costa Cavalcanti (HMCC), construído pela usina de Itaipu e gerido pela Fundação Itaiguapy, instituída pela binacional.

No último dia 4 de março, o estudante nascido em Moçambique, Arcenio Agostinho Tsmbe, de 21 anos, foi submetido à primeira cirurgia de reconstrução de calota craniana (cranioplastia) do HMCC. Para isso, os médicos usaram uma prótese em 3D customizada e produzida exclusivamente para ele. O procedimento é indicado para a reconstrução de falhas do osso do crânio, que podem ocorrer devido a tumores ou traumatismo craniano, como no caso de Arcenio. A reconstrução envolveu os neurocirurgiões Elton Gomes da Silva e Edgar Farina, ambos da equipe de neurocirurgia do hospital, e levou duas horas para ser realizada. Depois, o jovem passou apenas dois dias internado. Os pontos foram retirados em dez dias.

Para desenvolver a prótese, foi realizada uma tomografia, na qual foi identificada a falha no crânio do paciente. "Comparando com o formato do crânio, um software faz um desenho para reconstrução e um molde em três dimensões para preencher a falha óssea. Com isso, a peça é projetada para ficar milimetricamente encaixada", explicou o neurocirurgião responsável pelo procedimento, Elton Silva.

Na hora da cirurgia, o polimetilmetacrilato, um acrílico cirúrgico que é biocompatível e pode ser colocado na cabeça do paciente, é preparado e colocado no molde da falha criado a partir da reconstrução da tomografia. "A ideia é proteger o cérebro que ficou sem a calota óssea do crânio, com um resultado de forma mais natural possível", completou. "O mais interessante é que eu fiquei com o molde e, caso eu precise novamente, os médicos poderão fazer outra cirurgia igualzinha", brincou o paciente, já recuperado. Ele disse ainda ser grato aos profissionais, mas que não deseja ter outro acidente para fazer uso do molde.




 

O moçambicano, que é estudante de Biomedicina da Uniamérica, foi atingido por um carro em 24 de setembro do ano passado, entre as ruas Edmundo de Barros e Mato Grosso, região central de Foz. Ele estava de bicicleta. O jovem ficou 15 dias internado no Hospital Municipal e deu sequência ao tratamento no Hospital Ministro Costa Cavalcanti. A cirurgia foi coberta pelo convênio médico de Arcenio.

Agora, o sonho do jovem é ser neurocirurgião, como os médicos que o atenderam, e ajudar outras pessoas que passaram pelo mesmo problema dele. "Quero resgatar vidas. Minha experiência serviu para eu me inspirar e mudar meu foco", finalizou.



Fonte: PCWorld

Relator pede aprovação rápida da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais

Relator pede aprovação rápida da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais

 
Redação Olhar Digital 
29/03/2019 15h30





O deputado solicitou que medida seja vista e aprovada com agilidade para que as empresas se adaptem às novas normas de proteção de dados

O deputado Orlando Silva, do PCdoB (SP), pediu aos colegas da comissão de deputados e senadores que vai avaliar a Medida Provisória 869/2018 (que trata da criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados - ANPD) que a aprovem o mais rápido possível. Silva foi escolhido para dar parecer sobre a matéria por já ter sido relator da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPDP).
A sessão em que o senador fez o pedido ocorreu na quarta-feira (27). Segundo ele, a LGPDP estabelece que todas as empresas têm até fevereiro de 2020 para se adequar às normas. A ideia é proteger os dados pessoais dos usuários da comercialização entre empresas. A medida provisória foi editada em 2018 pelo ex-presidente Michel Temer.

Fonte: OlharDigital

Inteligência artificial é destaque em exposição de arte no Rio de Janeiro

Inteligência artificial é destaque em exposição de arte no Rio de Janeiro

 
Roseli Andrion  
29/03/2019 14h45





Artista cria obras que usam inteligência artificial para interagir com o público: elas se movimentam e reagem de acordo com sentimentos, gestos e perguntas

A inteligência artificial tem brilhado nos mais diversos segmentos. Tanto que a exposição de arte "Das tripas coração", na Galeria do Lago — Museu da República, no Rio de Janeiro, acaba de incorporá-la. Trata-se de um trabalho interativo da artista Katia Wille que usa robótica, análise de ambiente, sentimentos e voz para conectar o público com as obras.


São três produções e cada uma delas oferece uma experiência diferente ao visitante. O material usado nas peças, o ecolatex, facilita a interação com o público, pois é uma membrana fina que imita a pele humana. A primeira obra se movimenta conforme o deslocamento do público no ambiente, já que interage por meio de análise de aproximação. A segunda muda com base nos sentimentos e nas expressões faciais dos passantes. E a última reage às respostas dadas pelos participantes a perguntas que ela mesma faz.
Graças à tecnologia utilizada, cada indivíduo tem uma experiência única quanto entra em contato com as peças. Os elementos ganham vida com o uso dos serviços cognitivos de nuvem da Microsoft, que é parceira do projeto. Além disso, usou-se robótica para permitir a movimentação dos itens de acordo com as reações do público.
A exposição reúne recursos de visão computacional, algoritmos de análise de sentimento e sistemas de reconhecimento de fala. Segundo Katia, a ideia é estabelecer uma simbiose sensorial entre as obras de arte e o espectador. "O objetivo é criar um espelho de nós mesmos nas obras. A inteligência artificial aprende com os nossos sentimentos e dá os comandos para que os movimentos aconteçam", afirma.
O trabalho pode ser visto de amanhã (30) até 31 de maio, das 14h às 17h. A entrada é gratuita e a classificação é livre.

Fonte: OlharDigital

Empresa na Finlândia contrata detentos para treinar algoritmos. Entenda

Empresa na Finlândia contrata detentos para treinar algoritmos. Entenda

 
Redação Olhar Digital  
28/03/2019 20h00





Iniciativa é conduzida em parceria com a CSA, agência finlandesa de sanções criminais. O modelo ainda é questionado em vários aspectos

O trabalho prisional é normalmente associado a atividades físicas, mas uma startup da Finlândia busca revolucionar esse cenário. A Vainu está contratando detentos de duas prisões finlandesas para — acredite se quiser! — classificar dados e treinar algoritmos em inteligência artificial. Atualmente, pouco menos de 100 presos trabalham no projeto por algumas horas diárias.
A empresa enxerga a parceria como valiosa para a reinserção social dos participantes. Especialistas alertam, porém, para a exploração econômica dos prisioneiros, que trabalham a salários muitos baixos. A startup enviou dez computadores para as prisões envolvidas — uma em Helsinque e a outra em Turku — e paga diretamente à Agência de Sanções Criminais (CSA), órgão que supervisiona as cadeias, pelo serviço prestado. 
Segundo o co-fundador da Vainu, Tuomas Rasila, a companhia está construindo um banco de dados de empresas do mundo inteiro para facilitar a busca por parcerias. O trabalho consiste em ler milhares de artigos comerciais retirados da internet e rotular se eles falam sobre a gigante Apple, por exemplo, ou apenas sobre uma empresa de frutas com "maçã" no nome. Os dados obtidos são, então, usados para treinar um algoritmo que gerencia o banco.
Isso não é um problema para conteúdos em inglês: a Vainu configura uma conta no Amazon Mechanical Turk para essas pequenas tarefas. Segundo Rasila, entretanto, a ferramenta "não é tão útil quando se quer fazer algo [com a] língua finlandesa". Por isso, a empresa, que tinha apenas um trainee sobrecarregado com o idioma nacional, adotou essa solução. E ela fica não muito distante: na sede da CSA, localizada no mesmo prédio da Vainu.

Solução prática e animadora...
"Ei, a gente pode usar o trabalho prisional", sugeriram os fundadores às autoridades da agência, que responderam positivamente à ideia — especialmente porque os novos empregos não exigem nada além de um notebook. "Não há risco de violência", afirma Rasila ao lembrar que outras formas de trabalho prisional, como a metalurgia, dão acesso a ferramentas que podem tornar o local perigoso.
A parceria começou há cerca de três meses. No momento, a startup e a CSA têm um contrato anual que considera o número de tarefas feitas pelos prisioneiros. A quantia oferecida é similar ao que a Vainu pagaria por um serviço na Amazon Mechanical Turk. É a agência finlandesa, no entanto, que define quanto vai para os prisioneiros, bem como seleciona quais deles vão fazer a classificação de dados.
A equipe da Vainu pretende chegar, ainda, a outras localidades na Finlândia e a outros países — onde seja difícil encontrar um mercado disposto a fazer esse trabalho com idiomas locais. Para eles, o modelo de negócio é um formato ganha-ganha. Os presos têm a motivação de ganhar dinheiro, é claro, mas "um ponto-chave é que a demanda por treinamento em inteligência artificial tem aumentado significativamente globalmente", explica Rasila.

... mas altamente controversa
Rasila ressalta o caráter social do trabalho, que é um exemplo de desenvolvimento de habilidades que podem ser úteis no futuro. Por outro lado, ele diz que as tarefas têm "curva de aprendizado zero" e requerem apenas alfabetização (presumivelmente preexistente). Afinal, seria essa profissão realmente útil para os detentos ou ela tende a ser muito mais "rotineira, servil e repetitiva", como afirma Sarah T. Roberts, professora de Ciência da Informação da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA)?
A CSA diz que o programa é parte de seus esforços para desenvolver atividades que atendam às exigências da vida profissional moderna, de forma a capacitar os detentos em uma área em franco crescimento. Roberts responde que "isso não passaria em um comitê de ética" nem mesmo para um estudo universitário e aponta que os salários do Amazon Mechanical Turk, utilizados como base pela Vainu, são extremamente baixos. Um estudo recente descobriu que os trabalhadores ganhavam, em média, US$ 2 por hora.
Pelo menos nos EUA, o trabalho prisional tem sido controverso. Argumentos a favor da reabilitação dos presos contrastam com os que condenam a exploração econômica desses trabalhadores. Para Lilly Irani, professora de Comunicação da Universidade da Califórnia em San Diego (UCSD), o incentivo das relações públicas em favor da colaboração é mais surpreendente do que o fato de o trabalho digital ter se tornado parte do trabalho prisional. "Eles conectam movimentos sociais, reduzem-nos ao hype e usam isso para vender inteligência artificial."

Fonte: The Verge

Fonte: OlharDigital